5.001
Nome Artístico
Arthur de Faria
Nome verdadeiro
Arthur de Faria Silva
Data de nascimento
14/12/1968
Local de nascimento
Porto Alegre, RS
Dados biográficos

Pianista. Compositor. Arranjador. Produtor.
Graduou-se em Jornalismo na PUC/RS. Cursou a Escola de Música da OSPA. Estudou contraponto & fuga, harmonia, formas e ritmos do Prata, em aulas particulares. Como jornalista, trabalhou nas redações do jornal “Zero Hora” e da revista “Veja”, e desde 1994 trabalha na Pop-Rock FM, onde é redator de notícias e um dos apresentadores dos programas de variedades “Cafezinho” e “Café das Cinco”.

Dados artísticos

Ainda adolescente, integrou o grupo amador Musical Nascente.

Fez parte do Bando Barato pra Cachorro, com o qual atuou em 1990 e 1991, no espetáculo “Café Nice”, contemplado com o Troféu Açorianos, na categoria Melhor Grupo. Integrou também a banda de apoio do compositor gaúcho Hique Gómez.

Participou, ao lado de outros músicos e cantores, do espetáculo “Um estranho senhor: Maslíah”, com direção de Luciano Alabarse, apresentando aos gaúchos a obra do compositor uruguaio Leo Maslíah.

Na década de 1990, montou seu próprio grupo, Arthur Faria & Seu Conjunto, ao lado de Guenther Andréas (bateria), Fábio Mentz (latofone), Julio Rizzo (trombone), Sérgio Karam (saxofone), Giovanni Berti (percussão), Marcão Acosta (guitarra) e Clóvis Boca Freire (contrabaixo).

Com o grupo, participou do Festival Porto Alegre e apresentou-se no Teatro Solis, em Montevidéu.

Em 1996, lançou, com o conjunto, o CD “Música pra gente grande”, contendo suas composições “Tema do louco”, “Oito de Março”, “Psycho”, “Sur”, “Aura”, “Tu e eu” (sobre poema de Luis Fernando Veríssimo), “Radar”, “Branquinha”, “Necessidade é a mãe” (c/ Marcão Acosta), “25 de Março” e a versão “Tudo com respaldo” (Leo Masliah), de sua parceria com Guenter Andréas e Áurea Baptista, além de “Ouro de tolo” (Raul Seixas) e “Sputnik nacional” (Tulio Piva).

No ano, seguinte, fez turnê com o grupo pela Europa, tocando em Praga e Viena. Também em 1997, compôs, com Roberto Oliveira, e gravou, com seu conjunto, a trilha sonora do musical infantil de teatro de bonecos Flicts, contemplada com o Troféu Tibicuera, na categoria Melhor Trilha Infantil, e com o Prêmio Iznard de Azevedo, na categoria Melhor Trilha do Festival Nacional de Teatro de Florianópolis. A trilha recebeu financiamento do Fumproarte, e foi lançada em CD pela gravadora Barulhinho, com distribuição nacional pela Tratore.

Em 1999, Giovanni Berti e Fábio Mentz desligaram-se do grupo, sendo substituídos por Adolfo Almeida Jr. (fagote) e Ricardo Arenhaldt (percussão).

Fez vários shows com o conjunto, como o espetáculo realizado no Teatro San Martin, em uma das edições do Projeto Porto Alegre, em Buenos Aires, tendo como convidados o compositor Leo Maslíah, o quarteto de saxes argentino Cuatro Vientos e a compositora e cantora Carmen Baliero. Nesse mesmo ano, participou, também com seu grupo, ao lado de Papas da Língua, Bebeto Alves e Borghettinho, do Festival Brasil 2000, realizado em Viena, reunindo artistas do Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.

Em seguida, montou o show “Música pra bater pezinho”.

Em 2001, o CD “Música pra gente grande” foi relançado pela gravadora Núcleo Contemporâneo, com novo projeto gráfico, assinado por Lucas Levitan. Também nesse ano, participou, com seu grupo, do projeto “Prata da Casa”, no Sesc Pompéia, em São Paulo, e começou a escrever música de câmara para a formação grupo e orquestra de cordas, que resultou em um concerto apresentado com a Orquestra Unisinos e a Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, registrado no CD “Meu Conjunto tem concerto”, lançado em 2002. Neste ano, apresentou, também com o grupo, o show “Música pra ouvir sentado”, a convite do projeto Instrumental SESC Paulista, e “Afinidades eletivas”, este ao lado da cantora Cida Moreira e seu maestro Gil Reyes, nos espaços Santander Cultural (PA), Theatro São Pedro (PA) e Itaú Cultural (SP).

Produziu vários discos, entre os quais os de Marcelo Corsetti, Nico Nicolaiewski e Luciano Mello, além da opereta “Minha Longa Milonga”, escrita por Cláudio Levitan, e trabalhos coletivos, como o disco “As origens”, com repertório por ele pesquisado sobre a música produzida em Porto Alegre entre 1820 e 1927.

Assinou a direção de vários espetáculos, como os de Nelson Coelho de Castro, Muni, Luciana Costa, Cida Moreira e Cláudio Levitan, além de “A Mulher de Oslo”, da cantora Vanessa Longoni, contemplado com o Prêmio Açorianos, na categoria Melhor Show, em 2007, e “Um Estranho Senhor: Maslíah”, com músicas do uruguaio Leo Maslíah.

Como arranjador, vem trabalhando com a Orquestra de Câmara da Ulbra, e também assinando arranjos de cordas e sopros para artistas como o MPB4, Papas da Língua, Ultramen, Nei Lisboa, Bebeto Alves, Julio Reny e ainda o pernambucano Siba & a Fuloresta (sopros), o paulista Edson Natale (sopros), os cuiabanos do Vanguart (orquestra sinfônica) e o gaúcho Leonardo Ribeiro (banda sinfônica).

É também autor de música de cena, para teatro, curtas, longas e especiais de TV. Para os palcos, musicou trabalhos de diretores gaúchos, como Roberto Oliveira, Luís Henrique Palese e Zé Adão Barbosa, além de ter assinado a música para os coros de “Antígona”, de Sófocles, para uma montagem de Luciano Alabarse, que gerou um CD homônimo. Entre os mais importantes trabalhos para cinema, destacam-se a música de cena do longa “A Paixão de Jacobina”, de Fábio Barreto, as trilhas para curtas de Fabiano Grendene de Souza, e ainda“João”, de Flávio Guirland, que lhe rendeu o Prêmio Prawer/APTC do Festival de Gramado. Em 2007, foram seis curtas e dois longas, entre os quais o plano-sequência de “81 minutos Ainda Orangotangos”, dirigido por Gustavo Spolidoro. Em 2008, entre vários curtas, escreveu a música do longa “Insolação”, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch, que estreou no Festival de Veneza e tem percorrido os principais festivais nacionais.

Como compositor de canções, tem músicas gravadas por Marcelo Delacroix, Vanessa Longoni, Sérgio Karam, Edson Natale, Dudu Sperb e Maurício Pereira, além de seu próprio grupo, Arthur de Faria & Seu Conjunto. Seu primeiro trabalho profissional, estreado em 1990 (concebido, dirigido, escrito e arranjado em parte por ele): “Café Nice”, com o Bando do Barato pra Cachorro, e ainda sua participação na banda neo-tropicalista Complexo de Épico, em meados dos anos 1990.

De 2004 a 2006, atuou em dupla com Fernando Pezão, no Duo Deno.

Vem atuando como instrumentista na banda de Wander Wildner, além de já ter tocado com vários dos artistas citados e ainda com o argentino Omar Giammarco, o catalão Refree, a pernambucana Alessandra Leão e os cuiabanos do Vanguart, entre outros.

Ao longo das últimas duas décadas, vem recolhendo e sistematizando vasto material sobre a história da música do Rio Grande do Sul, pesquisa que resultou no fascículo “As Origens”, da série “A Música de Porto Alegre” – editada pela Secretaria Municipal de Cultura em 1993, e que fala sobre a música feita na cidade entre 1750 e 1927 -, que trouxe também o CD produzido por ele. Em 2001, lançou numa edição não-comercial o livro-com-CD “RS: Um Século de Música”, no qual mostra a história da música do Estado no século XX. Desde então, segue reescrevendo, completando e aumentando a versão definitiva do livro, que tem como proposta abranger os 250 anos da música de Porto Alegre (1752-2002). Para tanto, já leu mais de 150 publicações e entrevistou quase 150 pessoas. Escreveu ainda ensaios para os seguintes livros: “O Brasil da Sanfona”, sobre o Acordeom no Rio Grande do Sul, e “4xBrasil – Ensaio Nobre Dama na Crise dos 40 é Chamada de Vagabunda: MPB ou MsPsBs?”

É ouvidor do Santander Cultural de Porto Alegre e várias vezes palestrante do Projeto Rumos do Itaú Cultural, tendo sido o curador gaúcho da primeira edição do projeto e produtor do CD equivalente. É membro do Conselho de Música da Secretaria de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e jurado de seleções nacionais, como o Prêmio Multicultural Estadão e os programas culturais para a área de música da Petrobrás e da Natura.

Ministra sistematicamente em Porto Alegre, Montevidéu e Buenos Aires palestras sobre música brasileira – geralmente em parceria com o escritor e professor de literatura Luís Augusto Fischer. Participou de várias dezenas de seminários, palestras, encontros e debates sobre cultura contemporânea, produção independente, música popular brasileira e/ou gaúcha, ao lado de Nelson Motta, Patrícia Palumbo, o já citado Fischer, Paixão Cortes, Wally Salomão, Jards Macalé, Benjamim Taubkin, Pena Schmidt, Edson Natale, Luís Carlos Prestes Filho, Bruno Boulay, Gustavo Spolidoro e outros, em várias cidades, como Porto Alegre, Buenos Aires, Montevideo, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Palmas, Recife e Rio de Janeiro.

Seu trabalho principal é como líder da banda Arthur de Faria & Seu Conjunto, com a qual vem se apresentando desde 1996 em vários espaços no Brasil e no exterior.

Ao longo de sua trajetória, foi contemplado com dezenas de prêmios como produtor, compositor e arranjador.

Discografias
2002 Barulhinho/Tratore CD Meu Conjunto tem concerto

Arthur de Faria & Seu Conjunto & Orquestra Unisinos

1996 Independente/Núcleo Contemporâneo CD Música pra gente grande

Arthur de Faria & Seu Conjunto

Obras
25 de Março
Aura
Branquinha
Necessidade é a mãe (c/ Marcão Acosta)
Oito de Março
Psycho
Radar
Sur
Tema do louco
Tu e eu (sobre poema de Luis Fernando Veríssimo)