
Instrumentista. Baterista. Pernambucano e irmão do também baterista Arrudão.
Iniciou a carreira artística em Pernambuco. Mudou-se depois para São Paulo onde chegou como integrante da Orquestra de Walter Wanderley. Integrou a orquestra do Maestro Pocho. No começo dos anos 1960, integrou juntamente com Heraldo do Monte, na guitarra, Gabriel Bahlis, no contrabaixo, Carlos Alberto Alcântara, no sax e Buda,no trompete, além dele na bateria, o grupo Os Cincopados. Em 1964, integrou o conjunto que acompanhou a cantora Elizeth Cardoso na gravação do LP “A Meiga Elizeth Nº 5”, da gravadora Copacabana. Em 1965, participou do quinteto de Edgard Gianulo na gravação do LP “Assunto Ê. . . Edgard – Edgard e conjunto”, numa produção da etiqueta Forroupilha. Ainda na década de 1960, integrou, ao lado de Walter Wanderley, nos teclados, e Azeitona, no contrabaixo, o conjunto de Walter Santos, pioneiro da bossa-nova, em gravações de discos nas gravadoras RCA Victor, Áudio Fidelity e Fermata. Era muito amigo do também baterista Dirceu Medeiros com que se revezava em apresentações. Segundo o pesquisador Fernando Lighti Barros, no livro “Do calipso ao chá-chá-chá – Músicos em São Paulo na década de 1960”, “Os bateristas Dirceu e Arrudinha são bons amigos. Muito solicitados revezam-se em gravações e bailes. Quando Dirceu não pode cumprir um compromisso com a orquestra de Carlos Piper, deixa na casa de Arrudinha um bilhete no bolso. É o endereço do clube onde será realizado o baile. O substituto por enquanto não lê partitura. Sem problema: “O que vale é o suingue”, diz Piper”. Atuou em São Paulo nas décadas de 1960 e 1970 tocando em orquestras e conjuntos e fazendo apresentações em clubes, teatros, bailes de formatura e também tocando em gravações de discos.