
Compositor. Era, na verdade, um divulgador de músicas, entrando nas parcerias por esse motivo, o que ocorria com alguma frequência desde os pioneiros anos 1930 da era do rádio.
Assinou como parceiro de Luiz Vieira a toada “Menino de Braçanã”, estrondoso sucesso na década de 1950 que foi gravada, entre outros, por Lúcio Alves em 1959 no LP “Lúcio Alves, sua voz íntima, sua bossa nova, interpretando sambas em 3-D”, da Odeon. Em 1951, o LP “Carnaval” da Capitol que reuniu diferentes intérpretes incluiu o samba “Ela”, com Osvaldo Lobo, na voz de Geraldo Pereira. Em 1956, o LP “Carnaval de 1956 Nº 2” da gravadora Copacabana incluiu a marcha “Ai amor”, com Manoel Casanova e Rosa de Oliveira, na interpretação de Ângela Maria. No mesmo ano, teve o samba “Canta menina canta”, com Monsueto, na gravação de Marlene incluído no LP “Vamos dançar com Marlene e seus sucessos” da gravadora Sinter, e o cantor Risadinha no LP “Na batida do samba” da Continental regravou o samba “Escurinha”. Ainda em 1956, mais duas composições assinadas por ele foram gravadas: a marcha “Na casa de Corongondó”, com Monsueto, na voz de Marlene para o LP “Dez sucessos para o carnaval” da Sinter, e a marcha “Nem toda flor tem perfume”, com Monsueto, registrada por Cauby Peixoto para o LP “Carnaval 1956”, da Columbia. Em 1958, a toada “Menino de Braçanã” foi gravada pelo instrumentista Bola Sete no LP “Bola Sete em Hi-Fi – Bola e Sete e Seu Conjunto” da gravadora Sinter. A mesma toada recebeu mais duas gravações em 1959: de Luis Vieira no LP “Retalhos do Nordeste – A música e a poesia de Luis Vieira” da gravadora Copacabana, e do Sexteto Prestige no LP “Música e festa Nº 3” da gravadora Prestige. Ainda em 1958, o LP “Foi a noite” da gravadora Odeon, com a cantora Isaura Garcia e o instrumentista Walter Wanderley, incluiu o samba-canção “Quatro paredes”, com Geraldo Queiroz. Em 1962, o samba “Mora na filosofia”, com Monsueto, foi incluído no LP “Mora na filosofia dos sambas de Monsueto” da gravadora Odeon. Em 1963, Rildo Hora gravou “Menino de Braçanã” no LP “Em ritmo de dança” da Som/Copacabana. Em 1966, Rosa Maria no LP “Uma Rosa com bossa” da Odeon relançou “Menino de Braçanã”. Em 1968, o samba-canção “Quatro paredes”, com Geraldo Queiroz, foi gravado pelos Trigêmeos Vocalistas no LP “A volta dos Trigêmeos Vocalistas” da Beverly. Ao longo do tempo a toada “Menino de Braçanã”, com Luiz Vieira, conheceu inúmeras gravações: em 1969, Regininha, no LP “Me ajuda que a voz não dá!!!” da Polydor; Fábio, em 1972, no LP “Os frutos de mi tierra” da Polydor; Marisa Gata Mansa, no LP “Viagem”, em 1973, pela Odeon; Nara Leão no LP “Meu primeiro amor” de 1975, da Philips; pelo Trio Irakitan no LP “Eternamente” de 1976, da RCA Camden; por Ivon Cury no LP “De corpo inteiro – Um nú artístico”, e por Luis Gonzaga em 1989, no LP “Aquarela nordestina” da gravadora Copacabana, entre outras gravações. Em 1973, o cantor Noite Ilustrada, no LP “Irmão do samba” da gravadora Continental, relançou o samba “Ela”, que nessa nova versão contou com o nome de Geraldo Pereira como um dos autores, diferentemente da gravação original dos anos 1950. Em 1976, Roberto Silva no LP “Interpreta Haroldo Lobo, Geraldo Pereira e seus parceiros”, da gravadora Som/Copacabana, incluiu o samba “Os caprichos meus”, com Geraldo Pereira. Em 1977, no LP “Sambistas de bossa & sambas de breque”, da série Documento da RCA Camden, foram incluídos dois sambas seus na interpretação de Geraldo Pereira: “Dama ideal”, com Alcebíades Nogueira, e “A coitadinha fracassou”, com Hélio Nascimento. No mesmo ano, a toada “Menino de Braçana”, com Luis Vieira, foi gravado pelo grupo Flor do Xique-Xique no LP “O canto da terra” da gravadoara Continental. Em 1979, seu samba “Escurinha”, com Geraldo Pereira, foi relançado por Raul de Barros no LP “O som da gafieira”, da gravadora CID. No ano seguinte, o samba “Escurinha”, com Geraldo Pereira, na interpretação de João Nogueira foi incluído no LP “Geraldo Pereira – Evocação V” que o selo Eldorado lançou em homenagem ao sambista Geraldo Pereira. Em 1983, o LP “Geraldo Pereira – Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto” lançado pela Funarte como um tributo ao sambista Geraldo Pereira incluiu quatro parcerias suas com ele: “Boca rica”; “Escurinha”; “Ministério da Economia” e “Que samba bom”. Em 1985, o cantor Francisco Carlos no LP “Francisco Carlos – O cantor namorado do Brasil”, da RCA Camden, registrou a toada “Promessa de um caboclo”, com Geraldo Pereira. Em 1987, o samba “Escurinha” foi gravado de forma instrumental pelo pianista Pedrinho Rodrigues em LP do selo Recarey. Em 1995, Luis Melodia no LP “Relíquias” da EMI-Odeon regravou “A coitadinha fracassou”, com Geraldo Pereira. Foi parceiro de nomes como Luiz Vieira, Monsueto e Geraldo Pereira e as composições das quais foi parceiro foram gravadas por nomes como Nara Leão, Helena de Lima, Ivon Curi, Francisco Carlos, Luiz Gonzaga, Raul de Barros, João Nogueira e Marlene, entre outros. Na verdade, suas parcerias eram as chamadas “parcerias de divugação”, ou seja, o seu nome entrava não por ter feito as composições, mas por ajudar a divulgá-las junto a gravadoras, intérpretes e Rádios.