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Nome Artístico
Arnaldo Amaral
Nome verdadeiro
Arnaldo Augusto do Amaral Filho
Data de nascimento
5/8/1912
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Locutor. Produtor. Ator.

Nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, conhecido por sua boêmia. Foi forçado pelo pai a fazer a Faculdade de Direito, abandonando o curso um ano depois.

Dados artísticos

Começou a cantar para o público na Rádio Guanabara levado por Cristóvão de Alencar. Em seguida, passou a se apresentar no Programa Casé, na Rádio Philips. Gravou o primeiro disco em 1933, interpretando os sambas “Fita meus olhos”, do compositor mangueirense Cartola e de Osvaldo Vasques e “Por que será”, de Buci Moreira e Osvaldo Vasques. No mesmo ano, gravou com Léo Vilar os sambas “Se passar da hora”, de Osvaldo Vasques e Boaventura dos Santos e “Rindo e chorando”, de Osvaldo Vasques e Buci Moreira. São de 1934 as gravações da marcha “Questão de raça”, de Francisco de Freitas e Zeca Ivo e do samba “Lili”, de Kid Pepe e Benedito Lacerda, seu grande sucesso. Em 1935, dividiu um disco com João Petra de Barro cantando o samba “Vou fazer uma pergunta”, de Cristóvão de Alencar e Nássara. Nesse mesmo ano, assinou contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul onde permaneceu até 1938, quando fez uma excursão a São Paulo apresentando-se na Rádio Cosmos e seguindo depois para Minas Gerais, onde apresentou-se na Rádio Inconfidência. Trabalhou também nas Rádios Educadora e Mayrink Veiga. Ainda em 1935, gravou os sambas “Saudade”, de Cristóvão de Alencar e Pedro Pinto e “Remexe as cadeiras baiana”, de Cristóvão de Alencar e Sílvio Pinto. Em 1937, seriam gravadas as marchas “Eu vou mandar fazer”, de Mário Lago e Martinez Grau e “Quem é o homem”, de Ary Barroso, esta em dueto com Alzirinha Camargo. Em 1938, contracenando com Linda Batista, participou do filme “Futebol em família”, cantando a valsa “Sonho de amor não morre”, de Alcir Pires Vermelho e Alberto Ribeiro. O par amoroso formado nesse filme com Linda Batista causou polêmica na época devido a um beijo considerado escandaloso, e que, faria com que, segundo o cronista Antônio Epaminondas, “…o beijo foi implantado no filme nacional, no microfone também, liberto de preconceitos.” Em 1939, gravou os sambas “Ela foi e não voltou”, de Zé Pretinho e César Brasil e “Estou sentido com você”, de Zé Pretinho e Romeu Gentil. No mesmo ano, gravou de Ary Barroso a valsa “Amar (Mentira de amor)” em disco que marcou a estréia da Orquestra de Fon-Fon, onde atuava o maestro Carioca. Participou, ainda, do filme “Bonequinha de seda”, com Gilda de Abreu. Trabalhou, em seguida, no filme “Jangada”, rodado no Ceará. Em 1940 participou do filme carnavalesco “Laranja da China”, de Wallace Downey, atuando ao lado de, entre outros, Francisco Alves, Dircinha Batista, Manezinho Araújo, Alvarenga e Ranchinho e Benedito Lacerda. São de 1941 as gravações de “Quem sabe não és a colombina”, marcha de Pedro Caetano e Alcir Pires Vermelho e do samba “Com você e sem você”, de Amaro Silva e Nelson Teixeira. No mesmo ano contracenou novamente com Linda Batista no filme “Entra na farra”, de Luiz de Barros, no qual estavam presentes também Batista Jr. e Zezé Macedo. Em 1942, conquistou grande sucesso no carnaval com a marcha “Eu quero ver é a pé”, de Mário Lago e Roberto Roberti, gravada em novembro do ano anterior em disco, no qual constava ainda o samba “Bota a Maria na roda”, de Roberto Martins e Cristóvão de Alencar. Em 1943, seriam gravadas a marcha “Conversa pra siri” e o samba “Do mundo nada se leva”, ambas de Russo do Pandeiro e Valfrido Silva. Em 1944, gravou de Sá Roris e Valfrido Silva a marcha “Filha do cacique”. No mesmo ano participou de números musicais no filme “Abacaxi azul”, de Rui Costa, juntamente com Linda Batista, Dorival Caymmi, Anjos do Inferno e outros. No ano seguinte, gravou os sambas “Nosso presidente continua”, de Wilson Batista e Haroldo Lobo e “Apaguei o nome dela”, de Wilson Batista, Jorge de Castro e Haroldo Lobo. Em 1946, participou do filme “Este mundo é um pandeiro”. Por essa época, resolveu parar de cantar e seguiu com a carreira de radialista, tornando-se locutor e produtor de programas na Rádio Clube. Atuou, ainda, como locutor esportivo. Sua produção radiofônica mais famosa foi o programa “Pescador de estrelas”, onde foram revelados nomes como Zezé Gonzaga, Jamelão, Ângela Maria, Dóris Monteiro, Norma Suely, Altamiro Carrilho, Miriam de Souza, Alaíde Costa, Marisa, Dalva de Andrade, Ellen de Lima, Humberto Martins, Marilena Cairo e os locutores Jair Amorim, Oswaldo Sargenteli, Américo Vilhena, Décio Luiz e Walter Luiz. Encerrou sua carreira como diretor da Rádio Mundial, antiga Rádio Clube.

Discografias
1945 Continental 78 Nosso presidente continua/Apaguei o nome dela
1944 Continental 78 A filha do cacique
1943 Columbia 78 Conversa pra siri/Do mundo nada se leva
1943 Columbia 78 Vasco da Gama
1942 Columbia 78 A Maria cochilou/Olha o jeito
1942 Columbia 78 Vingança do padeiro/Samba de 42
1941 Columbia 78 Bota a Maria na roda/Eu quero ver é a pé
1941 Columbia 78 Quem sabe não és a colombina/Com você e sem você
1941 Columbia 78 Uruguaia/Gira
1940 Columbia 78 Saiu um batefundo no "chateau"
1939 Columbia 78 Bonequinha da avenida/Amar (mentira de amor)
1939 Columbia 78 Ela fez uma comigo
1939 Columbia 78 Ela foi e não voltou/Estou sentido com você
1939 Columbia 78 Era uma vez.../Sonho de amor não morre
1939 Columbia 78 Hoje não, só vou na quinta-feira/Se houver algum valiente
1937 Columbia 78 Eu vou mandar fazer/Quem é o homem
1935 Columbia 78 Saudade/Remexe as cadeiras baiana
1935 Columbia 78 Também tenho meu valor/Vivo feliz
1934 Columbia 78 Beleza/Sem razão
1934 Columbia 78 E agora, crioula
1934 Columbia 78 Quem mandou Iaiá/Lili
1934 Columbia 78 Questão de raça
1934 Columbia 78 Você tem um novo amor
1933 Columbia 78 Fita meus olhos/Por que será?
1933 Columbia 78 Peço a palavra pela ordem!/Revertere ad locum tuum
1933 Columbia 78 Se passar da hora/Rindo e chorando
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho.Editora: Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro, 1982.

VASCONCELOS, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira. Vol. 2. Editora: Martins. Rio de Janeiro, 1965.