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Nome Artístico
Argentina Maciel
Nome verdadeiro
Argentina Barbosa Viana Maciel
Data de nascimento
7/3/1888
Local de nascimento
Recife, PE
Data de morte
12/1/1970
Local de morte
Olinda, PE
Dados biográficos

Pianista. Compositora. Professora.

Filha de Antônio Barbosa Viana de Araújo e Alice Benevides Barbosa Viana. Aluna interna do Colégio São Vicente de Paula, iniciou seus estudos músicais com Teresa Fonseca Borges Diniz, chamada de Teresinha, professora de piano daquele estabelecimento. Manteve seus estudos até 1908, tendo participado de audições desde 1902. Dedicou-se também à pintura, que estudou com o conhecido artista pernambucano Teles Júnior. Em 1910, casou-se com o comerciante José do Rego Araújo Maciel, mudando-se para Pesqueira, PE, onde incentivou o movimento musical. Tiveram dois filhos. Com o falecimento do marido em 1943, transferiu-se sete anos mais tarde para Olinda, cidade onde veio a falecer.

Dados artísticos

Iniciou suas atividades musicais como professora de piano, sendo um de seus alunos, o padre. Diniz, seu futuro biógrafo. Em 1915, editou a valsa “Meu amor”, dedicada à seu marido. Deste mesmo ano, é a valsa “Meninice”, que parece não ter sido publicada. Dedicou-se à composição, tendo escrito música sacra (ave-marias, hinos, ladainhas etc.) e profana. No campo da música profana, escreveu principalmente valsas, muitas das quais “retratos musicais”, tendo publicado coletâneas com músicas impressas e manuscritos avulsos. O primeiro livro chamado “Minhas valsas”, reuniu 24 composições. O segundo livro de “Minhas valsas”, que não deu por terminado, apresentava 12 composições. Escreveu também música para o carnaval. O tango carnavalesco “O vermutin” foi feito originalmente para um concurso de tango, realizado no Rio de Janeiro, e para o qual escolheu o pseudônimo de Meilton Viana. Para o canaval de 1934, compôs a marcha-canção “Vem, meu benzinho”. Compôs ainda outros gêneros como o foxtrote “Amor de meu coração” e o one-step-rag “Bigodinho”, para piano. Continuou compondo, tendo atribuído o nome de “fase de Olinda” aos anos de 1943 a 1961, período em que viveu na cidade. Em 1980, o Coro Guararapes do Recife lançou, por iniciativa de Pe. Diniz, uma edição com seis valsas para piano, em comemoração ao décimo aniversário de morte da compositora.

Obras
Bigodinho
Canção campesina
Leonorzinha
Maria
Mocidade Clube
O salutaris
O vermutim
Pesqueira
Saltitante
Tantum Ergo
Vem, meu benzinho
Virgem de maio
Bibliografia Crítica

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

VASCONCELOS, Ary. A nova música da República velha. Editora: Do autor. Rio de Janeiro, 1985.