Instrumentista. Compositor.
Cresceu entre notas musicais, teatro e dança. Desde cedo, deixou-se envolver por este mundo mágico, descobrindo seus dons e dedicando seu talento à cultura. Aos sete anos de idade mudou para Pernambuco. Durante 20 anos, trabalhou com o Balé Popular do Recife, fundado por sua família, em 1977. O grupo serviu de palco para grande parte de seu desenvolvimento como artista, onde foi bailarino e diretor musical. Sua formação foi pelo Conservatório Pernambucano, pela Escola de Belas Artes e Licenciatura em Música, e pela Universidade Federal de Pernambuco. É irmão do maestro Antônio José Madureira e neto do músico Tonheco Dantas.
Participou do Quinteto Armorial, da Orquestra Romançal e do Trio Romançal Brasileiro, compôs trilhas sonoras para espetáculos de dança e teatro.
Além de músico, tornou-se um artesão musical. Cria e aperfeiçoa instrumentos a partir de objetos comuns. Este talento foi revelado por acaso em 1980, quando recebeu o convite de seu irmão, o maestro Antônio José Madureira, para tocar em uma Orquestra que teria instrumentos tradicionais e nordestinos. Nessa época, começou a pesquisar o marimbau, tendo desenvolvido uma nova técnica de execução. A partir do marimbau, desenvolveu outros instrumentos como a marimbaça, a cabala e o tubo sonoro. Desde então, nas suas apresentações, toca, canta e dança as mais legítimas manifestações culturais nordestinas, executando, muitas vezes, temas eruditos de forma popular e temas populares com técnicas eruditas. Gravou três discos independentes. Em 1998 participou do festival de Montreaux, na Suiça.
CÂMARA, Leide. Dicionário da Música do Rio Grande do Norte. Natal: Acervo da Música Potiguar, 2001.