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Nome Artístico
Antônio Risério
Nome verdadeiro
Antônio Risério
Data de nascimento
21/11/1953
Local de nascimento
Salvador, BA
Dados biográficos

Escritor, poeta, letrista, ensaísta, cronista, roteirista, contista e romancista. Jornalista. Filósofo. Antropólogo.

Como poeta e letrista, ao lado de José Carlos Capinan, Torquato Neto, Duda Machado, Wally Salomão, Jorge Salomão e Rogério Duarte, fez parte do Movimento Tropicalista, coletivo de artistas que na década de 1960 atuava nas artes cênicas, musical e literária no Brasil. Por esta época militava na política estudantil universitária da UFBA (Universidade Federal da Bahia), onde viria a se formar, não sem antes ser preso, em 1968, pela Ditadura Militar.

Em 1995 defendeu dissertação de mestrado em Sociologia, com especialização em Antropologia, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Como escritor publicou “A Banda do Companheiro Mágico” (Poemas/Edição Independente/S.D), “Carnaval Ijexá” (Notas sobre os blocos e afoxés do novo carnaval afro-baiano – Editora Corrupio/1981); “O poético e o político e outros escritos” (Com Gilberto Gil. Reunião de textos inéditos e algumas entrevistas, poesias de Gil e Risério. Editora Paz e Terra/1988); “Cores Vivas” (Coleção Casa de Palavras – Edição Fundação Casa de Jorge Amado/1989); “Gilberto Gil-Expresso 2222” (org.); “Caymmi: Uma Utopia de Lugar” (Editora Perspectiva/1993); “Textos e Tribos” (Imago Editora/1993); “Avant-Garde na Bahia” (Edições Instituto Lina Bo Bardi e Pietro Maria Bardi/1995); “Fetiche” (Com inserção e reedição dos poemas do livro A Banda do Companheiro Mágico – Edição Fundação Casa de Jorge Amado/1996 – ganhador do “Prêmio Copene de Cultura e Arte); “Oriki Orixá” (Editora Perspectiva/1996); “Ensaio sobre o Texto Poético em Contexto Digital” (Edição Fundação Casa de Jorge Amado/1998); “A Via Vico e outros escritos” (S.E/2000); “Adorável Comunista” (Editora Versal/ 2002); “Uma História da Cidade da Bahia” (Editora Versal/2004); “Brasibraseiro” (coautoria: Frederico Barbosa – Editora Livraria Saraiva/2004); “A Banda do Companheiro Mágico” (Edição Publifolha/2007); “A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros” (Editora 34/2007); “A Cidade no Brasil” (Editora 34/2012); “Edgard Santos e a reinvenção da Bahia” (Editora Versal/2013); “Mulher, Casa e Cidade” (Editora 34/2015); “Que você é esse?” (Editora Record/2016); “ACM em Cena” (Preparador Editorial do livro em homenagem ao Senador Antônio Carlos Magalhães/2017); “A casa no Brasil” (Editora Topbooks/2019) e “Sobre o relativismo pós-moderno e a fantasia fascista da esquerda identitária” (Editora Topbooks/2019).

Na década de 1970 colaborava com a imprensa nanica (tabloides, fanzines e pequenas revistas) tais como “Código”, “Muda” e “Bahia Invenção”, a maioria da contracultura, na cidade de Salvador, e ainda periódicos alternativos de circulação nacional como a revista de literatura, crítica & arte “José”, do Rio de Janeiro, dirigida por Gastão de Holanda, o “Suplemento Literário de Minas Gerais”, a revista “Contexto”, do Rio Grande do Norte; o suplemento cultural do jornal “A República”.  E a revista “Versus”, de São Paulo. Nesta mesma época, foi um dos integrantes da equipe que implantou a TV Educativa da Bahia.

No ano de 1989 passou a trabalhar para o Jornal da Bahia, para o qual criou o suplemento literário intitulado “Fetiche”, de curta duração. Por esta época, foi um dos criadores e assumiu a direção da Fundação Gregório de Mattos. Editou a revista “Padê” em sua gestão como diretor do Cerne-Centro de Referência Negromestiça.

Um dos idealizadores da Fundação Onda Azul e integrante da equipe que implantou o hospital SARAH-Salvador, durante o governo municipal de Mário Kertész, além do Hospital Sarah Kubitschek, em Salvador, integrando uma equipe também composta por João Filgueiras Lima e João Santana.

A partir do ano 2000 passou a trabalhar com marketing político, integrando o núcleo de criação e estratégia das campanhas de Lula da Silva e Dilma Rousseff à Presidência da República. 

Em 2004 fazia parte da equipe do Ministro da Cultura, Gilberto Gil, desligando-se com a saída de Roberto Pinho, com quem trabalhou na implantação das Bases de Apoio à Cultura. Por esta época, também elaborou o projeto geral do Cais do Sertão Luiz Gonzaga, na cidade de Recife, em Pernambuco. 

Trabalhou em roteiros para cinema e televisão.

Escreveu ensaios sobre urbanismo e história da Bahia e do Brasil

Dados artísticos

Como letrista possui uma pequena obra registrada.

Em 1979 três composições suas “Doideira”, “Assim Preto-Brasa Branca” e “Parecendo piqui”, foram incluídas no disco “Quem fica é quem traz o sol”, do parceiro Jorge Alfredo, lançado pela gravadora Copacabana. Neste mesmo ano, de 1979, no LP “Descendo a ladeira”, de Moraes Moreira, foram incluídas “Assim pintou Moçambique” e “Eu sou o carnaval”, parcerias de ambos.

Também tem gravada pela cantora Diana Pequeno a composição “Mais adiante”, parceria com Jorge Alfredo (procurar nome do LP e gravadora)

Em 1983 Gilberto Gil no LP “Extra” interpretou “Lady Neyde”, da parceria de ambos.

Obras
Assim Preto-Brasa Branca (c/ Jorge Alfredo)
Assim pintou Moçambique (c/ Moraes Moreira)
Doideira (c/ Jorge Alfredo)
Eu sou o carnaval (c/ Moraes Moreira)
Lady Neyde (c/ Gilberto Gil)
Mais adiante (c/ Jorge Alfredo)
Parecendo piqui (c/ Jorge Alfredo)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.