
Compositor.
Foi aluno interno do Arsenal de Guerra onde aprendeu música.
Fez sua primeira composição com apenas 15 anos de idade, o dobrado “Palmeira dos Índios”. Sua composiçõa mais conhecida é a “Canção do marinheiro”, com letra do sargento Benedito Xavier de Macedo e também conhecida como “Cisne branco”, nome que foi dado ao navio-escola Benjamim Constant, que recebeu esse apelido quando foi todo pintado de branco. A “Canção do marinheiro” foi gravada em 1917 pelo cantor Bahiano na Odeon, com acompanhamento da Banda do Batalhão Naval.
Em 1926, seu dobrado “Quatro dias de viagem” foi gravado pela Banda do regimento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. Segundo o pesquisador Renato Almeida, o compositor teria deixado cerca de 200 composições, entre as quais, o dobrado “Bombardeio da Bahia”, além de tangos, valsas e polcas, e arranjos para óperas como “O Guarani”, de Carlos Gomes. Em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial seu dobrado “Dobrado 220” foi gravado na Victor pela Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.
Em 1943, a “Canção do Marinheiro” foi gravada pelo cantor Manoel Reis e a Banda do Corpo de Fuzileiros Navais em disco lançado pala Continental.
Em 1956, teve os dobrados “Cisne Branco (Canção do Marinheiro)”, com Benedito Xavier de Macedo, e “Dobrado 220”, gravados pelo maestro Aristides Zacarias no LP “Marchas e dobrados célebres – Zaccarias e Sua Orquestra” da RCA Victor. Em 1967, sua “Canção do marinheiro (Cisne branco)” foi gravada pelo roqueiro George Freedman em LP da RCA Victor.
VASCONCELOS, Ary. A nova música da República Velha. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1985.