
Compositor. Clarinetista.
Estudou no Conservatório de Música, onde foi contemporâneo de Henrique Alves de Mesquita. Entre os anos de 1850 e 1856, foi primeiro-secretário da Sociedade Beneficiência Musical. Em 1853 era o primeiro clarinetista do Teatro Lírico Fluminense. No ano seguinte fundou com Alves de Mesquita o Liceu Musical e Copistarista, onde oferecia cursos de música, copiava partituras, organizava orquestras para bailes e vendia instrumentos musicais. Foi nomeado professor da cadeira de clarineta no Conservatório de Música, onde lecionou até falecer, tendo tido como alunos Francisco Braga e Anacleto de Medeiros. Recebeu a “Ordem da Rosa”, alto título concedido pelo Império. Em 1862 foi nomeado secretário do Conservatório de Música e, de 1865 a 1867, exerceu o cargo de vice-presidente da Sociedade de Música.
Como compositor popular, deixou a canção “O artista”, a romança “A vida” e o lundu “O padecente”, todos com letra de A. J. de Sousa. É o autor da quadrilha “O incêndio do Teatro São Pedro de Alcânrara”, em cinco partes: “O espetáculo”, “O incêndio”, “Lamentações”, “Projeto de reedificação” e “Inauguração”. Em 1857, publicou 14 peças para canto e piano. Compôs também a romança “O sofrimento”.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.