
Cantora. Compositora. Jornalista.
Estudou com Kaleba Villela (canto) e Délia Fischer (piano). Começou a compor e a cantar bem jovem, tendo participado de festivais de colégio e atuado como vocalista de bandas. Em 1987, ingressou na Pró-Arte, onde estudou por mais de três anos, tendo sido aluna de Caio Senna (piano), Cristina Passos (canto), Luis Otávio Braga (harmonia), além de ter feito formação em educação musical com Roberto Gnatalli, Theresa de Oliveira e Cecília Conde. Em 2000, graduou-se em Jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Em 1988 iniciou sua carreira profissional, apresentando-se em bares, atuando em diferentes formações, desde voz/violão até trios e quartetos.
Em 1991, participou, como vocalista, de um show de Tim Maia, registrado em especial de televisão. Apresentou-se no circuito carioca de casas noturnas como Jazzmania, People, Rio Jazz Club e Mistura Fina, entre outras, interpretando um repertório inédito de composições próprias e de autores novos.
Em 1993, gravou seu primeiro disco, “Andréa Dutra, 1993”, um LP de oito faixas lançado pela Niterói Discos, no qual registrou músicas como “Sucesso” (Paulo Zdan e Marcus Nabuco), “Cultura” (Paulo Bi) e “Rio de Janeiro” (Paulo Bi), entre outras, com destaque para “Disseram”, de sua autoria. Recebeu, por esse disco, uma indicação para o Prêmio Sharp, na categoria Revelação Feminina. Ainda nesse ano, estudou harmonia funcional com Renato Alvim no Curso Ian Guest de Aperfeiçoamento Musical (CIGAM).
Participou, como vocalista, de discos de artistas como Moraes Moreira, Paulo Bi e Buana 4, entre outros, além de ter atuado na área publicitária, gravando jingles para a Campanha do Desarmamento (do governo federal) e para campanhas da Amil e da Coca-Cola, entre outras.
Em 2000, lançou o CD independente “Black Museu Brasileiro”, produzido por Pedro Tibau, incluindo composições próprias como “Disseram” e “Armas”, entre outras, além de canções de outros autores, como “Vida Dutra”, escrita por Bombom em sua homenagem, “Salve essa flor” (Cassiano) e “Leão ferido” (Byafra). O disco contou com a participação de Délia Fischer, Marcos Suzano e Marcio Montarroyos, entre outros. Também nesse ano, participou do Festa da Música, festival da Panela Music realizado no Garden Hall (RJ), classificando sua composição “Disseram”, incluída em coletânea que registrou o evento. Ainda em 2000, apresentou-se em espaços cariocas como Mistura Fina, Hipódromo Up, Bar Saideira, Néctar, Estácio de Sá e Espaço Cultural Caravelas. O repertório do show, fruto de uma pesquisa realizada pela cantora sobre a soul music produzida no Brasil nos anos 1970, incluiu músicas como “Mandamentos black” (Gerson King Combo),”Bom senso” (Tim Maia), “Salve essa flor” (Cassiano) e “Velho camarada” (Augusto César), entre outras. Também nesse ano, participou dos projetos “Nova ordem da música”, no Hipódromo Up, e “Novo Canto”, no Sesc de Nova Iguaçu. Nesse último, teve como madrinha a cantora Sandra de Sá. Apresentou-se, também, no Canecão (RJ), no encerramento do projeto, integrando o grupo de oito artistas escolhidos para representar os 30 participantes.
Em 2013 lançou, pelo selo Mills Records, o CD “Jamba”, neologismo referente à união do jazz ao samba, presentes no disco, que incluiu repertório autoral, como as músicas “A criação” (c/ Fred Martins), “Branquinha” (c/ Paulo Malaguti) e “Mea culpa”. O show de lançamento do CD foi apresentado na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro.
Em 2014 lançou, com o grupo vocal Arranco de Varsóvia, o CD “Na panela pra dançar”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.