
Compositor. Saxofonista. Clarinetista. Funcionário da Imprensa Nacional. Solteiro, deixou um filho de nome Sebastião.
Músico de prestígio, foi diretor de harmonia do rancho Ameno Resedá, em 1925. Em 1931, seu choro “Comigo é no beiço” foi gravado na Odeon pelo Trio T. B. T. Em 1936, dirigiu uma jazz band, época em que trocou o clarinete pelo saxofone, passando a ser conhecido como André Saxofonista. Dentre suas composições, destaca-se o choro “André de sapato novo”, obra das mais populares no ambiente dos chorões. O André mencionado no título é naturalmente o próprio compositor e, pelo que se conta nos meios musicais, relata o sofrimento pelo qual passou durante um baile, quando dançou com um sapato novo que lhe apertava os pés. A obra foi imortalizada pela gravação da dupla Pixinguinha ao saxtenor e Benedito Lacerda na flauta, realizada em 1947. Inúmeras gravações subseqüentes foram feitas, dentre as quais quatro de Abel Ferreira, duas de Altamiro Carrilho, uma do Regional de Canhoto etc. Em 1972, seu clássico choro ” André de Sapato Novo”, foi gravado por Niquinho e Altamiro Carrilho no LP “As 14 regionais – A flauta de prata e o bandolim de ouro – Altamiro Carrilho e Niquinho”, do selo Entré/CBS.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
VASCONCELOS, Ary. A nova música da República Velha – Volume 1. Editora: Martins. Rio de Janeiro, 1965.