Pianista, tecladista, compositor, arranjador.
É graduado em Produção Fonográfica. De família evangélica, há pouco mais de 12 anos, começou a tocar teclado nos cultos da igreja evangélica na periferia do Recife, onde o pai, seu Jeremias, um músico autodidata, tinha uma banda. Iniciou seus estudos em música erudita ao ganhar uma bolsa no Conservatório Pernambucano de Música, tendo sido aluno de Rafael Vernet. Mas se viu obrigado a largar o curso por falta de dinheiro para a passagem de ônibus. Trabalhou como “call center” antes de conseguir se sustentar como pianista residente na noite do Recife Antigo.
Em 2016 lançou o CD “Sangue Negro”, considerado uma promessa pela crítica especializada em jazz, que considerou um trabalho com influências ritmicas entre o bebop, afrojazz, samba, frevo e balada. O CD foi gravado de forma independente no Estúdio Carranca em Recife. A produção e a direção musical foram assinadas por Rafael Vernet (que fora seu professor), que já gravou Hermeto Pascoal, Paulinho da Viola, Wilson das Neves e Roberto Menescal. Saiu em turnê, que durou 2 anos, após o lançamento do álbum, com shows nas principais capitais do país, e pelo exterior, passando por clubes de Jazz famosos, como o Ronnie Scott’s. Na ocasião foi acompanhado por Jean Elton (Baixo) e Hugo Medeiros (Bateria) que integram seu Trio de Jazz, com participações especiais do saxofonista Eliudo Souza e do trompetista Fabinho Costa. No mesmo ano foi um dos premiados do “Festival MIMO” em Olinda e recebeu a menção honrosa no “Savassi Festival” em Belo Horizonte.
Em 2018 foi um dos convidados pelo cantor e compositor Lenine, para compor o CD “Lenine em trânsito”, tocando piano na música “Lua candeia”, (Lenine /Paulo César Pinheiro). A canção foi divulgada pela primeira vez há 17 anos através da cantora Margareth Menezes. “Lenine em trânsito” foi gravado em sessão fechada no Centro Cultural João Nogueira, no Rio de Janeiro. No mesmo ano integrou o “Brasil Music Exchange” (BME), projeto de exportação de música brasileira, realizado por meio de uma parceria entre a Brasil, Música & Artes (BM&A) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Ainda em 2018 o CD “Rasif” foi lançado pelo selo inglês Far Out Recordings. O título “Rasif” reproduz o nome árabe do Recife (PE) sua cidade natal. No trabalho, ao lado de seus companheiros de trio, ele reprocessou ritmos como o frevo, afrojazz, maracatu, coco, baião, etc. O trabalho atingiu grande repercussão internacional e saiu nas listas de “melhores do ano” em diversos países, com matérias publicadas pela imprensa especializada de jazz na Alemanha, Estados Unidos, Israel, Japão, etc. Foi destaque na “Downbeat Magazine”, uma das mais importantes revistas de jazz do mundo, que em sua crítica, classificou “Rasif” como a nova promessa do jazz brasileiro.
Em 2020 regravou a música “Cais” (Ronaldo Bastos/Milton Nacimento), com participações do cantor Criolo e do próprio Milton. No mesmo ano de 2020, com a participações dos mesmos citados acima, gravou o single “Existe Amor” (Criolo) e “Não existe amor em SP” (Criolo).
Em 2021 lançou o álbum “Sankofa”, que gravou ao lado dos músicos Jean Elton (baixo acústico) e Hugo Medeiros (bateria e percussão), com oito faixas autorais, dentre elas “Vila Bela”, “Ayeye” e “Baquaqua”.
Em 2024 lançou o álbum autoral “Y’Y” – título que significa a palavra “água” no dialeto do povo indígena Sateré Mawé –, no qual incluiu nove faixas autorais, dentre as quais “Encantados”, gravada com a participação dos baterista norte-americano Hamid Drake, do flautista inglês Shabaka e do baixista cubano Aniel Someillan. Saiu em turnê nacional e internacional, passando pelo Japão, Estados Unidos e pelo continente europeu.