
Compositor.Trombonista.
Foi aluno do maestro Francisco Braga.
Em 1911, foi trombonista e diretor de harmonia na Sociedade Dançante Carnavalesca “Ninho do Amor”, sediada em São Cristóvão. Dois anos mais tarde, deixou o “Ninho do Amor”, passando a integrar o rancho “Flor do Abacate”, instalado no Largo do Machado e grande rival no bairro do Catete do “Ameno Resedá”. Tornou-se o diretor de música da agremiação e no carnaval desfilava à frente da orquestra que reunia os melhores músicos da época, entre os quais o saxofonista Romeu Silva.
Em 1914, além de continuar dirigindo a orquestra, integrou como secretário a comissão de carnaval deste rancho, participando do planejamento e da escolha do enredo com que o “Flor do Abacate” iria competir no Dia de Ranchos. Em 1915, compôs a polca “Flor do Abacate”, considerada sua obra prima, na qual imortalizou o seu rancho, e que foi editada pela Casa Beethoven e posteriormente registrada na Biblioteca Nacional. Compôs ainda outras marchas-ranchos para o grupo, das quais infelizmente não se tem registro. Ainda em 1915, integrou o “Terno Abacatense” em um baile promovido pela sociedade carnavalesca “Netinhos do vovô”, em benefício do compositor Sinhô.
MARCONDES, Marcos Antônio. “Enciclopédia da Música Brasileira – Erudita, folclórica e popular”. São Paulo. Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha – 2ª edição. 1998.
MARIZ, Vasco. A canção brasileira. Ministério da Educação e Cultura: Rio de Janeiro, 1956.
VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. 1º Volume. Martins: Rio de Janeiro, 1965.