
Compositor. Cantor. Ator. Dramaturgo. Diretor teatral. Sonoplasta.
Nascido em uma família de artistas, aos 12 anos, fez participações vocais em gravações do grupo Titulares do Rítmo. Em 1986, formou-se pela Faculdade de Direito da USP. Em 1991, concluiu o curso de Artes Cênicas nessa mesma instituição acadêmica. Estudou com Marivaldo Carlini (violão), Reynaldo Puebla, Léa Vinocour Freitag, Fábio Cintra e Ricardo Pereira (canto). Sua formação inclui ainda cursos de percussão, percepção musical e teoria, teatro (com Luther James e Lauro César Muniz) e designer sonoro, este último coordenado por Antunes Filho e Raul Teixeira, com aulas com Júlio Medaglia, Lívio Tragtemberg, Gerald Thomas e outros. Entre 1996 e 1999, lecionou no Teatro Escola Macunaíma (expressão vocal e interpretação).
Em 1990, integrou, como vocalista e compositor, a banda Rés, com a qual lançou um disco no qual foram registradas várias canções de sua autoria. Com o grupo, fez shows em vários espaços paulistas, como Centro Cultural São Paulo, Projeto SP, Cidade Universitária/USP (Projeto Bem Brasil), Palace, Teatro do Bixiga, Bar Vou Vivendo, Café Paris e Café Maravilha, entre 1989 e 1992.
Entre 1992 e 1996, apresentou-se em diversos teatros, bares e espaços culturais paulistanos, como crooner e compositor do conjunto Terno Paulista.
Participou, como compositor e intérprete, dos seguintes festivais de música: I Festival Carrefour de MPB (1991); I Projeto Nascente/USP (1991), finalista do II Festival de Rock de Barueri (1991); 2º lugar no FestValda (1992); 4º lugar no I Festival Banespa de MPB (1992), tendo sua canção registrada no LP do festival; III Festival Carrefour de MPB (1993); finalista no XI Fampop de Avaré (1993); finalista no II Festival de MPB de Tatui (1993); finalista no III Festival de MPB de Tatui (1994); 2º lugar no I Festival de MPB das Faculdades Cásper Líbero (1994); finalista no II Festival Canta São Paulo (1996), tendo sua canção registrada no CD do festival; III Festival Canta São Paulo (1997) e I Festival IBM de MPB (2002), pela Internet.
Integrou, como Tenor I, o CoralUSP, com o qual se apresentou em vários espaços, como Teatro Municipal de São Paulo, Centro Cultural São Paulo, Memorial da América Latina, Teatro Nacional de Brasília. Centro Cultural Maria Antônia, Teatro Sérgio Cardoso, Memorial Ulisses Guimarães (Campinas), Anfiteatro de Convenções/USP, Teatro Municipal de São Manoel, Teatro Municipal de São Carlos e Sesc (Rio Preto), entre outros. Em várias dessas apresentações, o grupo foi acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Campinas, com regência do maestro Benito Juarez. Atuou como Tenor I do Coral Unifesp/SP.
No teatro, participou dos seguintes espetáculos: “O Anti Nelson Rodrigues”, de Nelson Rodrigues, pelo Teatro Acadêmico XI de Agosto, com direção de Alberto Soares, em 1984, como ator; “Assim que passem cinco anos”, de Garcia Lorca, , pelo Teatro Acadêmico XI de Agosto, com direção de Estevan Salgueiro, em 1985, como ator e sonoplasta; “Rinocerontes”, de Eugene Ionesco, pela ECA/USP, com direção de Sérgio Corrêa, em 1986, como ator; “O quarto”, de Harold Pinter, pela ECA/USP, com direção de Leonardo Medeiros, em 1987, como ator; “Preparativos de combate naval”, de Jacques Prèvert, pela ECA/USP, em 1988, como ator, diretor e compositor; “O grande disparate”, de Adriano Cypriano, pela ECA/USP, com direção de Márcio Marciano, em 1989, como ator e diretor musical; “A mulher do trovão e a rainha do Lupanar”, de sua autoria, em parceria com Adriano Cypriano, pela ECA/USP, com direção de Márcio Aurélio, em 1990, como ator e compositor; “O urubu e o sonho”, de Adriano Cypriano, pela Troupe Fliacs de Teatro, com direção de Adriano Cypriano, em 1991 e 1992, como ator e compositor; “Hamlet”, de William Shakespeare, montagem para a Jornada SESC de Teatro Experimental, com direção de Arthur Rodrigues e Antônio Januzelli, em 1991, como ator; “Contra-luz”, baseado em “O belo indiferente”, de Jean Cocteau, pelo Instituto Goethe/SP, com direção de Márcio Marciano, em 1992, como adaptador do texto, diretor musical, compositor e assistente de direção; “Pequena história da história do amor”, adaptação de “Romeu e Julieta”, de Shakespeare, assinada por Adriano Cypriano, no Teatro Ruth Escobar, em 1993 e 1994, como diretor, juntamente com Adriano Cypriano, ator e sonoplasta; “Narrador”, de Rubens Rewald, no Teatro Paulista, Galpão Pica Pau Brasil e Centro Cultural São Paulo, com direção de Adriano Cypriano, em 1996, 1997 e 1998, como compositor e sonoplasta; “Delicadas e perversas”, texto e direção de Nilza Resende, no Teatro Paulista e Teatro Alfredo Mesquita, em 1996, como sonoplasta; “Três Marias”, texto e direção de Celso Alves Cruz, no Auditório Alceu de Amoroso Lima, em 1996, como sonoplasta e diretor musical; “Ecercícios de estilo”, de Raymond Queneau, no Teatro Escola Macunaíma, com direção de Adriano Cypriano, em 1996, como assistente de direção e diretor musical; “Toda nudez será castigada”, de Nelson Rodrigues, no Teatro Escola Macunaíma, com direção de Gérson Esteves, em 1996, como diretor musical; “Sonho de uma noite de verão”, de William Shakespeare, no Teatro Escola Macunaíma, com direção de Adgur Kove, em 1996, na função de sonoplasta; “Pasolini – A segunda morte de Pedro e Paulo”, concepção e direção de Zeno Wilde, Oficinas Culturais Oswald de Andrade, em 1997, como preparador vocal; “O arquiteto e o imperador da Assíria”, de Fernando Arrabal, no Teatro Escola Macunaíma, com direção de Adriano Cypriano, em 1997, como sonoplasta; “A megera domada”, de Shakespeare, no Teatro Escola Macunaíma, com direção de Gerson Esteves, em 1997, como compositor; “Do gabinete de Joana”, de Rubens Rewald, no Centro Cultural São Paulo, com direção de Rossana Foglia e Ana Cabeças, em 1997 e 1998, como sonoplasta; “A invasão”, de Dias Gomes, no Teatro Escola Célia Helena, com direção de Marcelo Lazzaratto, em 1998, como compositor; “Corações solitários”, adaptação de conto de Rubem Fonseca, no Teatro Escola Macunaíma, em 1998, como adaptador, sonoplasta e diretor; “Alice”, adaptação da obra de Lewis Carol, no Teatro Escola Macunaíma, em 1998 e 1999, como adaptador, compositor e diretor; “Uma família bem unida”, de Jacques Prévert, no Teatro Escola Macunaíma, em 1999, como diretor e sonoplasta; “Antecâmara”, de sua autoria, em parceria com Rubens Rewald e Rossana Foglia, no Espaço Elenko/KVA, em 2000, como diretor e compositor; e “I Olimpíada de Teatro Instantâneo”, de sua autoria, em parceria com Adriano Cypriano e Marcos Berman, no Teatro Maria Della Costa, em 2004, como diretor e compositor.
Em 2000, deu início à carreira solo, interpretando canções próprias e de outros autores em vários espaços paulistanos, como Centro Cultural Vergueiro, Feira da Vila Pompéia, Dinorah, Lanterna e Villaggio, entre outros.
Lançou, em 2005, o CD “Canabi Emotiva”, com destaque para suas composições “Kátia e Paulo”, “Bosconeana”, “Serenata para a moça do 1301” e a faixa-título, além de “Meio-dia na Praça da Sé” (Affonso Moraes). O disco contou com a participação de Betinho Sodré (percussão), Rodrigo “Digão” Braz (bateria), Ari Nascimento e Eduardo Malta (baixos), Adonias Jr. (trombones), Marcelo Pretto (vocal, berimbau de boca e baixo de boca), Toninho Ferragutti (acordeon), Proveta (clarineta e sax alto), Zé Rodrix (teclado), Adriana Prior (vocal), Cláudia Cecchinato (vocal), Sonekka (vocal) e Affonso Moraes (vocal). Fez show de lançamento do Cd no Crowne Plaza, em São Paulo.
É membro do Clube Caiubi de Compositores (www.clubecaiubi.com.br), movimento cultural com curadoria de Zé Rodrix.