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Nome Artístico
Álvaro Carrilho
Nome verdadeiro
Álvaro Aquino Carrilho
Local de nascimento
Santo Antônio de Pádua, RJ
Data de morte
23/8/2017
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Filho de Lyra de Aquino Carrilho e Octacilio Gonçalves Carrilho, cirurgião dentista que gostava de ajudar as pessoas menos favorecidas. Eram ao todo oito irmãos, dentre eles, o flautista Altamiro Carrilho.

Cresceu ouvindo, no rádio da vizinha, programas com os cantores Orlando Silva, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, etc, mas também programas com música instrumental: choro, maxixe, tango, fox, polca e valsas.

Seu avô materno, Carlos Manso de Aquino, era tão apaixonado por música que ao nascer sua primeira filha lhe deu o nome de Lyra. Nome também de sua banda: Lyra de Orion – que tocava no coreto da praça onde as famílias da cidade se reuniam para ouvir e aplaudir. Altamiro Carrilho, ainda garoto, tocava caixa de guerra nesta banda, de 1938 até a mudança para São Gonçalo em 1941. Álvaro herdou de Altamiro sua flauta mais usada, e assim começou a aprender a tocar suas primeiras músicas.

Em maio de 1956, casou-se com Zélia Lana e foi morar em Copacabana. Juntos tiveram dois filhos: César e o violonista Maurício Carrilho.

Dados artísticos

Em 1943 mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, indo morar no bairro de Bonsucesso. Formou nesta época seu primeiro conjunto junto com o vizinho, o violonista Wellington. Com eles tocaram Baden Powell, que começava a estudar violão, com o Meira, Manoel da Conceição e Paulo Nunes. Chegaram a tocar na Rádio Guanabara no “Programa do Guri” tendo acompanhado neste programa, Claudete Soares e Éllen de Lima, ainda meninas.

Em 1949, prestou serviço militar na Aeronáutica no Rio e seis meses depois foi transferido para Barbacena. Nesta cidade conheceu o Sr. Roldão que tocava banjo e foi convidado por ele a participar de uma roda de choro com a flauta de bambu.

Em 1950, fez seu segundo choro – o primeiro data de 1948 – que se chamou “Chorando em Barbacena”.

Em 1951, terminado o serviço militar, voltou para o Rio, indo trabalhar em laboratório de produtos farmacêuticos.

No ano de 1971, Altamiro convidou o filho Maurício Carrilho para tocar com ele (só flauta e violão) em um programa na TV Globo. Com o cachê que Maurício recebeu, presenteou o pai com uma nova flauta: “Compramos o instrumento dos meus sonhos de criança. Mesmo com o grande presente eu não tinha tempo para praticar, e a flauta ficou guardada”.

Em 1981, aposentou-se e passou a dedicar um tempo maior para a flauta. Daí em diante, passou a tocar em bares, teatros, praças e casas de família.

Em 2000, formou um grupo com Índio do Cavaquinho, Valter 7 Cordas, Caçula no violão e Valdir Mandarino no pandeiro. Nesse mesmo ano gravou seu primeiro CD com músicas próprias e algumas em parceria com Altamiro Carrilho, Gerson Mesquita e Wellington Santos. O trabalho de gravação foi feito com a orientação e ajuda seu filho, Maurício Carrilho, além do apoio de diversos amigos e profissionais. O CD foi gravado na Acari Records, e considerado pelo flautista um “sonho idealizado e realizado”.

Discografias
2000 Acari Records CD Álvaro Carrilho
Obras
Brincando Com os Netos (c/ Wellington Santos)
Chorando em Barbacena
Choro Torto
Inaugurando
Na sombra da Caramboleira
Sentimento Carioca
Tangerina
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.