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Nome Artístico
Aluísio Machado
Nome verdadeiro
Alcides Aluísio Machado
Data de nascimento
13/4/1939
Local de nascimento
Campos dos Goytacazes, RJ
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Dançarino. Mestre-Sala. Capoerista.

Sétimo e último filho do casal Alcides Machado (mineiro e sanfoneiro amador) e Maria Augusta Machado (capixaba e lavadeira), que se transferiu para Campos um ano antes de seu nascimento. Mais tarde, a família transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, residindo em vários bairros, entre os quais Campinho, Cavalcante, Ricardo de Albuquerque e Jacarepaguá. 

O irmão mais velho foi passista do Império Serrano.

Aos 14 anos começou a desfilar pela Império Serrano.

Aos 16 anos entrou para a Companhia Teatro Popular Brasileiro (TPB), do pernambucano Solano Trindade, com a qual viajou para apresentações na cidade de São Paulo.

Como dançarino (de frevo, caxambu, maracatu e jongo etc) atuou como figurante em alguns filmes nacionais, entre os quais “Rio 40º” (dirigido por Nélson Pereira dos Santos, 1955); “Meus amores no Rio” (dirigido por Carlos Hugo Christensen, 1958) e “Orfeu do Carnaval” (dirigido por Marcel Camus, 1960).

Em 1963 desfilou pela primeira vez, como mestre-sala na Imperatriz Leopoldinense, na época, a agremiação pertencia ao Grupo II do carnaval carioca.

Pertenceu à Ala de Compositores do Bloco Carnavalesco Embalo de Madureira.

Integrou a Ala de Compositores da Unidos de Vila Isabel entre 1972 e 1981).

Integrou a Ala de Compositores do Império Serrano, para a qual compôs alguns clássicos do samba-enredo.

Trabalhou como estofador.

Foi funcionário do Tribunal Marítimo, onde trabalhou como arquivista, antes, porém, trabalhou na contabilidade.

No ano de 2001 gravou um depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo como entrevistadores José Carlos Rego, Helena Theodoro e Lygia Santos.

Em 2007 foi lançado em DVD o documentário em média-metragem “O Famoso Aluísio Machado”, (51 minutos) pela Produtora Vira-Lata Filmes, no qual conta parte de sua trajetória artística, com cenas gravadas em um botequim em frente ao Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá. Dois anos depois, em 2009 o DVD “Alcides Aluísio Machado” foi lançado pelo “Projeto Memórias das Matrizes do Samba do Rio de Janeiro”, com um documentário sobre o sambista produzido pelo Centro Cultural Cartola, com o apoio do IPHAN e MEC. Ainda em 2009 seria lançado outro DVD-documentário, desta vez o “Oficina de Danças – As Matrizes do Samba Carioca – Sapateadores do Partido Alto”, dirigido por Andréa Jabor, com apresentação de Helena Theodoro e realização da Arquitetura do Movimento, copatrocinado pela Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro e “Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2008”, com Aluísio Machado, Rubem Confete, Bira Presidente e Ubirani. No ano posterior, em 2010, participou como um dos entrevistados no documentário “Noitada de Samba – Foco de Resistência”, dirigido por Cély Leal, sob consultoria de Jorge Coutinho e Leonides Bayer (criadores do evento na época). O trabalho foi produzido pela Singra Produções e contou com outros entrevistados, tais como Adelzon Alves, Ademilde Fonseca, Afonsinho, Alcione, Arlindo Cruz, Baianinho, Beth Carvalho, Carlos Lyra, Dalmo Castello, Délcio Carvalho, Diana Aragão, Dona Ivone Lara, Eliana Pittman, Elton Medeiros, Genaro da Bahia, Gilberto Braga, Gisa Nogueira, João das Neves, Jorge Coutinho, Leonides Bayer, Lígia Santos, Mariúza, Martinho da Vila, Maurício Sherman, Monarco, Nilze Carvalho, Noca da Portela, Pimpolho, Poli, Rubem Confete, Stênio do Nosso Samba, Xangô da Mangueira e Zeca da Cuíca.

No ano de 2012 participaria do documentário intitulado “Cabeças Coroadas”, dirigido por Saulo Farias Vasconcelos, realizado pelo Centro Cultural Cartola, associado à série “Lab Cultura Viva”, copatrocinado por FUJB/UFRJ/ECO-UFRJ e MINC, sob coordenação da professora Ivana Bentes (ECO-UFRJ) e lanaçdo em DVD.

Em 2014 o Tribunal Marítimo lhe concedeu o “Diploma de Reconhecimento – Diploma de Bronze”, por seus 17 anos de relevantes serviços dedicados ao Tribunal. Neste mesmo ano recebeu o título, das mãos do compositor Zé Katimba, de “Cidadão Samba 2014” no evento “Carnaval Histórico”, realizado no Teatro Imperator – Centro Cultural João Nogueira, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Dados artísticos

Com o sucesso obtido como cantor e compositor do Império Serrano, passou a se a se apresentar em boates da Zona Sul do Rio de Janeiro, como Oba Oba, entre outras.

Na década de 1960, atuou como músico, ao lado de Nara Leão e João do Vale no show “Opinião”.

No ano de 1963 seu samba “Meu mundo caiu” (c/ Walter Rosa) foi incluído no LP “As Grandes Escolas de Samba”, na interpretação instrumental da Orquestra e Coro Odeon.

No ano de 1965 “Sam B a Bá”, em parceria com Joe Lester, foi gravada pelo grupo Anjos do Sol.

Em 1966 sua composição “Carnaval que passou” (c/ Acyr Pimentel e Nelson Caetano) foi incluída no disco “Carnaval de 1967”, na voz do cantor João Dias. No ano seguinte, em 1967, o samba seria regravado por Moacyr Silva, no LP “Carnaval de Boate – Volume 4”.

No ano de 1968 a cantora Dalila gravou em seu compacto simples a faixa “Sou feliz” (c/ Erly Muniz). No ano posterior, em 1969,Jamelão gravou “O peixeiro” (c/ Ferreira dos Santos) e o samba “Vai ficar um” (c/ Quivo) foi interpretado por Ari da Guarda no disco “Partido Alto no Samba”. No ano seguinte, em 1970, seu samba “Valorização da mulata” (c/ Arthur Soares), foi incluído no LP “Botando pra quebrar”, do grupo Brasil Ritmo 67 & As Três Mais. Neste mesmo ano o conjunto Os Autênticos gravou de sua autoria “Porta-Bandeira”.

Entre os anos de 1971 e 1983 participou ativamente da “Noitada de Samba”, no Teatro Opinião, em Copacabana, evento idealizado e produzido pela dupla Jorge Coutinho e Leonildes Bayer, no qual participavam João Nogueira, Dona Ivone Lara, Nei Lopes, Wilson Moreira, entre outros. Neste mesmo ano lançou um compacto simples com as faixas “Quero mais” (c/ Oldemar Magalhães) e “Acontece que não dá” (c/ Zé Tinoco). No ano posterior, em 1972, o grupo Imperiais do Ritmo regravou “Quero mais” (c/ Oldemar Magalhães) e “Gente”. Neste mesmo ano Míriam Batucada interpretou, em compacto simples, a composição “Gente”.

Em 1973 sua composição “Quem me ensinou já morreu”, foi gravada por Jorginho do Império. Neste mesmo ano, integrando a Ala de Compositores da Escola Unidos de Vila Isabel chegou às finais da escola do samba-enredo da agremiação com o samba “Zodíaco do Samba”, em parceria com Ailton Gemeu. No ano seguinte, em 1974, foi lançado o disco coletivo “Casa de Bamba” da Ala de Compositores da Unidos de Vila Isabel, no qual, ao lado de Antônio Grande, Barbinha, Diógenes, Estrela, Jonas, Jorge Saberas e Paulo Brazão, participou interpretando de sua autoria a faixa “Sou mais a Vila”. Zaíra, no LP “Samba sensacional” interpretou “Segurança”, parceria com Roberto Nunes. Neste mesmo ano participou do LP “Tem gente bamba na roda de samba”, ao lado de Ary Guarda, David Correia, Gisa Nogueira, Nei Lopes e Wilson Moreira, disco no qual interpretou de sua autoria a faixa “Comida baiana” (c/ Jaburu). Participou do disco “Isto que é partido alto – 5” cantando a faixa “Quem me ensinou já morreu”, LP no qual também estavam presentes Aparecida, Chico Bondade, Darcy da Mangueira, Dida, Embaixadores do Samba, Explosão do Samba, Paulão e Sidney da Conceição. Neste mesmo ano, de 1974, participou do programa “A Grande Chance”, de Flávio Cavalcanti (TV Tupi), no qual interpretou de sua autoria a composição “Aí, então”.

No ano de 1975 o cantor Reinaldo, no disco “Papel assinado”, gravou de sua autoria a composição “Banco do amor” (c/ Chiquinho e Arlindo Cruz); Xangô da Mangueira cantou “Ô menina” em seu disco “Velho Batuqueiro” e o cantor Sílvio Aleixo incluiu “Vamos recomeçar”, no LP “Alerta”. Neste mesmo ano de 1975 gravou seu primeiro LP intitulado “Apesar dos pesares”, lançado pela gravadora CBS. No LP interpretou de sua autoria as composições “Eu me perdoo”, “Êh menina”, “Insinceridade”, “Como é que pode”, “Acontece que não dá” (c/ Zé Tinoco), “Saudades de ter saudade”, “Ai então”, “Vai ficar um” (c/ Quivo), “Cabeça e espinha” (c/ Darci de Souza), “Causa e efeito” e “Sou gente homem”, além da faixa-título “Apesar dos pesares”. No ano seguinte, em 1976, lançou dois compactos simples com as composições “Discretamente” (c/ Washington) e “Ajoelhou tem que rezar – Homenagem à Mangueira”, de autoria de Washington (gravadora Top Tape), e “Artifício” (c/ Aluízio Ramos) e “Ajoelhou tem que rezar” (c/ Byli), pela gravadora CBS.

No ano de 1977 gravou, ainda pela CBS, outro compacto simples com as faixas “Jacob do Bandolim” e “Me perdi”, esta última em parceria com Antônio Grande. No ano posterior, em 1978, seu samba “Cachorro mordido de cobra”, em parceria com Ari do Cavaco, foi gravado por Bibiu da Portela no LP “Olé do partido alto”.

Em 1979 Zaira gravou “Dona Moça” em seu LP “Simplesmente Zaira”.

O ano de 1981 foi bem profícuo para o compositor, vários intérpretes gravaram suas obras: “Minha filosofia” (por Alcione); “O suburbano” (c/ Beto Sem Braço) por Almir Guineto; “Escasseia” (c/ Beto Sem Braço e Zé do Maranhão) por Beth Carvalho no LP “Na fonte”; “Te contei” (c/ Beto Sem Braço), pelo grupo Sambrasil no disco “Meu samba” e as faixas “Meu amanhã” (c/ Ovídio Bessa) e “Novo endereço” (c/ Beto Sem Braço e Zé do Maranhão) pelo grupo Sambatour.

O samba-enredo “Bum bum paticumbum prugurundum”, de sua autoria em parceria com Beto Sem Braço, deu o primeiro lugar do Grupo 1A ao Império Serrano no carnaval de 1982. O próprio compositor declarou a José Carlos Rego, Helena Theodoro e Lygia Santos, em depoimento ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro:

 

“Esse termo foi usado pelo Ismael Silva para explicar a sonoridade da batucada. O Sérgio Cabral teve a sensibilidade de registrá-lo no livro “As Escolas de Samba” e a carnavalesca Rosa Magalhães ousou batizar o nome do enredo com ele. O nome original do samba era “Candelária, Praça XV e Marquês de Sapecaí. Não era um samba fácil, a onomatopeia era complicada e, ainda assim, fez o maior sucesso”. 

 

O samba ganharia o “Estandarte de Ouro” da Rede Globo neste mesmo ano de 1982 em que mais dois sambas de sua autoria foram gravados: “Maça do amor” (c/ Beto Sem Braço), por Jorginho do Império no LP “Coisa boa”; “Efeitos da evolução”, por Martinho da Vila no disco “Verso & reverso”. No ano seguinte, em 1983, a mesma dupla Aluísio Machado e Beto Sem Braço, também ganharia o prêmio da Rede Globo “Estandarte de Ouro” com outro samba enredo, desta vez com “Mãe Baiana Mãe”, para a Escola de Samba Império Serrano. Neste mesmo ano, Martinho da Vila, no LP “Novas palavras”, interpretou “Clara Nunes” (c/ Ovídio Bessa), e Arlindo Cruz, no disco “Arlindinho”, incluiu “Pra ser lembrado depois” (c/ Arlindo Cruz e Acyr Marques).

No ano de 1984, ao lado de Wilson Moreira, Nei Lopes, Cláudio Jorge e Sonia Ferreira, participou do projeto “Roda de Samba”, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. No ano posterior, em 1985, participou do LP “Pique brasileiro”, ao lado de David Correia e Gracia do Salgueiro, lançado pela gravadora BMG Ariola, no qual interpretou de sua autoria as faixas “Vegetariano” (c/ Ovídio Bessa e Zé do Maranhão), “Pique brasileiro” (c/ Gracia do Salgueiro e David Correia), “Obrigado meu Deus” (c/ Beto Sem Braço) e “O vacilão”, em parceria com Ovídio Bessa. Neste mesmo ano o cantor Dellano, no LP “A voz do samba”, gravou “Artifício” (c/ Aluizio Ramos) e “Filosofia de boi” (c/ Dellano), e Neguinho da Beija-Flor interpretou “Se ligue, Doutor” (c/ Beto Sem Braço) no LP “Ofício de puxador”.

Em 1986, Dominguinhos do Estácio, no disco “Bom ambiente”, gravou “Dura prova” (c/ Beto Sem Braço e Serginho Meriti); Alcione no LP “Fruto e raiz”, pela RCA, gravou outra composição sua, “Pique, rabo, emenda”. Ainda em 1986 ganharia mais um “Estandarte de Ouro” com o samba enredo “Eu Quero”, em parceria com Luiz Carlos do Cavaco e Jorge Nóbrega, também para o Império Serrano.

Em 1989, em parceria com Bicalho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço, compôs o samba-enredo “Jorge Amado: Axé Brasil”, com o qual o Império Serrano desfilou naquele ano.

No ano de 1991 o Grupo Pirraça no disco “Eterna procura”, incluiu de sua autoria a faixa “Atividade, malandro” (c/ Jorge Carioca, Luizinho e Marquinhos PQD).

Em 1993 o Grupo Pirraça voltaria a gravar mais uma composição sua, desta vez o samba “Nova estação”, em parceria com Evandro Lima e Gígio. Por essa época compôs “Império Serrano: um ato de amor” (c/ Acyr Marques, Arlindo Cruz e Bicalho), samba-enredo com o qual a escola foi a vice-campeã do Grupo 1, de Acesso, retornando ao Grupo Especial. Neste mesmo ano, de 1993 ganharia mais um “Estandarte de Ouro”, conferido pelo Jornal O Globo.

No ano de 1996, em parceria com Beto Pernada, Lula, Índio do Império e Arlindo Cruz, compôs o samba-enredo “E verás que um filho teu não foge à luta”, com o qual a Império Serrano desfilou naquele ano e ganhou o prêmio “Estandarte de Ouro”, do Jornal O Globo, na categoria “Melhor Samba-Enredo” e ainda classificou a escola em 6º lugar do Grupo Especial.

No ano de 2001, participou do projeto “Meninos do Rio”, série de três shows que reuniu no palco do Centro Cultural Banco do Brasil 15 sambistas: Dauro do Salgueiro, Nei Lopes, Nelson Sargento, Baianinho, Niltinho Tristeza, Casquinha, Zé Luiz, Nílton Campolino, Jair do Cavaquinho, Monarco, Elton Medeiros, Luiz Grande, Jurandir da Mangueira e uma única mulher: Dona Ivone Lara. O projeto foi registrado em disco produzido por Paulinho Albuquerque e Cláudio Jorge, pela gravadora Carioca Discos, lançado neste mesmo ano. Neste disco interpretou de sua autoria “Minha filosofia”, “Falange do Erê” (c/ Arlindo Cruz) e “Bumbum paticumbum”, em parceria com Beto Sem Braço). No ano seguinte, em 2002, a escola Império Serrano classificou-se em 9º lugar no Grupo Especial com um samba-enredo de sua autoria “Aclamação e coroação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna”, em parceria com Carlos Senna, Elmo Caetano, Lula e Maurição. Neste mesmo ano, Marquinho Santanna incluiu no disco “Nosso show” uma composição de sua autoria: “Mar de carinhos”, em parceria com Arlindo Cruz.

No ano de 2003, foi um dos convidados de Guaracy Sete Cordas na Roda de Samba, no Clube Copa Leme, no bairro do Leme, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, em parceria com Maurição, Elmo Caetano, Carlos Senna e Arlindo Cruz, compôs o samba-enredo “E onde houver trevas… Que se faça a luz!” com o qual o Império Serrano desfilou no carnaval. Ainda em 2003, sua composição “Sambista de fato” (c/ Acyr Marques), interpretada por Débora Cruz (filha do compositor Acyr Marques e sobrinha de Arlindo Cruz), foi classificada em 6º lugar no “Festival Fábrica do Samba”, com a final no Maracanazinho, no Rio de Janeiro.

Em 2005 o grupo carioca Casuarina regravou “Minha filosofia” em CD homônimo lançado pela gravadora Biscoito Fino.

No  ano de 2006, com Dona Ivone Lara e outros compositores importantes do Império Serrano, participou do show e do CD “Império Serrano – Um Show de Velha Guarda”, lançado pela gravadora Biscoito Fino. Neste mesmo ano o Império Serrano desfilou com seu samba-enredo “O Império do Divino”, em parceria com Arlindo Cruz, Carlos Sena, Elmo Caetano e Maurição, quando também conquistou mais uma vez o prêmio “Estandarte de Ouro”. 

No ano de 2011 foi o convidado especial do grupo paulista Inimigos do Batente para a roda de samba “Anhanguera Dá Samba”, da cidade de São Paulo. Neste mesmo ano, de 2011, lançou o DVD “Arte não tem idade” (c/ Grupo Mukeka de Xaréu) pelo Selo MCD Estúdio.

No ano de 2014 apresentou-se no projeto “Meio Dia em Ponto”, do Centro Cultural Light, comandado e apresentado por Ricardo Cravo Albin, no qual interpretou sucessos da carreira, a maioria em parceria com Beto Sem Braço e Arlindo Cruz, gravados por vários intérpretes do samba. Neste mesmo ano voltou a participar da roda de samba “Noitada de Samba”, desta vez uma segunda edição organizada por Cély Leal, ao lado de Martinho da Vila, Nilze Carvalho e Baianinho, entre outros, no Clube Carnavalesco Cordão do Bola Preta, na Lapa. No ano seguinte, em 2015, voltou a se apresentar no projeto “Meio Dia em Ponto”, do Centro Cultural da Light, em show com roteiro e apresentação de Ricardo Cravo Albin. Na ocasião, interpretou composições de sua autoria. Na entrevista falou sobre seus vários prêmios recebidos durante a carreira de compositor de samba-enredo da Escola de Samba Império Serrano. Neste mesmo ano de 2015 foi lançada, no Centro Cultural da UERJ, a sua biografia “Aluísio Machado: Sambista de Fato, Rebelde por Direito” (Acervo Universitário do Samba, uma iniciativa da COART e do Departamento Cultural da Universidade DECULT-UERJ) editada pela Outras Expressões (São Paulo), com prefácio do compositor e pesquisador Nei Lopes. Na ocasião, além da breve apresentação do trabalho feita pelo autor e professor da UERJ Luiz Ricardo Leitão, houve um pequeno espetáculo com o artista e o grupo que gravou o CD encartado no livro, com o clássico “Bumbum Paticumbum Prugurundum” e mais sete composições inéditas, interpretadas pelo próprio compositor, acompanhado de jovens músicos universitários da UNIRIO e por um coro do projeto “Ah! Banda”, do Cap-UERJ, sob a direção da maestrina Ilana Linhales, coordenadora da COART. No CD foram incluídas as faixas “A carta”, “Doca Street”, “Sambista de fato”, “Meu torrão”, “Minha bandeira”, “Virgulino”, “Inteiração” e “Bom marido”, todas interpretadas por Aluísio Machado, tendo como acompanhamento um grupo integrado pelos músicos Mariana Serra (clarineta e arranjo), Rodrigo Rodrigues (fragote e arranjo), Marcos Tanuri (cavaquinho e arranjo), Dudu Souto (violão e arranjo), Lucas Videla (percussão e arranjo), Maria Candida Petit (percussão e arranjo) e Marina Chuva (percussão e arranjo), além da participação especial da cantora Débora Cruz, em disco com produção musical de Alexandre Seabra (arranjos) e direção musical de lIana Linhales.

No ano de 2018 sua composição “Réquiem para Jacob do Bandolim” foi incluída no disco “Coisas do interior”, da cantora Zilá Santos.

Teve composições gravadas por vários intérpretes, entre elas “A Taxa” (c/ Beto Sem Braço) pelo Grupo Exporta Samba no LP (s/d) “Gabinete do partido alto”; “Artifício” (c/ Aluízio Ramos) pelo cantor Noite Ilustrada no disco (s/d) “Bem melhor”; “Se ligue, Doutor” (c/ Beto Sem Braço) e “Estrela bonita” (c/ Beto Sem Braço) por André do Villar em compacto simples (s/d); “Sou gente, homem!” no disco coletivo “Olé do partido alto” (s/d) e ainda, a composição “Amigo”, gravada ao vivo no LP “Samba de montão” (s/d) na quadra de ensaio da Império Serrano.

No ano de 2021, convidado pela cantora e compositora Eliane Faria, participou da live-show “Eliane Faria Entrevista”, no canal da entrevistadora no YuoTube. Na ocasião, falou sobre a vida e a carreira, além de comentar detalhes de suas criações para a Escola de Samba Império Serrano, da qual é um dos baluartes e um dos mais velhos componentes da Ala de Compositores.

Discografias
S/D S/G LP Samba de montão (vários)
2015 Selo Acervo Universitário do Samba: Volume 1 - Editora UERJ/DECULT CD Aluísio Machado - Sambista de Fato - Rebelde por Direito
2011 Selo MCD Estúdio DVD Arte não tem idade (c/ Grupo Mukeka de Xaréu)
2006 Gravadora Biscoito Fino CD Império Serrano - Um Show de Velha Guarda (vários)
2001 Carioca Discos CD Meninos do Rio (vários)
1985 Gravadora RCA Ariola LP Pique brasileiro (c/ David Correia e Gracia do Salgueiro)
1977 Gravadora CBS Compacto simples Aluísio Machado
1976 Gravadora CBS Compacto simples Aluísio Machado
1976 Gravadora Top Tape Compacto simples Aluísio Machado
1975 Gravadora CBS LP Apesar dos pesares
1974 Gravadora RCA LP Casa de Bamba - Ala de Compositores da Unidos de Vila Isabel (vários)
1974 Selo Itamaraty LP Isto que é partido alto - 5 (vários)
1974 Gravadora Continental LP Tem gente bamba na roda de samba (vários)
1971 Gravadora Todamérica Compacto simples Aluísio Machado
Obras
A Taxa (c/ Beto Sem Braço)
A carta
Aclamação e coroação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna (c/ Carlos Senna, Elmo Caetano, Lula e Maurição)
Acontece que não dá (c/ Zé Tinoco)
Ajoelhou tem que rezar (c/ Byli)
Amigo
Apesar dos pesares
Artifício (c/ Aluízio Ramos)
Atividade, malandro (c/ Jorge Carioca, Luizinho e Marquinhos PQD)
Aí, então
Banco do amor (c/ Chiquinho e Arlindo Cruz)
Bom marido
Bum bum paticumbum prugurundum (c/ Beto Sem Braço)
Cabeça e espinha (c/ Darci de Souza)
Cachorro mordido de cobra (c/ Ari do Cavaco)
Carnaval que passou (c/ Acyr Pimentel e Nelson Caetano)
Causa e efeito
Clara Nunes (c/ Ovídio Bessa)
Comida baiana (c/ Jaburu)
Como é que pode
Discretamente (c/ Washington)
Doca Street
Dona Moça
Dura prova (c/ Beto Sem Braço e Serginho Meriti)
E onde houver trevas... Que se faça a luz! (c/ Maurição, Elmo Caetano, Carlos Senna e Arlindo Cruz)
E verás que um filho teu não foge à luta (c/ Arlindo Cruz, Beto Pernada, Lula e Índio do Império)
Efeitos da evolução
Escasseia (c/ Beto Sem Braço e Zé do Maranhão)
Estrela bonita (c/ Beto Sem Braço)
Eu me perdoo
Eu quero (c/ Luiz Carlos do Cavaco e Jorge Nóbrega)
Falange do Erê (c/ Arlindo Cruz)
Filosofia de boi (c/ Dellano)
Gente
Império Serrano: um ato de amor (c/ Acyr Marques, Arlindo Cruz e Bicalho)
Insinceridade
Inteiração
Jacob do Bandolim
Jorge Amado: Axé Brasil (c/ Bicalho, Arlindo Cruz e Beto Sem Braço)
Mar de carinhos (c/ Arlindo Cruz)
Maça do amor (c/ Beto Sem Braço)
Me perdi (c/ Antônio Grande)
Meu amanhã (c/ Ovídio Bessa)
Meu mundo caiu (c/ Walter Rosa)
Meu torrão
Minha bandeira
Minha filosofia
Mãe Baiana Mãe (c/ Beto Sem Braço)
Nova estação (c/ Evandro Lima e Gígio)
Novo endereço (c/ Beto Sem Braço e Zé do Maranhão)
O Império do Divino (c/ Arlindo Cruz, Carlos Sena, Elmo Caetano e Maurição)
O peixeiro (c/ Ferreira dos Santos)
O suburbano (c/ Beto Sem Braço)
O vacilão (c/ Ovídio Bessa)
Obrigado meu Deus (c/ Beto Sem Braço)
Pique brasileiro (c/ Gracia do Salgueiro e David Correia)
Pique, rabo, emenda
Pisa como eu pisei
Porta-Bandeira
Pra ser lembrado depois (c/ Arlindo Cruz e Acyr Marques)
Quem me ensinou já morreu
Quero mais (c/ Oldemar Magalhães)
Réquiem para Jacob do Bandolim
Sam B a Bá (c/ Joe Lester)
Sambista de fato (c/ Acyr Marques)
Saudades de ter saudade
Se ligue, Doutor (c/ Beto Sem Braço)
Segurança (c/ Roberto Nunes)
Sou feliz (c/ Erly Muniz)
Sou gente, homem!
Sou mais a Vila
Te contei (c/ Beto Sem Braço)
Vai ficar um (c/ Quivo)
Valorização da mulata (c/ Arthur Soares)
Vamos recomeçar
Vegetariano (c/ Ovídio Bessa e Zé do Maranhão)
Velho deitado (c/ Arlindo Cruz)
Virgulino
Zodíaco do Samba (c/ Ailton Gemeu) Inédita
Êh menina
Ô menina
Shows
2003 Clube Copa Leme. RJ. Roda de Samba de Guaracy 7 Cordas (convida: Aluísio Machado)
2001 Centro Cultural Banco do Brasil. RJ Meninos do Rio
1984 Teatro João Caetano. RJ. Roda de Samba
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A., 2003.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na Música Popular Brasileira: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

ARAÚJO, Hiram. Carnaval – seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.

LEITÃO, Luiz Ricardo. Aluísio Machado – Sambista de Fato – Rebelde por Direito. Rio de Janeiro: Editora UERJ, DECULT; São Paulo: Editora Outras Expressões, 2015.

LEITÃO, Luiz Ricardo. Zé Katimba: antes de tudo um forte. Direito. Rio de Janeiro: Editora UERJ, DECULT; São Paulo: Editora Outras Expressões, 2017.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem. A canção no tempo volume 2. Rio de Janeiro: Editora 34, 1998.