0.000
Nome Artístico
Almira Castilho
Nome verdadeiro
Almira Castilho de Albuquerque Figueiredo
Data de nascimento
24/8/1924
Local de nascimento
Olinda, PE
Data de morte
26/2/2011
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Cantora. Compositora. Dançarina. De beleza brejeira e nordestina, era linda de se ver no palco, ao lado do exuberante pandeirista, cantando, dançando e arrebatando olhares e sorrisos de Jackson do Pandeiro, seu parceiro e marido. Antes de seguir a carreira artística atuou como professora. Dançava e cantava bem, também compunha e ficou famosa exatamente pela parceria com Jackson do Pandeiro, que ela conheceu em 1952, na rádio Jornal do Commercio, onde era rádio-atriz e cantora. Sua última aparição pública se deu 2009, quando, na cidade de Recife, recebeu homenagem póstuma em nome de Jackson do Pandeiro. Faleceu aos 87 anos, vítima de mal de Alzheimer, o qual era portadora desde 2009.

Dados artísticos

Foi casada com Jackson do Pandeiro entre 1955 e 1967. Nesse tempo, foram parceiros em composições e interpretações. Em 1954, quando ainda não estava casada com Jackson do Pandeiro, foi convidada a participar do coro do coco “Sebastiana”, de Rosil Cavalcanti, que lançaria o casal para o estrelato. Alcançaram logo o sucesso e por isso recebiam muitos convites para apresentações em diferentes clubes de Pernambuco assim como em outros estados do Nordeste. Por volta de 1956, convidados a fazer uma apresentação no Clube Náutico Capibaribe, de Recife. Durante o show, com Jackson cantando e sua companheira dançando, alguns rapazes embriagados começaram a pegar nos tornozelos da cantora e isso acabou por provocar uma tremenda briga na qual ela e Jackson do Pandeiro e seus músicos escaparam por pouco de serem linchados. Foram obrigados a emigrar para o Rio de Janeiro. Em 1957, fez sua primeira gravação com o rojão “Quatro A Um (4 X 1)”, de Damião Florêncio e José Gomes, em disco que trazia no lado B o maracatu “Babalaô”, de Edgar Ferreira, com Jackson do Pandeiro. No mesmo ano, gravou a polca “Chico Bendengó”, de Aires Viana, Alventino Cavalcanti  e Uzias da Silva, e a macumba “Tarimá”, de sua autoria e Nivaldo Lima. Gravou também o baião “Baião mineiro”, de Pato Preto, Sebastião Lougon e Zé Praxedi. Em 1958, o samba coco “Meu enxoval”, com Gordurinha, foi gravado por Jackson do Pandeiro. No mesmo ano, atuou nos filmes “Minha Sogra É da Polícia” e “O Batedor de Carteiras”, ambos dirigidos por Aloisio T. de Carvalho. No mesmo ano, teve lançado por Odete Amaral o samba-coco “Chiclete com banana”, com Gordurinha, que se tornaria um grande clássico, gravado por nomes como Gilberto Gil, Gordurinha, Carmélia Alves, e Zé Ramalho, entre outros, além do próprio Jackson do Pandeiro. Em 1959, teve diversas composições gravadas: o “Baião do bambolê”, com Antônio Barros, e a marcha “Naquela base”, com Paulo Gracindo e W. Freitas, gravadas por Jackson do Pandeiro, que também gravou o samba-coco “Chiclete com banana”, com Gordurinha. Nesse ano, Bill Farr lançou o samba “Na base do amor”, com Paulo Gracindo. Em 1960, participou dos filmes “Aí Vem a Alegria”, dirigido por Cajado Filho; “O Viúvo Alegre”, de Victor Lima, e “Cala a Boca, Etelvina”, sob direção de Eurípides Ramos. Em 1961, teve gravados por Jackson do Pandeiro os sambas “Serenou”, com Lindolfo Silva, e “Mandaú”, com A. Ribeiro Cunha, e a marcha “O velho gagá”, com Paulo Gracindo, além dos cocos “Praia do Janga”, com Heleno Clemente, e “Sanfona braba”, com José Benício Lima. Em 1962, atuou nos filmes “Bom mesmo é carnaval”, direção de Tanko, J. B., no qual interpretou juntamente com Jackson do Pandeiro e Zezinho, a marcha “Garota de Saint-Tropez”, de João de Barro e Jota Jr., e “Rio à Noite”. Nesse ano, as marchas “Lá vem mulher” e “Papel crepom”, ambas com Paulo Gracindo, e “Lá vou eu”, com Ivo Santos e Claudionor Santos, foram lançadas por Jackson do Pandeiro. Em 1963, teve a marcha “Vinte E Quatro De Dezembro (24 De Dezembro)” gravada por Abdias dos Oito Baixos. Em 1968, teve gravada por Jackson do Pandeiro a marcha “Vamos Chegar Pra Lá”. Em 1964, a marcha “Babá de Babá”, com Waldemar Silva, foi gravado por Jackson do Pandeiro. No mesmo ano, Jackson do Pandeiro lançou a marcha “Rolando Rolando”, com Henrique de Almeida e Carlos Marques, na coletânea carnavalesca “O grande carnaval de 65”, da gravadora Philips. Ainda em 1965, o coco “Tililingo” foi gravado por Jackson do Pandeiro. Em 1966, o “Forró Quentinho”, foi lançado por Jackson do Pandeiro, no LP “O cabra da peste”, da Continental. Em 1976, Paulo Bob gravou a marcha “Pra sentir saudade”, com Paulo Gracindo. Foi casada com Jackson do Pandeiro entre 1955 e 1967, período no qual assinou cerca de 30 composições. Depois de separar-se de Jackson do Pandeiro viajou pela Europa fazendo apresentações como dançarina de ritmos latinos.

Discografias
1957 Copacabana 78 Baião Mineiro
1957 Copacabana 78 Chico Bendengó/Tarimá
1957 Copacabana 78 Quatro A Um (4 X 1)/Babalaô
Obras
Babá de Babá - com Waldemar Silva
Baião do bambolê - com Antônio Barros
Chiclete com banana - com Gordurinha
Forró Quentinho
Lá Vem Mulher - com Paulo Gracindo
Lá vou eu - com Ivo Santos e Claudionor Santos
Mandaú - com A. Ribeiro Cunha
Meu enxoval - com Gordurinha
Na base do amor - com Paulo Gracindo
Naquela base - com Paulo Gracindo e W. Freitas
Papel crepom - com Paulo Gracindo
Pra sentir saudade - com Paulo Gracindo
Praia do Janga - com Heleno Clemente
Rolando Rolando - com Henrique de Almeida e Carlos Marques
Sanfona braba - com José Benício Lima
Serenou - com Lindolfo Silva
Tarimá - com Nivaldo Lima
Vamos Chegar Pra Lá
Vinte E Quatro De Dezembro 24 De Dezembro