
Compositor. Pianista.
Filho de Aires de Albuquerque Gama e de Maria Emília de Albuquerque Gama. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1889, tendo sido juiz de comarca no interior de Pernambuco. Em 1897, fundou o Instituto Aires Gama. Casou-se com Maria Luísa Barbosa, com quem teve sete filhos. Foi redator do Diário Oficial do Estado, cargo que ocupou até seu falecimento em 1932.
Exerceu intensa atividade, tendo deixado mais de 250 composições, algumas das quais permaneceram inéditas. Suas melodias marcaram época na capital pernambucana, muitas com letras de sua autoria, outras com versos de Armando de Oliveira. Sua primeira composição foi a polca “Ave do paraíso” e, a última, a valsa “Cala-te, coração”. Freqüentava a alta sociedade pernambucana, tendo lançado várias de suas músicas no Clube Internacional, interpretando-as ao piano. Escreveu também comédias e peças musicais, algumas inclusive para Alda Garrido. Em 1946, sua valsa “Valsa dos que sofrem” foi gravada ao piano por Mário de Azevedo em disco Continental. Em 1959, teve as valsas “”Valsa dos que sofrem”, “Valsa dos que sonham”, “Valsa dos que ficam”, “Valsa da saudade”, “Tempos saudosos”, e “Como é bom sonhar”, dgravadas por Mário de Azevedo no LP “Tempos saudosos – Músicas de Ernesto Nazareth e Alfredo Gama – Mário de Azevedo e seu piano” da gravadora Sinter.
AZEVEDO, M. A. (Nirez). A História Cantada no Brasil em 78 rotações, Fortaleza, Edições UFC, 2012.