Cantor. Violonista. Compositor. Ator. Pesquisador.
Teve seu primeiro contato com o choro em 1998. A partir de então começou a frequentar as tocatas e serestas de Niterói, onde residia. Frequentava o bar Candongueiro, em Niterói, onde conheceu os integrantes do Grupo Unha de gato, ao qual veio a integrar, sendo este seu primeiro trabalho como músico.
Como pesquisador da música popular brasileira, teve seus estudos e trabalhos orientados pelo pesquisador Paulo Cesar de Andrade. Atuou no projeto de restauração do acervo Jacob do Bandolim pelo IJB (Instituto Jacob do Bandolim), e na restauração de fonogramas publicados no Box Elizeth, lançado em 2003 pela gravadora Biscoito Fino. Ao lado de Pedro Paulo Malta, pesquisou e editou o material sonoro de acervos informais de depoimentos de Elizeth Cardoso, que resultou no CD release do Box sobre Elizeth Cardoso idealizado por Hermínio Bello de Carvalho e lançado pela gravadora Biscoito Fino.
Em 2003 lecionou no projeto “Educação Musical Carioca”, apresentando como conteúdo a História da Música Popular no Rio de Janeiro. Apresentou workshops sobre música popular em Rio das Ostras, São Paulo, Belo Horizonte, Niterói e Rio de Janeiro.
Foi o diretor musical do espetáculo “Ciro Monteiro”, realizado nos teatros do Sesi-RJ e Sesc Pompéia-SP, interpretado por Cristina Buarque, Pedro Miranda e Pedro Paulo Malta; assistente de direção e responsável pela pesquisa, junto a Paulo César de Andrade, no espetáculo sobre Lamartine Babo realizado no Centro Cultural Banco Do Brasil; pesquisador do projeto sobre o acervo da “Banda Do Corpo De Bombeiros” financiado pela Petrobrás, em 2004. Nesse mesmo ano, ministrou ao lado do pesquisador Paulo Cesar de Andrade e do poeta Hermínio Bello De Carvalho os workshops “Levando um Lero”, sobre a música brasileira, no projeto “Escola Portátil de Música”.
Em 2006 lecionou História da Música Brasileira e Canto no projeto “Scenarium Musical” patrocinado pela Unesco e coordenado por Henrique Cazes.
Trabalhou como um dos consultores, ao lado de Sérgio Cabral, Jairo Severiano, Hermínio Bello De Carvalho, Ruy Castro, Rodrigo Faour e Pedro Paulo Malta, no projeto “Novo MIS”, para criação do novo Museu da Imagem e do Som.
Começou sua carreira como integrante do Grupo Unha de Gato, ao qual pertenceu até meados de 2002. Neste ano, foi convidado por Wilson Moreira, a quem já acompanhava ao violão por cerca de um ano, para cantar, pela primeira vez, em show no Teatro Municipal de Niterói.
Em 2003 gravou participações nos discos em homenagem a Jacob Do Bandolim, pelo selo Biscoito Fino, convidado pelo produtor Hermínio Bello De Carvalho e a Clara Nunes, “Um Ser De Luz”, pela Deck Discos, dirigido por Paulão 7 cordas. Ainda em 2003, a convite de Maurício Carrilho, participou do disco “Dois Bicudos” em parceria com o cantor Pedro Paulo Malta pelo selo “Quelé” (Acari Records/ Biscoito Fino). Este disco foi indicado ao “Prêmio TIM de Música”, em 2005, na categoria de “Melhor Disco de Samba”.
Como instrumentista, participou dos shows da Orquestra Sinfônica Nacional da Uff em homenagem a Ary Barroso, sob direção da maestrina Lígia Amadio, realizados no Rio de Janeiro e em Ubá, MG.
Acompanhou artistas como Wilson Moreira, Cristina Buarque, Teresa Cristina entre outros.
Cantou nos shows em homenagem a Ciro Monteiro nos teatros do Sesc e do Sesi-RJ; a Lupicínio Rodrigues, no CCBB; a Vinícius de Moraes, no CCC, sob direção de Paulo Aragão em 2003; a Lamartine Babo, no CCBB, em 2004.
Foi roteirista e diretor artístico, ficando responsável pela pesquisa, e atuando como cantor solista ao lado de Áurea Martins, no projeto financiado pela Casa da Moeda: “A Música na República de Getúlio”, que esteve em cartaz em 2004 no Museu da República.
Em 2005 lançou pela Deckdisc o disco “Lamartiníadas”, baseado no show homônimo realizado no CCBB em homenagem a Lamartine Babo, indicado ao “Prêmio Rival BR” no quesito “Melhor Disco de Tributo”. Também nesse ano, gravou ao lado de Zezé Gonzaga no disco da pianista Maria Teresa Madeira em homenagem a Carolina Cardoso de Menezes.
Participou como solista do projeto “Pixinguinha para crianças”, no CCBB em 2005, a convite do produtor e cavaquinista Henrique Cazes. Neste ano, foi um dos artistas selecionados pela Funarte para o “Projeto Pixinguinha”, pelo qual excursionou pelo norte do país ao lado de Germano Mathias (SP) e Juraíldes da Cruz (TO), fazendo shows nos quais atuou também como diretor musical.
Integrou até 2006 o conjunto instrumental de choro “Regional Carioca”, que lançou pela Acari Records, em 2005, um disco com repertório de músicas inéditas da obra do chorão Joventino Maciel.
Em 2006 participou do projeto “Mário Lago, um homem do século XX”, interpretando em disco o fox “Ana Maria”, com arranjo de Billinho Teixeira.
Participou como intérprete do show “Cachaça dá Samba”, que resultou no disco homônimo lançado em 2007 pela Deck Disc.
Integrou a Orquestra do Rancho Flor do Sereno, cujo disco, lançado em 2007, recebeu patrocínio da Petrobrás. Mesmo ano em que participou do projeto de João Máximo sobre Noel Rosa no CCBB. E que foi um dos indicados ao “Prêmio Revista Quem de Música”, na categoria “Melhor cantor”.
Participou, como músico acompanhante, das finais do “Festival Instrumental de Guarulhos” em suas duas primeiras edições em 2007 e 2008.
Foi responsável pelos textos, pesquisa histórica, e repertório original que resultou no projeto “When Boogie Woogie Met Samba”, produzido por Mário Adnet, em que participou como cantor ao lado de Zé Renato, Mônica Salmaso, Roberta Sá, Maúcha Adnet e o próprio Mário Adnet, lançado em 2008 pelo selo americano Adventure Music.
Integrou o elenco do espetáculo “Sassaricando”, de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, eleito “Melhor Musical de 2007” pelo “Prêmio Contigo de Teatro”, contemplado com o prêmio “Faz A Diferença” de O Globo, e indicado ao “Prêmio Tim 2008” pelo CD/DVD homônimo, lançado pela gravadora Biscoito Fino, ao lado de Soraya Ravenle, Eduardo Dussek, Sabrina Korgut, Ivana Domenico, Beatriz Faria, Inez Viana, Pedro Paulo Malta e Juliana Diniz. Este espetáculo foi apresentado no teatro Sesc Ginástico, no “Festival de Teatro de Curitiba” no teatro Guaíra (Guairão), no teatro João Caetano, além de Brasília, São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Vitória, Manaus, Belém.
Produziu, tocou e cantou no disco duplo sobre a obra inédita legada pelo compositor Mauro Duarte, com interpretação de Cristina Buarque e grupo Samba de Fato, lançado em 2008 pela Deck Disc, indicado ao “Prêmio da Música Brasileira” na categoria de “Melhor Projeto Especial”.
Fez a direção musical e arranjos do disco de Márcio Gomes sobre Francisco Alves, com produção de Rodrigo Faour.
Foi um dos integrantes da banda do “Festival de Marchinhas” da Fundição Progresso, que premia, em parceria com a rede Globo, as melhores marchas carnavalescas produzidas para o carnaval contemporâneo.
Realizou a pesquisa de repertório e cantou ao lado do instrumentista Carlos Malta e Pife Muderno no show “Viva Jackson do Pandeiro”, realizado no teatro FECAP, em São Paulo, e gravado ao vivo para lançamento em disco. Participou, no Rio de Janeiro e em Curitiba, dos shows de lançamento da caixa de DVDs sobre Altamiro Carrilho, ao lado de Soraya Ravenle, Deo Rian, Maurício Einhorn, Maurício Carrilho, Cristóvão Bastos, Carlos Malta, entre outros.
Ao lado da cravista Rosana Lanzelotti e do flautista italiano Massimo Mercelli, integrou o projeto “Realeza nos Trópicos”, realizado nos CCBBs do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Participou do CD/DVD “Uma Noite Noel Rosa”, ao lado de Ney Matogrosso, Zé Renato, Roberta Sá, entre outros.
Em 2009 obteve, com sua música “Maria Clara”, a 4ª colocação no “Festival Instrumental de Guarulhos”.
Produziu e dirigiu o show “A Música Instrumental Brasileira Apresenta Luis Barcelos”, com participações de Yamandu Costa, Hamilton de Holanda, Henrique Cases, Marco Pereira, Rogério Caetano, Edu Neves, Rogerinho 7 Cordas e Nicolas Krassik. Participou da terceira edição do CD/DVD Samba Social Clube, da MPB FM. Participou de programas de TV especializados em música como “Som Brasil Paulinho da Viola” pela TV Globo; “Samba Na Gamboa”, ao lado de Diogo Nogueira, pela TV Brasil; “Pelas Tabelas” pelo Canal Brasil; “Mosaicos Dick Farney” pela TV Cultura.
Atuou como arranjador e diretor musical da homenagem a Paulo César Pinheiro no DVD “Samba Social Clube” com participações de Diogo Nogueira, Teresa Cristina, Moacyr Luz, entre outros.
Trabalhou como consultor e instrutor de dramaturgia na preparação dos atores para a minissérie da TV Globo “Dalva e Herivelto”.
Teve seu samba “Fatalidade”, em parceria com Rodrigo Alzuguir, cantado por Elza Soares no show “Elza Sapeca da Breca”. Teve músicas gravadas por Leticia Tuí, Pedro Miranda e Clarice Magalhães.
Produziu o disco de Soraya Ravenle sobre a obra do compositor Paulo César Pinheiro.
Em 2010, participou como cantor, ator e arranjador vocal no musical “É Com Esse Que Eu Vou”, de Rosa Maria Araújo e Sérgio Cabral, dirigido por Cláudio Botelho e Charles Möeller, encenado no Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro.
Em 2011 sua gravação da música “O que será de mim” (Francisco Alves, Ismael Silva e Nilton Bastos), ao lado de Pedro Paulo Malta, entrou para a trilha do CD de sambas da novela “Insensato Coração”, da Rede Globo.
Em 2012 participou, ao lado de João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda, do projeto “Segunda Lapa”, com os quais realizou uma temporada de shows no espaço Studio RJ, no Rio de Janeiro, com a participação dos músicos João Callado, André Vercelino e Marcos Basilio. Nesse mesmo ano participou da montagem brasileira do musical “O Mágico de Oz”, de Charles Möeller e Claudio Botelho, que esteve em cartaz no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Em 2014 integrou o elenco da “Ópera do Malandro”, musical de Chico Buarque, dirigido por João Falcão, que estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com temporada extensa no Teatro NET de Copacabana. Na ocasião interpretou o papel do delegado Chaves.
Teve composições gravadas por diversos artistas, como “Xote pra Clara” por Letícia Tuí, “Caso encerrado” por Pedro Miranda, “Quebranto” por Pedro Miranda e pela Orquestra Republicana, “Fatalidade” por Elza Soares.
Em 2016 estreou, como ator e músico, o espetáculo “Auê”, com a Companhia Brasileira de Movimento e Som Barca dos Corações Partidos, onde também atuou como diretor musical, ao lado de Beto Lemos, no musical que ficou em cartaz na Arena do Espaço SESC Copacabana, no Rio de Janeiro. O musical foi considerado por Ricardo Cravo Albin, em crônica publicada na página de opinião de O Dia, como o grande acontecimento em espetáculo do começo do ano de 2016. Nesse mesmo ano foi comtemplado com o prêmio de “Melhor Cantor de Samba” na 27ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, com o disco “Samba Sujo”. Atuou como arranjador, maestro e intérprete no espetáculo “MPB – A Alma do Brasil”, idealizado e dirigido por Ricardo Cravo Albin, realizado no Espaço Cultural BNDES.
Em 2017 foi vencedor, ao lado de Beto Lemos, do “Prêmio Cesgranrio de Teatro” na categoria “Melhor Direção Musical”, pelo espetáculo “Auê”, também premiado nas categorias “Melhor Espetáculo” e “Melhor Direção” (Duda Maia). Nesse esmo ano estreou, como ator e músico, o espetáculo “Suassuna – O auto do Reino do Sol”, de Bráulio Tavares, em que também foi responsável pela direção musical ao lado de Chico César e Beto Lemos. Comandou, ao lado de Pedro Miranda, João Cavalcanti, Luís Filipe de Lima, Bruno Barreto, Paulino Dias e Thiago da Serrinha, a roda de samba semanal “Samba da Gávea”, realizada sem amplificadores na Casa da Táta, no Rio de Janeiro.
Em 2018 ganhou o “Prêmio Cesgranrio”, o “Prêmio Shell” e o “Prêmio Botequim Cultural” de “Melhor Direção Musical”, ao lado de Chico César e Beto Lemos, pelo espetáculo “Suassuna – O auto do Reino do Sol”. Nesse mesmo ano lançou, em parceria com Joyce Moreno, o CD “Argumento – Canções de Sidney Miller ao vivo no IMS”, gravado ao vivo no Instituto Moreira Salles, inteiramente dedicado à obra do compositor carioca Sidney Miller. Nesse mesmo ano lançou o CD autoral “Samba só”, com 15 músicas dentre as quais “Canto das gaivotas” (c/ Delcio Carvalho), “Depois da hora” (c/ Joyce Moreno), “Desengaiola” (c/ Pedro Miranda), “Já deu o que tinha que dar” (c/ Nei Lopes) e “Mantém isso aí”, “Longe de tudo” (c/ Zélia Duncan), “Não há mais espaço para nossa amizade” (c/ Chico César) e “O amor e a liberdade” (c/ Chico César), “Pra quem quiser escutar” (c/ João Cavalcanti), “Relance” e “Última esperança” (c/ Paulo César Pinheiro), entre outras. O show de lançamento do disco foi apresentado no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, com as participações de João Cavalcanti, Moyseis Marques, Pedro Miranda, e da companhia de teatro Barca dos Corações Partidos.
Em 2020 a companhia de teatro Barca dos Corações Partidos estreou o musical “Jacksons do Pandeiro”, em que atuou como ator, músico e diretor musical, ao lado de Beto Lemos. O espetáculo, que teve direção de Duda Maia e texto de Braulio Tavares e Eduardo Rios, teve sua estreia online, exibida pela plataforma de vídeos online Youtube e pelo canal Bis – durante o período de pandemia causado pelo vírus Covid-19.
Em 2022 lançou, em parceria com os músicos João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda, o álbum audiovisual “Desengaiola”. Com direção de Pedro Luís, o álbum foi gravado em 2020, em uma casa na qual os amigos e parceiros se reuniram para tocar e cantar suas músicas, dentre as quais “Alameda Palmares”, “Luz do meu terreiro”, “Boas intenções” e “Fuzuê”.
No ano de 2023 ganhou o “Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Projeto Especial” com a projeto audiovisual “Desengaiola”, ao lado de João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda. Nesse mesmo ano estreou no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro, o espetáculo “Noel Rosa: coisa nossa”, de Geraldo Carneiro, em dividiu com o ator Fábio Enriquez o papel de Noel Rosa, e foi responsável direção musical.
(com João Cavalcanti, Moyseis Marques e Pedro Miranda)
(vários artistas)
(vários artistas)
(c/ Cristina Buarque e grupo Samba de Fato)
(c/ Cristina Buarque e grupo Samba de Fato)
(c/ Rancho Flor do Sereno)
(c/ elenco da peça)
(c/ elenco da peça)
Acari Records
(c/ Pedro Paulo Malta)
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.