0.000
Nome Artístico
Alfredo Albuquerque
Nome verdadeiro
Alfredo Albuquerque
Data de nascimento
11/2/1884
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
3/7/1934
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Letrista.

Ainda na infância, transferiu-se para Portugal, onde adquiriu o sotaque lusitano que o caracterizava. Estudou na Universidade de Coimbra, não se sabendo ao certo se concluiu seu curso. Em 1906, aos 22 anos de idade estava de volta ao Rio de Janeiro, onde ingressou no teatro musicado. Era freqüentador da casa da Tia Ciata, onde costumavam se reunir os pioneiros do samba.

Dados artísticos

Um dos grandes cançonetistas brasileiros de todos os tempos.Sua versão para o one-step americano “Caraboo”, foi gravada inicialmente em 1913 pela cantora Júlia Martins e pelo cantor Roberto Roldan, teve grande repercussão no carnaval do ano seguinte, rivalizando com a toada “Cabocla do Caxangá”, de Catulo da Paixão Cearense. “Caraboo” iria tornar-se, também, um dos números de maior êxito da dupla Os Geraldos, integrada pelos gaúchos Geraldo de Magalhães e Nina Teixeira. Em 1928 gravou pela Odeon, de sua autoria, a cançoneta “Tralalá”, a canção cômica “A mulher chic de Paris” e o couplet “Esperança”. No ano seguinte registrou de sua autoria a imitação cômica “O fado em Lisboa” e o couplet cômico “Não me óia”, de Heitor dos Prazeres a marcha “Margarida” e de Donga e De Chocolat a canção “Miss Brasil”. Ainda no mesmo ano, gravou na Parlophon o samba “Olha ele, cuidado”, de Heitor dos Prazeres, que segundo o pesquisador Ary Vasconcels, fazia alusão em sua letra ao pianista e compositor Sinhô. Em 1930 gravou de Ari Kerner e V. de Castro a cançoneta choro “Quem vê cara não vê o resto” e o samba “Tanta morena bonita”. No mesmo ano gravou com Pinto Filho na Parlophon as cenas cômicas “O casamento do Barradas” e “Sou do circo”, de Pinto Filho. Em 1932 gravou de sua autoria a cançoneta “Madalena?” e o cômico “Agora caso mesmo”. No ano seguinte lançou o humorismo “O pesadelo da sogra” e a cançoneta “Oh! Conceição”, de sua autoria. Noventa e duas de suas obras, entre as quais cançonetas, valsas e monólogos estão registradas pela SBAT. Nos palcos, além do repertório brasileiro, cantava também musicas italianas, francesas e espanholas. Viveu por algum tempo em Belém do Pará, onde foi diretor artístico do Teatro Bar Paraense. Segundo Vicente Sales, “Alfredo Albuquerque deu notável contribuição ao teatro popular paraense”, acrescentando, ainda, que “deve a capital paraense à vivacidade de seu espírito um trabalho extraordinário e fecundo”. Em 1951, Sílvio Vieira gravou na Victor a valsa “Ave Maria”. Apesar de ser o autor da conhecida valsa “Ave-Maria”, a maior parte de sua obra, é, no entanto, ignorada pelas novas gerações.

Discografias
1933 Odeon 78 As coisas modernas/A mulher
1933 Odeon 78 Minha sogra morreu
1933 Odeon 78 O pesadelo da sogra/Oh! Conceição
1932 Odeon 78 Madalena?Agora caso mesmo
1932 Odeon 78 Maricota/O casamento do Pindoba
1930 Odeon 78 Ah! João/Cabrocha
1930 Odeon 78 Eu tenho uma coisa/Eu gosto delas todas
1930 Odeon 78 Quem vê cara não vê o resto/Tanta morena bonita
1929 Odeon 78 A vingança-O contra/Não lhes digo mais nada
1929 Odeon 78 Eu quero uma mulher bem feia!/Não cola!
1929 Odeon 78 Lição de piano/Casou?Aguente
1929 Odeon 78 Miss Brasil/Margarida
1929 Odeon 78 Não quero saber de Maria/Miguel, Miguel
1929 Odeon 78 O fado em Lisboa/Não me óia
1929 Odeon 78 O namoro no cinema/Beijinhos gostosos
1929 Odeon 78 O toque do Assuero/Comprei um bonde
1929 Odeon 78 Oh! As criança/Defesa da sogra
1929 Odeon 78 Os encantos da família/Os meus bonecos
1929 Odeon 78 Querida Bahia/O noivo futurista
1929 Odeon 78 Zezinho vai ao baile/Zezinho vai casar
1928 Odeon 78 A mulher chic de Paris/Teresa
1928 Odeon 78 A mulher que fugiu com o palhaço/O meu gramophon-on
1928 Odeon 78 Tralalá/Esperança
Obras
A defesa da sogra
A fricção
A lição de piano
A mulher
A mulher chic de Paris
A mulher que fugiu com o palhaço
Agora caso mesmo
Ah! João
As coisas modernas
Ave-Maria
Beijinhos gostosos
Cabrocha
Carabu (versão de Caraboo de Sam Marshal)
Casou? Agüente!
Encantos da família
Esperança
Eu gosto delas todas
Eu quero uma mulher bem feia
Eu tenho uma coisa
Lição de piano
Madalena
Maricota
Meus bonecos
Minha sogra morreu (versão de Ramona de Mabel Wayne)
Mulher que fugiu com o palhaço
Nossa bandeira
Não cola
Não lhes digo mais nada
Não me óia
O casamento do Pindoba
O fado em Lisboa
O meu gramopho-on
O namoro no cinema
O pesadelo da sogra
Oh! As crianças
Oh! Conceição
Seu Pimenta (c/ Henrique Vogeler)
Teresa
Tralalá
Um a zero
Vai ao baile
Versões:
Viva a pátria!
Zezinho vai ao baile
Zezinho vai casar
Bibliografia Crítica

BARBOSA, Orestes – Samba – sua história, seus poetas, seus músicos e seus cantores. Editora: Educadora. Rio de Janeiro, 1933.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SALLES, Vicente – Música e músicos do Pará. Conselho Estadual de Cultura. Rio de Janeiro, 1970.

VASCONCELOS, Ary – A nova música da República velha. Edição do autor. Rio de Janeiro, 1985.