Instrumentista. Cavaquinista. Violonista. Compositor. Jornalista. Produtor musical.
Formado em Comunicação Social pela PUC-Rio no ano de 1977.
Durante cerca de 10 anos atuou como correspondente da revista “Latina”, no Japão, especializada em música latino-americana.
Usou vários pseudônimos, como Alceu Cavaquinho e Alceu do Cavaco.
Começou sua carreira em festivais estudantis, acompanhando amigos ao violão e concorrendo com suas composições.
Participou de vários conjuntos de samba, entre eles o Sambalena, da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. Atuando neste grupo, foi visto por Beth Carvalho, que logo o convidou para integrar o seu conjunto, formando em seguida o A Fina Flor do Samba, que acompanhava a cantora em todos os shows.
Recebeu o “Prêmio Sharp” na categoria “Melhor Arranjador”.
A partir de 1975 começou a atuar em estúdios de gravações.
Participou de inúmeros discos, acompanhando Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Simone, Chico Buarque, João Bosco, Elizeth Cardoso, Cartola, Nélson Gonçalves, Bezerra da Silva, Elba Ramalho, Toquinho e Paulinho da Viola, entre outros.
No ano de 1984, ao lado de Valmar de Amorim (Cavaquinho), Manoel da Conceição “Mão de Vaca” (violão) e Arthur Maia (baixo) lançou o LP “Improvisos – cavaquinho, violão, baixo e bateria nota 10” pela Gravadora Top Tape, no qual foi incluído de sua autoria a faixa “Abusadinho”, além de “Apito no Samba” (Luiz Bandeira/Luiz Antônio); “Na Cadência do Samba” (Luiz Bandeira); “Kalu” (Humberto Teixeira); “Chuva, Suor E Cerveja” (Caetano Veloso); “Aquarela do Brasil” (Ary Barroso); “Mulata Assanhada” (Ataulfo Alves); “Zanzibar” (Armandinho e Fausto Nilo); “Jalousie” (Jacob Gade); “Forever And Ever” (Stelios Vlavianos/Robert Costandinos); “Índia” (José Asunción Flores/Manuel Ortiz Guerrero); “Arrivederci Roma” (Renato Rascel/Pietro Garinei/Sandro Giovannini); “Insistente” (Valmar Amorim); “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso); “Urubu Malandro” (Adpt. Lourival de Carvalho “Louro” e João de Barro) e “Está Chegando A Hora” (Adpt. Henricão e Rubens Campos).
Viajou por vários países como França, Espanha, Portugal, Costa do Marfim, Angola, Moçambique, Venezuela, Estados Unidos, Alemanha (com Paulo Moura, no “Festival de Berlim”) e Cabo Verde, acompanhando artistas como Leila Pinheiro, Joyce, Roberto Menescal, Ivan Lins, e participando do grupo Choro Elétrico no Festival de Montreux na Suíça.
Sua carreira internacional ainda conta com nomes como Dionne Warwick, Chet Baker, Lizzy Mercier Descloux.
No ano de 1986, recebeu o “Troféu Cinco Estrelas”, como destaque de instrumentista.
Como produtor de discos, foi responsável pelo sucesso de “Voa, canarinho voa”, na voz do cantor/jogador Júnior. No ano posterior, em 1987, Leci Brandão interpretou no disco “Dignidade”, pela gravadora Copacabana, “Talento de verdade”, parceria de ambos e, no disco “Cidadã brasileira”, a cantora incluiu “Fogo no ar” (Alceu Maia e Jorge Aragão).
Foi homenageado com o “Troféu Brahma Extra” por sua contribuição como instrumentista para a música popular brasileira.
No ano de 1989 participou do projeto musical “Projeto Brahma Extra – Grandes Músicos”, que culminou em um álbum duplo (dois LPs) pelo selo independente Mercado Promoções 004, em que foi incluída a composição “Vê se gostas”, faixa interpretada em trio com Manoel da Conceição e Mestre Marçal. Do disco também participaram em suas devidas faixas Victor Biglione, Bené Nunes, Azymuth, Paulinho Trompete, Hermeto Pascoal, Nelson Ayres, Marcos Szpilmann, Rio Jazz Orchestra, Guilherme Vergueiro, Rique Riverte, Raul Mascarenhas, Rique Pantoja, Gilson Peranzzetta, Manoel da Conceição, Mestre Marçal, Jaques Morelenbaum, Antônio Adolfo, Léo Gandelman, Zé Coco do Riachão, Pedro Sorongo, Tião Neto, Danilo Caymmi, Almir Sater, Caçulinha, Célia Vaz, Luisão Maia, Canhoto da Paraíba, Raul de Souza, Márcio Montarroyos, Tamba Trio, Dominguinhos, João de Aquino, Déo Rian, Roberto de Regina, Renato Borghetti, Marcos Ariel, Severino Araújo, Raphael Rabello, Joel Nascimento, Flávio Venturini, Heraldo do Monte, Milton Banana, Luiz Alves, Robertinho Silva, Manassés, Luiz Carlos Vinhas e Quinteto Violado.
Trabalhou como produtor dos discos das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro e de São Paulo e ainda dos CDs do cantor japonês Takeru Morimoto, que gravou um disco em homenagem à Mangueira.
No ano de 1992 lançou o CD “Brasil chorinho – Academia Brasileira de Música Vol. 1”, pela gravadora: Sony Music. No disco interpretou “Noites cariocas” (Jacob do Bandolim); “Brasileirinho” (Waldir Azevedo); “Doce de coco” (Jacob do Bandolim); “Só vendo que beleza” (Henricão e Rubens Campos); “Lamentos’ (Pixinguinha); “Chorando baixinho” (Abel Ferreira); “Pedacinhos do céu” (Waldir Azevedo); “Delicado” (Waldir Azevedo); “Flor amorosa” (Joaquim Callado e Catulo da Paixão Cearense); “Um a zero” (Pixinguinha e Benedito Lacerda); “Os Oito Batutas” (Pixinguinha); “Urubu malandro” (Adpt. Lourival de Carvalho e João de Barro); “André de sapato novo” (André Victor Correia); “Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu); “Saxofone, por que choras?” (Severino Rangel “Ratinho”); “Chorinho do Sovaco de Cobra” (Abel Ferreira); “Mistura e manda” (Nelson Alves); “Carioquinha” (Waldir Azevedo); “Vou vivendo” (Pixinguinha e Benedito Lacerda); “Cinco companheiros” (Pixinguinha); “Dorinha, meu amor” (José Francisco de Freitas); “Vale tudo” (Jacob do Bandolim); “Odeon” e “Apanhei-te cavaquinho”, ambas de autoria de (Ernesto Nazareth).
No ano de 1995 Martinho da Vila lançou o CD “Tá Delícia, Tá Gostoso” com faixa-título sua em parceria com Zé Catimba, tornando-se um sucesso nacional neste mesmo ano, sendo esta uma de suas composições mais conhecidas.
No ano de 1997 participou do show e do disco “Gets bossa nova”, lançado no Japão, em comemoração aos 40 anos da bossa nova, que reuniu diversos artistas como Gilberto Gil, Marcos Valle e Leila Pinheiro. Neste mesmo ano, de 1997, a gravadora Sony Music lançou pela Série Brilhantes o CD “Brasil chorinho”, editado anteriormente em LP e no qual o músico interpretou clássicos do choro: “Noites cariocas” (Jacob do Bandolim), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), “Lamentos” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes), “Flor amorosa” (Joaquim Antônio da Silva Callado e Catulo da Paixão Cearense) e “Chorando baixinho”, de autoria de Abel Ferreira. Também em 1997, integrando o grupo BBCTV, ao lado de Cláudio Jorge, Fernando Pereira, Darci de Paulo e Ivan Machado, lançou o CD homônimo com as faixas “Humaitá” (Ivan Machado), “Bate, Batera” (Orlando Pereira Filho), “Aproveita Que Deu Certo” (c/ Rosinha de Valença), “Palpitação” (Darci de Paulo e Paulo César Feital), “Reguei O Jazz” (c/ Cláudio Jorge), “Cabriola” (Martinho da Vila e Rildo Hora), “Lorna” (Ivan Machado), “Pé De Valsa” (Fernando Pereira e Bororó), “Vivendo Emoções” (c/ Sarah Benchimol), “Saltitante” (Darci de Paulo), “Topei Com Você” (Cláudio Jorge e Ivor Lancellotti) e “Me Faz Um Dengo”, de Martinho da Vila e Zé Catimba.
No ano de 2003 lançou o CD “Tocando e cantando”, no qual interpretou de sua autoria as composições “Tá Delícia, Tá Gostoso” (c/ Zé Catimba); “Antiga Emoção” (c/ Délcio Carvalho); “Cadê Iaiá” (c/ Toninho Nascimento); “Fogo no Ar” (c/ Jorge Aragão); “Não Vá Negar” (c/ Marcelo Guimarães); “Gente Fina, Mas…” (c/ Sarah Benchimol); “Vivendo Emoções” (c/ Sarah Benchimol); “Faz Carinho Que É Bom” (c/ Sarah Benchimol) e “Abusadinho”, somente sua, além de registrar “Outra Vez” (Isolda), “Pedacinhos do Céu” (Waldir Azevedo), “Till There Was You” (Meredith Wilson) e “Chiquita”, do também cavaquinista Waldir Azevedo.
Como compositor, tem mais de 100 músicas gravadas por diversos artistas como Alcione, Mara Maravilha, Emílio Santiago, Demônios da Garoa, Júnior, Jair Rodrigues, Leci Brandão, Chico da Silva, Martinho da Vila, Mestre Marçal, Agepê, Beth Carvalho e Luiz Américo.
Entre seus parceiros destacam-se Martinho da Vila, Sarah Benchimol (sua parceira mais constante, com cerca de 80 composições da dupla), Jorge Aragão, Délcio Carvalho, Claudia Telles, Toninho Nascimento, Franco, Nei Lopes, Beth Carvalho, Isolda e Zé Catimba.
Atuou também como cantor no LP “O mundo é verde e amarelo”, de Luiz Ayrão, como vocalista em vários discos e como solista em diversos jingles.
No ano de 2021, lançou com o poeta-letrista Ricardo Brito cinco singles digitais, com as parcerias de ambos, “O cofre da emoção”, “Bom dia? Só se for pra você”, “Se o vento levar”, “Meu grande amor é meu” e “Prosa e verso”.
(vários) Série Brilhante
(Vários)
(vários)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.