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Nome Artístico
Albênzio Perrone
Nome verdadeiro
Albênzio Gaspare Raffaele Perrone
Data de nascimento
1/11/1906
Local de nascimento
Marselha, França
Data de morte
7/7/1974
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor.

Filho de pais italianos. Em 1912, chegou ao Brasil. Dedicou-se a cantar canções napolitanas, árias e operetas e viajou com companhias para vários estados brasileiros. Foi estudante de Medicina, carreira que abandonou para se dedicar à música.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira artística em 1927, como “speaker”, atuando na Rádio Clube do Brasil (PRAB), período em que no Rio de Janeiro havia apenas mais uma emissora, a Rádio Sociedade de Difonia (PRAA).

No mesmo ano, gravou seu primeiro disco interpretando os tangos “Paraguayta”, de Marcelo Tupinambá e “Pecado”, de Joubert de Carvalho, pela Odeon. No ano seguinte, ingressou na Rádio Educadora, na qual trabalhou por muitos anos galgando cargos importantes, sem contudo abandonar a locução, atuando também como rádioator e cantor. Em 1929, transferiu-se para a Victor onde estreou com o choro “Meu bem”, de Rogério Guimarães. No ano seguinte, lançou a canção “Rancho abandonado”, de Pixinguinha e Cândido das Neves. No mesmo ano, gravou também um disco pela Parlophon com os tangos canção “A moreninha do meu bairro”, de Pachequinho e Augusto Santos e “No cabaret”, de Dario Ferreira. Em 1933, gravou a canção “Melhor amor”, de Joubert de Carvalho.

Em 1937, lançou na Odeon as valsas “Suave poema de amor” e “Se me falta o seu amor”, de Gastão Lamounier e Mário Rossi. No ano seguinte, voltou a gravar na Victor e registrou as valsas “Apoteose de estrelas” e “Quando o amor chega ao fim”, de Gastão Lamounier e Mário Rossi. No mesmo ano, prestou depoimento para a “Revista Carioca”, no número de 10/7, dizendo: “Eu era naquele tempo, estudante de Medicina. Mas com o trabalho dobrado na estação, os compêndios de anatomia e de clínica geral atrapalhavam. Perdeu-se um médico e ganhou-se um cantor. Prefiro cantar valsas e canções que constituem, aliás, quase todo o meu repertório”. Também nesse mesmo ano, gravou seu maior sucesso, a valsa “Se esses olhos falassem”, de Gastão Lamounier e Mário Rossi.

Manteve-se na Victor até 1940, gravando um total de 11 discos. Ficou sem gravar até 1946, quando lançou pela Continental a canção “NO outono da vida” e a valsa “Meu triste carnaval”, ambas de René Bittencourt. Depois, ficou sem gravar até os anos 1950. Em 1954, gravou pela Odeon as valsas “Tenho ciúme”, de S. Menendez e Mário Rossi e “Cansei de esperar”, de Gastão Lamounier e Clímaco César. No mesmo ano, gravou também a valsa “O amor é assim”, de Sivan Castelo Neto. No ano seguinte, lançou a valsa “E o destino desfolhou”, de Gastão Lamounier e Mário Rossi e o samba canção “Se amar fosse pecado”, de sua autoria e Ivo Lacerda.

Recebeu do locutor Saint-Clair Lopes, o slogan de “A voz cariciosa e bonita”. Fez um LP “Revendo o passado”, pela Itamarati, com repertório de valsas, depois de ter sido redescoberto, ao final dos anos 1960, começo de 1970, por Raul Maramaldo em seu programa na Rádio Rio de Janeiro.

Discografias
1995 Revivendo CD Músicas brasileiras, vol 4
1995 Revivendo CD No tempo da seresta vol.2
1995 Revivendo CD Valsas brasileiras, vol.2
1955 Odeon 78 E o destino desfolhou/Se amar fosse pecado
1954 Odeon 78 O amor é assim/Minha ilusão
1954 Odeon 78 Tenho ciúme/Cansei de esperar
1946 Continental 78 No outono da vida/Meu triste carnaval
1940 Victor 78 Lição de amor/Última ilusão
1939 Victor 78 A vigília da lâmpada/Queixas de um coração
1938 Victor 78 Apoteose de estrelas/Quando o amor chega ao fim
1938 Victor 78 Se esses olhos falassem/Por amor ao meu amor
1937 Odeon 78 Suave poema de amor/Se me falta o seu amor
1933 Victor 78 Melhor amor/Por quê?
1931 Victor 78 No altar do nosso amor/Alma descrente
1931 Victor 78 Viola triste/Amar e sofrer
1930 Victor 78 Despedida
1930 Victor 78 Rancho abandonado/Viola chorosa
1930 Victor 78 Tenho desejo/Doce enlevo
1930 Victor 78 Viver de amor/Teus olhos
1929 Parlophon 78 A moreninha do meu bairro/No cabaret
1929 Victor 78 Meu choro
1927 Odeon 78 Paraguayta/Pecado
Obras
Se amar fosse pecado (c/ Ivo Lacerda)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.