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Nome Artístico
Aimoré
Nome verdadeiro
José Alves da Silva
Data de nascimento
24/6/1908
Local de nascimento
Redenção da Serra, SP
Data de morte
5/6/1979
Local de morte
São Caetano, SP
Dados biográficos

Instrumentista. Compositor.

Iniciou tocando cavaquinho. Com o pai aprendeu a tocar viola. Aprendeu a tocar violão utilizando o método Paraguaçu. Em 1925, teve aulas de música com o maestro Sebastião Patrício, o Tango, que era pistonista das bandas de Poços de Caldas, em Minas Gerais e de Franca, em São Paulo.

Dados artísticos

Em 1927, estreou na vida artística utilizando o pseudônimo de Zezinho, acompanhando a dupla Jararaca e Ratinho e os cantores Canhoto e Paraguaçu, no teatro São Paulo, em São Paulo. Em 1928, entrou para o conjunto “Chorões Sertanejos” de Raul Torres. No início dos anos trinta, participou da gravação da embolada “Jacaré no caminho” de Raul Torres.

Em 1930, conheceu Aníbal Augusto Sardinha, mais tarde conhecido nacionalmente como Canhoto e que naquele momento usava o nome artístico de Moleque do Banjo. Formaram uma dupla que passou a se apresentar em festas e a tocar em rádios. Em 1933, passou a fazer parte do Regional de Armandinho que se apresentava na Rádio Record de São Paulo. Além de Aimoré , faziam parte do Regional, Armandinho no violão, Vicente de Lima na flauta, Pinheirinho no cavaquinho e Pingo no pandeiro. Em 1934, foi contratado para atuar no conjunto regional da Rádio América, dirigido por Hudson Gaia, que usava o nome artístico de Petit. No mesmo ano, compôs em parceria com Garoto, o choro “Quinze de julho”, sua primeira composição.

Em 1935, participou do filme “Fazendo fita” de Vittorio Capellaro, fazendo parte do conjunto regional da Rádio Cosmos. No mesmo ano, apresentou-se no saguão do edifício Martinelli, em trio com Garoto e Petit. No início dos anos 1940, transferiu-se com Garoto para a Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro, por intermédio do cantor Sílvio Caldas. Apresentou-se no programa “A hora do Brasil”, em dupla com Laurindo de Almeida.

Em 1942, criou o conjunto regional da Rádio Difusora de São Paulo, contando com a participação de Miranda no cavaquinho, Antoninho na clarineta e Ernesto e Petit nos violões. No mesmo ano, organizou outro conjunto regional, desta vez na Rádio Cruzeiro do Sul. Dirigiu o conjunto regional da Rádio América, onde também se apresentou individualmente. Em 1945 teve a composição “Em vez de me agradecê”, parceria com Capitão Furtado e Jaime Martins gravada pela dupla Tonico e Tinoco, que começava a carreira. Em 1950, ingressou no teatro Municipal de São Paulo como arquivista de orquestra, participando de programas de ópera.

Em 1953, acompanhou Vanja Orico ao violão na trilha sonora do filme “O Cangaceiro” de Lima Barreto. Em 1955, gravou um disco solo com músicas clássicas, interpretando “Serenata” de Schubert e “Romance sem palavras” de Mendelson, este em dueto com Guiomar Santos. Em 1958, trabalhou na trilha sonora do filme “Rebelião em Vila Rica” de Geraldo dos Santos Pereira e Renato dos Santos Pereira, juntamente com Camargo Guarnieri. Em 1974, foi homenageado, juntamente com Garoto, na gravação do disco “Músicos maravilhosos”, de Poli, com a execução do choro “Quinze de julho”.

Discografias
1955 Copacabana 78 Serenata/Romance sem palavras
Obras
Em vez de me agradecê (c/ Capitão Furtado e Jaime Martins)
Quinze de julho (c/ Garoto)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

NEPOMUCENO, Rosa. Música Caipira – Da roça ao rodeio. São Paulo: Editora 34, 1999.