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Nome Artístico
Agnaldo Rayol
Nome verdadeiro
Agnaldo Coniglio Rayol
Data de nascimento
3/5/1938
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
04/11/2024
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Cantor.

Embora nascido no Rio de Janeiro, morou na cidade de Natal no Rio Grande do Norte até os 17 anos.

Faleceu após uma queda em casa.

Dados artísticos

Com possante voz, ao estilo dos grandes cantores tradicionais, como Carlos Galhardo, iniciou a carreira na Rádio Nacional,em 1946, aos oito anos de idade, onde se apresentou no programa de Renato Murce, “Papel carbono”. Pouco depois, foi com a família para o Nordeste, residindo em Natal(RN). Neste período atuou como ator de rádio e cantor na Emissora Natalense, na Rádio cearense Araripe e na Rádio Poti. Em 1951, retornou ao Rio de Janeiro, onde participou do filme “Maior que o ódio”, de José Carlos Burle. Em seguida voltou a Natal em excursão com Leny Eversong. Em 1954, em Natal, fez parte do Trio Puracy com o qual gravou um disco pela Rozenblit. Em 1956 foi contratado pela Rádio Tupi, no Rio de Janeiro. Em 1958, gravou seu primeiro disco de 78 rpm pela Copacabana, com o samba “Prece”, de Osvaldo Gogliano Vadico, e o samba-canção “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinícius de Morais. Neste ano ainda mais dois discos 78 rpm foram lançados pela mesma gravadora, contando um deles com “Serenata do adeus”, de Vinícius de Moraes. Nos anos seguintes mais uma série de discos deste tipo foi lançada, contendo músicas em diversos estilos: fox, slow rock, samba, bolero, marcha-rancho e canções de Natal, entre outros. Em 1961, dividiu seu disco com Ted Moreno, cantando no lado B “Eu não tenho para onde ir”, balada de Édson Borges.

Em 1962, gravou, de Carlos Imperial e Erasmo Carlos, “Eu quero twist”. No mesmo ano alcançou sucesso com o samba canção “E a vida continua”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim. Muitos outros discos 78 rpm foram lançados pela Copacabana. Entre eles o que continha a canção afro-cubana “Babalu”, de Margarita Lecuona, lançado em 1963, e em 1964 “Acorrentados” (“Encandenados”), de Carlos Biz, com versão para o português de Miranda e Genival Melo. Gravou também diversos LPs pela Copacabana. Entre eles “Agnaldo Rayol”, de 1958, e “Frente ao mar”, de 1964.

No ano de 1966, em São Paulo, foi contratado pela TV Record onde apresentou o “Corte-Rayol show”, ao lado do humorista Renato Corte Real. No programa Agnaldo Rayol atuava como cantor e galão. Participou ainda do programa da “Jovem Guarda”. Em 1968, lançou pela Copacabana o LP “As minhas preferidas – na voz de Agnaldo Rayol – presidente Costa e Silva”, que trazia curiosamente diversas faixas com músicas de compositores claramente contrários à ditadura militar instaurada em 1964, tais como: “Carolina”, de Chico Buarque, e “Lamento”, de Pixinguinha e Vinícius de Morais. Em 1969, estrelou o filme “Agnaldo, perigo à vista”, de Reinaldo Paes de Barros. Na televisão ainda apresentou na TV Cultura, por um período de oito anos, o programa “Festa baile” e participou como ator na novela “As pupilas do senhor reitor”, na antiga TV Record, e de programas humorísticos. Neste mesmo ano foi classificado em segundo lugar no V Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record de São Paulo, defendendo a música “Clarisse”, de Eneida e João Magalhães.

Em 1981, no Uruguai, venceu o Festival Internacional da Canção. No ano 2000, gravou o tema da novela “Terra nostra”, da TV Globo, que foi a canção italiana “Tormento Damore”. Com esta canção obteve, ao lado da jovem cantora lírica Charlotte Church, sucesso nacional, participando neste período de diversos programas de televisão. No mesmo ano lançou CD pela Sony Music interpretando músicas americanas como “Bridge over troubled water”, “Let me try again” e “Moon river”.

Em março 2004, na 11ª Edição do Prêmio Marketing & Negócios, oferecido pela Imprensa Associada dos Empresários do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foi premiado o melhor cantor de 2003. No mesmo ano, entre diversos shows, apresentou-se no parque central da cidade, no projeto Manhãs de Outono, do Ribeirão Preto Shopping, acompanhado da Orquestra Sinfonica de Ribeirão Preto e, em setembro do mesmo ano, cantou em participação especial, no Buffet Rosa Rosarun, em São Paulo, no show beneficente em prol da Instituição de Amparo aos órfãos de Goiânia.

Em 2011, a Microservice lançou a coletânea “O amor é tudo”, com dois CDs, em sua homenagem. A coleção consistiu em uma pesquisa de Rodrigo Faour nos arquivos da antiga gravadora Copacabana, e trouxe músicas que marcaram sua carreira, tais como “Maria”, do musical West Story, e “As praias desertas”, de Tom Jobim.

Discografias
2011 O amor é tudo (coletânea) - Microservice - CD
2000 Sony Music CD Agnaldo Rayol
2000 CD Mensageiro do amor

(Participações:) (c/padre Antônio Maria)

2000 CD Sempre boleros

(Participações:)

1999 BMG CD Focus
1999 Som Livre CD Terra nostra

(Participações:)

1999 EMI CD Você é um pouco de mim
1998 Epic/Sony Music CD Tormento D'amore
1997 Atração CD Sempre romântico
1997 BMG CD Todo o sentimento
1994 RCR LP Agnaldo Rayol
1986 LP Meu jeito de amar
1984 Fermata LP Água caliente
1972 LP Imagem
1971 LP O que eu canto
1968 Copacabana LP Agnaldo Rayol
1968 Copacabana LP As minhas preferidas-na voz de Agnaldo Rayol-presidente Costa e Silva
1968 LP Quero lhe dizer cantando
1967 LP Você é um pouco de mim
1966 Copacabana LP A mais bela voz do Brasil
1966 Copacabana LP Quando o amor te chama
1965 Copacabana LP Sempre te amarei
1964 Copacabana LP Frente ao mar
1964 LP Meu amor é mais amor
1963 Copacabana 78 Babalu/Canção de outono
1963 Copacabana 78 E agora.../Manhã de amor
1963 Copacabana 78 Frente ao mar/Deixe para mim a culpa
1963 Copacabana 78 Maria Solidão/Acorrentados
1962 Copacabana 78 Adiante/E a vida continua
1962 Copacabana LP E a vida continua
1962 Copacabana 78 Eu quero twist/Terezinha
1962 Copacabana 78 O céu que vem de você/De joelhos
1962 Copacabana 78 Pierrô/Rosalinda
1962 Copacabana LP Plenitude
1962 Copacabana 78 Se ela voltar/Faz tanto tempo
1961 Copacabana 78 Eu não tenho para onde ir
1961 Copacabana 78 Felicidade/Fiquei sozinho
1961 Copacabana 78 La novia/Diante de Deus
1961 Copacabana 78 Que pena/Não pode ser
1961 LP Se ela voltar
1961 Copacabana 78 Volta aos meus braços/E eu te chamei de amor
1960 Copacabana 78 Marina/Sou doido
1960 Copacabana 78 Minha impaciência/Sou eu
1959 Copacabana 78 Dona saudade/Escala de cores
1959 Copacabana 78 Lo sono il vento/Trágica mentira
1959 LP Maior que a saudade
1959 Copacabana 78 Noturno de Ouro Preto/Tu és o meu castigo
1959 Copacabana 78 Não me condenem/Perdi meu amor
1959 Copacabana 78 O primeiro Natal/Eterno Natal
1959 Copacabana 78 Você/Felicidade ligeira
1958 Copacabana LP Agnaldo Rayol
1958 Copacabana 78 Dançar com você/Serenata do adeus
1958 Copacabana 78 Onde estará meu amor/Tarde demais
1958 Copacabana 78 Prece/Se todos fossem iguais a você
1958 Copacabana LP Sonhos musicais
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

CÂMARA, Leide. Dicionário da Música do Rio Grande do Norte. Acervo da Música Potiguar. Rio Grande do Norte, 2001.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.