1.502
Nome Artístico
Ado Benatti
Nome verdadeiro
Ado Benatti
Data de nascimento
23/9/1908
Local de nascimento
Caxangá, MG
Data de morte
4/11/1962
Local de morte
Pirapora do Bom Jesus, SP
Dados biográficos

Compositor. Escritor. Declamador. Poeta.

Dados artísticos

Iniciou carreira cantando em grupos regionais em sua cidade natal. Compunha emboladas e se apresentava em programas de calouros. Em São Paulo, começou trabalhando na Rádio Educadora Paulista com o Regional de Caxangá. Depois passou a atuar na Rádio Difusora de São Paulo e em 1940, começou a compor. Suas primeiras composições foram interpretadas por Caxangá e Chico Carretel.

A partir de 1947, adotou o pseudônimo de “Zé do Mato”, pelo qual passou a ser conhecido. Em junho de 1946, a dupla Tonico e Tinoco lançou pela Continental um disco contendo a moda de viola “Destino de caboclo”, de Tonico e Ado Benatti. Era a primeira das muitas composições de Zé do Mato gravadas por variados compositores. Ado Benatti passou, então, a dedicar-se ao gênero sertanejo. Em 1949, a mesma dupla Tonico e Tinoco lançou o sucesso “Besta ruana”, outra parceria da dupla Tino e Aldo Benatti.

Em 1950 teve a toada “História das lágrimas”, parceria com Serrinha, gravada na Continental pela dupla Serrinha e Caboclinho. Em 1952 a dupla Zé Pagão e Nhô Rosa gravou de sua parceria com Nhô Rosa a moda de viola “Não gosto da cidade”. Em 1954, o trio Luizinho, Limeira e Zezinha gravou “Encontro do divino”, parceria com Piraci. No ano seguinte, o mesmo trio gravou “Sagrado ofício”, parceria com Teddy Vieira, gravação na qual Ado Benatti aparece declamando juntamente com Luizinho.

Em 1962 o Duo Batuíra gravou a canção rancheira “Aventureiro”, parceria com Dito Mineiro. Suas composições foram gravadas, dentre outros, por Palmeira e Biá, Zé Carreiro e Carreirinho, Sulino e Marrueiro, Cascatinha e Inhana e Vieira e Vieirinha. Também gravaram composições de Ado Benatti o Duo Guarujá, Inezita Barroso e o Trio Serrinha, Caboclinho e Rielinho.

Alguns de seus grandes sucessos como compositor foram “Bom Jesus de Pirapora” e “Transporte de boiada” . Publicou os livros de poemas “Musa cabocla” e “Alma da terra”. Escreveu também as histórias populares “Contos do Zé do Mato” e os versos populares “Tambaú, cidade dos milagres”, “A morte do Dioguinho”, “Bom Jesus de Pirapora” e “Os crimes de Dioguinho”. Foi autor também de diversas peças caipiras que alcançam sucesso ainda hoje. Dentre elas, podemos citar “Mão criminosa”, com Tonico e Tinoco, “O filho do sapateiro” e “Sindicato dos malucos”.

Obras
A morte do Dioguinho (c/ Anacleto Rosas Jr. e Serrinha)
A morte do Dr. Laureano (c/ Tonico)
Abacaxi (c/ Zé do Rancho)
Adeus querida (c/ Arlindo Pinto)
Alma de gaúcho (c/ Jeca Mineiro)
Anjo da candura (c/ Serrinha)
As duas jóias (c/ Teddy Vieira)
Aventureiro (c/ Dito Mineiro)
Besta ruana (c/ Tinoco)
Boi pegador (c/ Brinquinho e Brioso)
Bom Jesus de Pirapora (c/ Serrinha)
Campeão piracicabano (c/ Teddy Vieira)
Candidato pau-de-arara (c/ João Ferreira)
Caçador de esmeraldas (c/ Campos Negreiros e Cascatinha)
Cenário de minha terra (c/ Luizinho)
Cesta de Natal de pobre (c/ Tonico do Joazeiro)
Chofer de estrada (c/ Luizinho)
Circo de cavalinhos (c/ Serrinha)
Cuiabana (c/ Tonico)
Dama de vermelho (c/ Jeca Mineiro)
Destino de caboclo (c/ Tonico)
Dá trabaio (c/ Izaías Vieira)
Embarcação de boi (c/ Arlindo Cociuffo)
Encontro da Aparecida (c/ Teddy Vieira)
Encontro divino (c/ Piraci)
Estrada assombrada (c/ Iracema Padilha)
Festa da Nhá Carola (c/ Zé Pagão)
Filha de Maria (c/ Mário Vieira)
Goianinha (c/ Patativa)
Gosto de caipira (c/ Luís Lauro)
Guerra civil
História das lágrimas (c/ Serrinha)
Lacinho verde (c/ Rielinho)
Malvado trem (c/ Valter Amaral)
Mandamentos do chofer (c/ Sulino)
Marreta (c/ Fernandes)
Mão criminosa (c/ Tonico)
Não gosto da cidade (c/ Nhô Rosa)
O Bandeirante Fernão c/ Campos Negreiros e Carreirinho
O canoeiro não morreu (c/ Teddy Vieira)
O estouro da boiada (c/ Serrinha)
O fim de Zé Carreiro (c/ Serrinha)
Os crimes do Dioguinho (c/ Anacleto Rosas Jr. e Serrinha)
Os três beijos do Calvário (c/ Campos Negreiros e Serrinha)
Potranquinha castanha (c/ Serrinha)
Promessa (c/ Campos Negreiro e Serrinha)
Rita de Cássia (c/ Rodolfo Vila)
Sagrado ofício (c/ Teddy Vieira)
Santa Cecília (c/ Carlos Piazolli)
Santo Antoninho da Rocha Marmo (c/ Rodolfo Vila e Zé Mineirinho)
Saudades de Curitiba (c/ Tinhão)
Saudação a São Paulo (c/ Serrinha e Campos Negreiros)
Seis amigos (c/ Fernandes)
Sucuri (c/ Zé Carreiro)
Tapera da morte (c/ Torrinha)
Terra de Anchieta (c/ Poli)
Transporte de boiada (c/ Rui Oliveira)
Trem baiano (c/ Lourival dos Santos)
Três fitas (c/ Tonico)
Um passo aqui, um passo ali (c/ Ângelo Reale)
Velha palhoça (c/ Serrinha)
Velhos amigos (c/ José Alfredo)
Viva São Paulo (c/ Campos Negreiros e Zé Carreiro)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

NEPOMUCENO, Rosa. Música Caipira – Da roça ao rodeio. São Paulo: Editora 34, 1999.