3.001
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Nome Artístico
Adelaide Chiozzo
Nome verdadeiro
Adelaide Chiozzo
Data de nascimento
8/5/1931
Local de nascimento
São Paulo, SP
Data de morte
4/3/2020
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Atriz. Cantora. Instrumentista. Compositora.

Em 1939, aos oito anos de idade começou a aprender acordeon. Com 15 anos, foi indicada pelo compositor Irani de Oliveira para participar do Programa Papel Carbono apresentado por Renato Murce na Rádio Clube do Brasil fazendo imitação do sanfoneiro e cantor gaúcho Pedro Raimundo. Foi casada com o violonista Carlos Matos. Faleceu aos 88 anos de idade, em decorrência de uma pneumonia, no hospital no qual se encontrava internada, no bairro carioca da Tijuca, desde a sexta-feira de carnaval devido a uma queda.

Dados artísticos

Em 1946, estreou no cinema atuando na comédia “Segura esta mulher” ao lado do pai Afonso Chiozzo, com direção de Watson Macedo. Nesse filme acompanhou com o pai o cantor Bob Nelson na música “O boi Barnabé”, de Afonso Simão e Bob Nélson. Em 1947, atuou ainda com o pai na comédia “Esse mundo é um pandeiro”, de Watson Macedo. Em 1948, atuou em “É com esse que eu vou”, de José Carlos Burle.  Por essa época foi contratada pela Rádio Nacional. Em 1950, estrelou o filme “Carnaval no fogo” no qual interpretou “Pedalando”, de Anselmo Duarte e Bené Nunes. Com esta mesma música estreou em disco cantando ao lado do instrumentista Alencar Terra na polca “Pedalando”  e na rancheira “Tempo de criança”, de João de Souza e Eli Torquine. Em 1951, participou do filme “Aviso aos navegantes”, no qual interpretou com Eliana, com quem atuou em diversos filmes, um de seus maiores sucessos, a valsa “Beijinho doce”, de Nhô Pai. No mesmo ano, gravou dois discos com Eliana pela gravadora Star, interpretando “Beijinho doce”, o baião “Cabeça inchada”, de Hervé Cordovil, o baião “Sabiá na gaiola”, de Hervé Cordovil e Mário Vieira, e o rasqueado “Orgulhoso”, de Nhô Pai e Mário Zan. Em 1952, gravou com Eliana a polca “Zé da Banda”, de Alencar Terra, e o coco “Vapô de Carangola”, de Manezinho Araújo e Fernando Lobo. No mesmo ano, participou do filme “É fogo na roupa”, de Watson Macedo, e “Barnabé, tu és meu”, de José Carlos Burle. Em 1953, gravou com Eliana a marcha “Queria ser patroa”, de Manoel Pinto e Aldari Almeida Airão, e o samba “Com pandeiro na mão”, de Manoel Pinto, Jorge Gonçalves e D. Airão. Em 1954, filmou “O petróleo é nosso”, de Watson Macedo. No mesmo ano, gravou outro de seus grandes sucessos, a toada “Meu sabiá”, de Carlos Mattos e Antonio Amaral. Em 1955, gravou de Bruno Marnet, o fox “Passeio de bonde” e de Garoto, Fafá Lemos e Adair Badaró, o baião “Nós três”. Nesse ano, sua gravação da toada “Beijinho doce”, de Nhô Pai, em dueto com Eliana foi incluída no LP “Show Copacabana Nº 1” da gravadora Copacabana. Em 1956, estrelou o filme “Sai de baixo”, de J. B. Tanko. No mesmo ano, gravou o baião “Papel fino”, de Mirabeau, Cid Ney e Dom Madrid, e a marcha “Vamos soltar balão”, de Luiz Gonzaga Lins. Em 1957, gravou as marchas “A sempre viva”, de Paulo Gracindo e Mirabeau, e “Tua companhia”, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal. No mesmo ano, tomou parte no filme “Garotas e samba” onde interpretou “O trenzinho do amor”, de Sivan Castelo Neto e Lita Rodrigues. Também em 1957, participou de dois LPs da gravadora Copacabana: “Carnaval de 57 – Nº 1” com a marcha “A sempre viva”, e do LP “Festas juninas” com o baião “Papel fino”, de Mirabeau, Cid Ney e Don Madrid. Em 1958, gravou com Silvinha Chiozzo o rasqueado “Cabecinha no ombro”, de Paulo Borges, que tornou um grande sucesso e um clássico da Música Popular Brasileira. Nesse ano, lançou o LP “Lar… doce melodia” pela gravadora Copacabana no qual cantou três faixas: “Vá embora”, de Geraldo Cunha e Carlos Matos, “Pagode em Xerém”, de Alcebíades Barcelos, o Bide e Sebastião Gomes, “Meu veleiro”, de Lina Pesce, as demais nove músicas do disco ela interpretou ao acordeom: “Viagem à Cuba”, de I. Fields e H. Ithier, “Night and day”, de Cole Porter, “É samba”, de Vicente Paiva, Luis Iglesias e Walter Pinto, “Inspiração”, de Paulus e Rubinstein, “Deixa comigo”, de Índio, “Icaraí”, de Silvio Viana, “Padan-padan”, de Glanzberg e Contel, “Dance avec moi”, de Hornez e Lopez, e “Granada”, de Agustin Lara. Em 1966, sua gravação da toada “Meu veleiro”, de Lina Pesce, foi incluída no LP “Lina Pesce – Seus grandes sucessos” da gravadora Copacabana.  No mesmo ano, sua balada “Pra Que Sonhar”, parceria com o marido Carlos Matos, foi gravada pela cantora Joelma em LP da Chantecler. Em 1972, participou do LP “Alma do Sertão”, da gravadora Copacabana produzido a partir do programa de Renato Murce na Rádio Nacional que levava o mesmo nome. Nesse disco, interpretou com Eliana a toada “Pingo Dágua”, de Raul Torres e João Pacífico, e o rasqueado “Campo Grande”, de Raul Torres. Em 1975, apresentou-se ao lado do marido e violonista Carlos Mattos no show “Cada um tem o acordeom que merece”, no Rio de Janeiro e em Niterói. Em 1976, a gravadora Philips lançou dois LPs, um relembrando a Era de Ouro dos filmes musicais brasileiros e outro sobre os 40 anos da Rádio Nacional. No primeiro intitulado “Assim era a Atlântida” foram remasterizados vários fonogramas interpretados durantes os filmes incluindo três interpretações da cantora: “Pedalando”, de Anselmo Duarte e Bené Nunes, do filme “Carnaval no Fogo”, que ela interpretou sozinha, e “Recruta biruta”, de Antônio Almeida, Antônio Nássara e Alberto Ribeiro, e “Beijinho doce”, de Nhô Pai, ambas do filme “Aviso aos navegantes”, interpretadas juntamente com Eliana. No segundo LP, gravado a partir de acetatos gravados durante programas da Rádio Nacional, foi incluída suam interpretação para o samba canção “Nós três”, de Garoto, Chiquinho do Acordeom, Fafá Lemos e Badaró, cantado juntamente com Carlos Matos. Em 1978, atuou na novela “Feijão Maravilha”, na TV Globo. Em 1992, trabalhou na novela “Deus nos acuda”, na TV Globo. A partir de então, realizou shows pelo Brasil acompanhada pelo marido e eventualmente, pelos três netos. Em 1996, particpou do Projeto Seis e Meia, no Teatro Dulcina no Rio de Janeiro juntamente com o cantor Francisco Carlos no show “Ídolos da Atlântida”. Em 2001, teve lançado pelo selo Revivendo o CD “Tempinho bom”, que incluiu suas gravações para as músicas “Nós Três”, de Fafá Lemos, Chiquinho do Acordeom e Garoto; “Meu Sabiá”, de Carlos Matos e A. Amaral; “Tempinho Bom”, de Mário Zan e Sereno; “Minha Casa”, de Joubert de Carvalho; “Cada Balão Uma Estrela”, de Zé Violão e Carrapicho; “É Noite, Morena”, de Hervé Cordovil e René Cordovil; “Casório Lá No Arraiá”, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal; “Pedalando”, de Bené Nunes e Anselmo Duarte; “Vai Comendo Raimundo”, de Petrus Paulus e Ismael Augusto; “Papel Fino”, de Mirabeau, Cid Ney e Don Madrid; “Tempo de Criança”, de João de Souza e Ely Turquino; “Nossa Toada”, de Carlos Matos e Luis Carlos, e “Meu Papai”, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal, além de “Zé Da Banda”, de Alencar Terra; “Com Pandeiro Na Mão”, de Manoel Pinto, D. Airão e Jorge Gonçalves; “Vapô De Carangola”, de Manezinho Araújo e Fernando Lobo; “Orgulhoso”, de Mário Zan e Nhô Pai; “Queria Ser Patroa”, de Aldari De Almeida Airão e Manoel Pinto; “Cabeça Inchada”, de Hervé Cordovil; “Beijinho Doce”, de Nhô Pai, e “Sabiá Lá Na Gaiola”, de Hervé Cordovil e Mário Vieira, todas essas últimas interpretadas em dueto com a cantora e atriz Eliana. Em 2012, passou a integrar o grupo As Cantoras do Rádio, em sua nova formação, que estreou no show “MPB pela ABL – A volta das cantoras do Rádio”, récita única no auditório Raimundo Magalhães Jr., todas acompanhadas por Fernando Merlino,  com apresentação, criação e roteiro de Ricardo Cravo Albin. Em 2014, participou, juntamente com as cantoras Lana Bittencourt  e Ellen de Lima, do espetáculo “A Noite – Nas ondas da Rádio Nacional”, apresentado no teatro Rival BR. Em 2017, apresentou-se na sexta-feira, no Domingo e na Segunda Feira de Carnaval no Baile da Cinelândia, tradicional baile carnavalesco promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro em frente à Câmara Municipal. Em 2018, realizou seu último show, na região Metropolitana de Niterói, Rio de Janeiro.

Discografias
1958 Copacabana 78 Ele esqueceu/Cabecinha no ombro
1958 Copacabana LP Lar... doce melodia
1957 Copacabana 78 A sempre viva/Tua companhia
1957 Copacabana 78 Nossa toada/Trenzinho do amor
1956 Copacabana 78 Meu papai/Menina não joga pedra
1956 Copacabana 78 Papel fino/Vamos soltar balão
1955 Copacabana 78 Passeio de bonde/Nós três
1954 Copacabana 78 Meu sabiá/Tempinho bom
1954 Copacabana 78 Vai comendo Raimundo/Casório lá no arraiá
1953 Copacabana 78 Mais uma bica no morro/Meu lamento
1953 Copacabana 78 Queria ser patroa/Com pandeiro na mão

(c/Eliana)

1952 Star 78 Para bombardeiro/Cada balão uma estrela
1952 Star 78 Zé da Banda/Vapô de Carangola
1952 Star 78 É noite morena/Minha casa
1951 Star 78 Beijinho doce/Cabeça inchada
1951 Star 78 Lá vem seu Tenório/Noite de Lua
1951 Star 78 Sabiá na gaiola/Orgulhoso
1950 Star 78 Venho de Minas/A saudade não me deixa
1949 Star 78 Pedalando/Tempo de criança
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.