
Cantor. Compositor. Ator.
Seu nome artístico “Xalebaradã” significa na língua yorubá “princípio, meio e fim”.
Por causa das constantes agressões do pai, fugiu de casa aos nove anos, indo parar em um reformatório na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. Foi menino de rua e interno da Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor). Logo depois, foi expulso do exército. Ex-guerrilheiro na década de 1970.
Envolvido com o tráfico do morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, foi atingido por 14 tiros nos vários embates com a polícia e traficantes, o que o tornou paralítico. Cumpriu várias penas de reclusão.
Guia espiritual ligado às raízes afro-brasileiras, compôs cerca de 500 músicas sobre o tema.
Residia no Morro do Cantagalo, em Ipanema. Faleceu no Hospital Miguel Couto, vítima de uma Hepatite C com infecção generalizada, sendo enterrado no cemitério São João Batista.
Deixou dois filhos: Ortinho e Luanda.
Entre 1997 e 1999 apresentou o programa “Zumbi vive”, na rádio comunitária do morro em que residia. O cineasta Walter Moreira Salles e Daniela Thomas, em 1998, filmaram o curta-metragem “Somos todos filhos da terra”, baseado na vida de Adão, e premiado no Festival de Cinema de Tiradentes(MG) neste mesmo ano. Os mesmos cineastas também realizaram o clip “Guerra e paz” sobre a composição homônima de Adão.
Em 2002 o cineasta Fernando Meirelles o convidou para atuar com Pai-de-Santo no filme “Cidade de Deus”.
Em 2003 lançou o CD “Escolástica”, pelo Selo Ambulante, dos produtores Antonio Pinto e Beto Villares. No disco interpretou de sua autoria “África”, “Armas & paz”, “Bibi Lobi Woa”, “Computador”, Deus é um negrão”, “Diamante”, entre outras, nas quais mantinha um discurso místico e político através dos gêneros reggae, afropop e colagens dub.