
Começou a dedilhar o bandolim com 10 anos de idade tocando escondido o banjo artesanal que ganhou do tio, esculpido em pedaço de fuselagem de avião recuperado desastre aéreo.
Apelidado de caboclo marajoara, foi músico autodidata, dando início a sua trajetória em 1958 tocando num programa de calouros “Alô Brotos” na Rádio Difusora da cidade de Macapá (AP). A apresentação lhe rendeu o primeiro lugar e o primeiro cachê de músico.
Passou por vários grupos musicais como Novo Som, Sol Nascente, Oficina e Manga Verde, onde tocou por cinco anos, participando das gravações de LPs dos dois últimos grupos.
Em 1979 fundou o grupo “Gente de Choro”, composto por Gilson Rodrigues (Bandolim e cavaquinho), Paulo Moura (violão 7 cordas), Cardosinho (violão 6 cordas), Paulo Borges (flauta transversal), Amarildo (pandeiro), Emílio Mininéia (produtor e percussionista) e Buchecha (cavaquinho).
Em 1980 Gilson Rodrigues, um de seus parceiros, abriu a “Casa do Gilson” que se tornou posteriormente um dos principais redutos do samba e do choro da capital paraense. Com freqüência recebeu visitantes como Sivuca, Paulinho da Viola, Beth Carvalho dentre outros. Foi em um desses encontros que o radialista Edyr Proença o viu tocando e o convidou para gravar o LP “Chora Marajó”.
Seu choro amazônico assimilou as pegadas e batidas de ritmos paraenses, como o Carimbó, Lundum, Lambada e Xote.