Compositor. Letrista.
Filho do músico e policial Arlindo Domingos da Cruz e Aracir Marques da Cruz.
Afilhado do cantor e compositor Candeia, que integrou, assim como seu pai, o grupo Mensageiros do Samba e de Valtenir Cruz, sambista da Ala de Compositores da Portela.
Irmão mais velho do cantor e compositor Arlindo Cruz.
Pai da cantora Débora Cruz, uma das revelações do “Festival Fábrica do Samba”.
Pertenceu à Ala de Compositores do Império Serrano.
Trabalhou como motorista de ônibus.
No ano de 1983 Arlindo Cruz no LP “Arlindinho”, incluiu a faixa “Pra ser lembrado depois” (c/ Arlindo Cruz e Aluísio Machado).
Em 1985, Zeca Pagodinho gravou “Casal sem vergonha” (c/ Arlindo Cruz), que se tornou um dos grandes sucessos da carreira do cantor. Neste mesmo ano, Alcione, no LP “Fogo da vida”, pela RCA, interpretou “Coco partido” (c/ Arlindo Cruz e Franco). No ano seguinte, em 1986, foi lançado o disco “Explosão do pagode”, pela gravadora Fama. No LP foram incluídas suas composições “Meu negócio é pagodear”, em parceria com Carlos Sapato e Arlindo Cruz, interpretada por Carlos Sapato, e “Senhor cidadão”, cantada pelo parceiro Adalto Magalha. Ainda em 1986 Beth Carvalho gravou duas composições de sua autoria “Dor de amor” (c/ Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e “Partido-alto mora no meu coração”, em parceria com Sombrinha e Arlindo Cruz. Almir Guineto gravou pela RGE “Pra que tanta marra” (c/ Almir Guineto e Sombrinha) e Dominguinhos do Estácio interpretou “Resumo”, de sua autoria em parceria com Zé Roberto.
Em 1987 Marquinhos Satã, em disco lançado pela RCA/Ariola, interpretou “Pura semente” (c/ Arlindo Cruz) e “Escorregar não é cair”, parceria com Carlos Sapato e Jorge Tetê. Neste mesmo ano Leci Brandão, no disco “Dignidade”, incluiu “Fogueira de uma paixão”, sua em parceria com Luiz Carlos da Vila e Arlindo Cruz. Neste mesmo ano, Reinaldo, no LP “Aquela imagem”, registrou “Que pecado”, parceria com Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz. No ano seguinte, em 1988, no disco “Ouro e cobre”, Alcione gravou “Vizinha faladeira” (c/ Luiz Carlos da Vila e Arlindo Cruz). No ano posterior, em 1989, Zeca Pagodinho, no LP “Boêmio feliz”, pela gravadora RCA, interpretou “Saudade louca” (c/ Franco e Arlindo Cruz) e Dominguinhos do Estácio, no disco “Gosto de festa”, gravou outra composição de sua autoria, desta vez “Vim pra dizer que te amo”.
No ano de 1990, no LP “Simplesmente”, Mauro Diniz incluiu duas composições de sua autoria, “Nova mobília, velho fogão” (c/ Luiz Carlos da Vila) e “Hino da noite” (c/ Arlindo Cruz e Sombrinha). Neste mesmo ano, Reinaldo interpretou “Ela não entendeu” (c/ Arlindo Cruz), em seu disco “Coisa sentimental”, pela Continental. Dois anos depois, em 1992, “Coração brasileiro”, composição em parceria com Franco e Arlindo Cruz, foi gravada por Alcione no LP “Pulsa coração”. Neste mesmo ano Biro do Cavaco gravou “Desta vez é amor” (c/ Marquinhos PQD e Aluísio Machado). No ano seguinte, em 1993, o Império Serrano desfilou com o samba-enredo “Império Serrano, um ato de amor”, sua autoria em parceria com Arlindo Cruz, Bicalho e Aluísio Machado, ganhador do “Estandarte de Ouro” de “Melhor Samba”, do Grupo de Acesso naquele ano.
No ano de 1999, Jorge Aragão gravou o disco “Ao vivo”. No CD foi incluída “Coisa de pele”, parceria de ambos e um dos grandes sucessos do cantor, que com esse disco vendeu mais de 500 mil cópias. Ainda em neste ano, Zeca Pagodinho em seu CD “Ao vivo”, interpretou “Saudade louca” (c/ Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e “Dor de amor” (c/ Franco e Arlindo Cruz). No CD “Departamento do pagode”, Luizinho SP incluiu “Me deixa”, parceria de Acyr Marques com Serginho Procópio e Marquinhos PQD.
Em 2001 fez com Beth Carvalho uma apresentação na Roda de Bamba, no MIS (Museu da Imagem e do Som), no Rio de Janeiro. No ano seguinte, em 2002, Marquinho Santanna, no disco “Nosso show”, regravou “Pura semente”.
No ano de 2003, o grupo Revelação gravou o disco “Samba de Raiz 3”, CD no qual interpretou de sua autoria “Insensato destino” (c/ Chiquinho e Maurício Lins). Ainda em 2003, sua composição “Sambista de fato” (c/ Aluísio Machado), interpretada por Débora Cruz (filha do compositor Acyr Marques e sobrinha de Arlindo Cruz), foi classificada em 6º lugar no “Festival Fábrica do Samba”, com a final no Maracanazinho, no Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2004, no disco “Daqui, dali e de lá”, o grupo Toque de prima gravou de sua autoria “Já é ou já era” (c/ Maurição e Arlindo Cruz).
No ano de 2005, no CD “À vera”, Zeca Pagodinho interpretou de sua autoria “Ninguém merece”, parceria com Jorge David e Arlindo Cruz, composição incluída na trilha sonora da novela “A Lua me Disse”, da Rede Globo.
Entre suas composições mais conhecidas destacam-se “Casal sem vergonha” (c/ Arlindo Cruz) e “Coisa de pele”, em parceria com Jorge Aragão.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
LEITÃO, Luiz Ricardo. Aluísio Machado – Sambista de fato, rebelde por direito. Acervo Universitário do samba: volume 1. Rio de Janeiro: Editora UERJ, DECULT; São paulo: Outras Expressões, 2015.