5.001
Nome Artístico
Abílio Martins
Nome verdadeiro
Abílio Martins
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
24/11/1993
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Dados artísticos

Foi puxador de sambas-enredo da Escola de Samba Lins Imperial do Rio de Janeiro, das mais tradicionais agremiações cariocas do samba. Contratado pela gravadora Copacabana, estreou como cantor em gravações comerciais no ano de 1961, interpretando a batucada “Adeus amor”, de Don Carlos e Mulequinho, e o samba “Izabel”, de Alfredo e Alfredinho, esta última gravação inclusive seria incluída no LP “Carnaval é Brasil” da gravadora Copacabana. No ano seguinte, gravou os sambas “Esperança”, de Mano Décio, Paulo Silva Filho e Ari Cruz, e “Passarela da Avenida”, de Avarese e Alfredo Gomes. Em 1963, gravou os sambas “Adeus Dolores”, de Pereira Matos, Dias da Cruz, D. Matos e Bola 7, “Uma lágrima”, de Benedito Reis e Jair Amorim, “Piau”, de Jaburu e Ari Guarda, “Tudo acabado”, de Mano Décio, Geraldo Barbosa e Lourival Perez, “Sofrimento”, de Antônio Alves, e “Véu da saudade”, de Antônio Alves e Aidno Sá, além do samba-canção “Onde estás felicidade”, de Jorge Washington e Lourival Peres. No mesmo ano, participou juntamente com o cantor Zezinho do LP “Grandes sucessos da E. S. Portela – Abílio Martins e Zezinho” no qual interpretou os sambas “Piau”, de Jaburu e Ari Guarda, “Já sou feliz”, de Candeia, “Cidade mulher”, de Paulo da Portela, “Linda natureza”, de Waldir, “Exaltação ao Rio”, de Carlos Elias, “Sempre teu amor”, de Manacé José de Andrade, “Nós vamos assim”, de Zé Keti e Mariara, “Pode chorar”, de S. Ferreira e M. Santos, “Sofrimento”, de Antônio Alves, e “Micróbio do samba”, de Marques Balbino. Ainda em 1963, apareceu em três coletâneas de carnaval da gravadora Copacabana: “Rio – Carnaval” com o samba “Adeus Dolores”, de Pereira Matos, Dias da Cruz, D. Mattos e Bola Sete, do LP “Samba, oração do morro – Com a Escola de samba Império Serrano”, do qual tomaram parte também os cantores Roberto Silva e Gilberto Alves, interpretando os sambas “Chorei por você”, parceria sua com Jorge Canseira e Mano Décio da Viola, “Tudo acabado”, de Mano Décio da Viola, Geraldo Barbosa e Lourival Perez, “Minha Yayá”, de Mano Décio da Viola e C. Santos, “Pão de pobre é oração”, de F. Terra, Toninho e Mano Décio da Viola, “Foi ilusão”, de Aidno Sá, Mano Décio da Viola e Darci de Souza, e “Tirano”, de Aidno Sá, Mano Décio da Viola e Romero Gonzaga, e do LP “Isto é carnaval” com o samba “Não diga adeus”, de Benedito Reis e Jair Amorim. Em 1964, gravou o samba “Não diga adeus”, de Jair Amorim e Benedito Reis, e a marcha “Laranja da Bahia”, parceria sua com J. Maia. Nesse ano, partcipou do LP “Os Canários das Laranjeiras apresentam o seu carnaval” da gravadora Som/Copacabana interpretando os sambas “Uma lágrima”, de Jair Amorim e Benedito Reis, e “Abandono”, de Elias Moreno. Para o carnaval de 1965, do Quarto Centenário da cidade do Rio de Janeiro, participou do LP “Carnaval Rio Quatrocentão” cantando o samba “Deu fungum”, de Benedito Reis. No mesmo ano, participou do LP duplo “1565 / 1965 – Rio carnaval” da gravadora Copacabana cantando o samba “Rio”, de Ary Barroso. Gravou ainda o samba “Minha maré”, de Padeirinho e Linita Reis, para o LP “Carnaval Copa 66” da gravadora Copacabana. Em 1967, gravou com o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos o LP “O Cacique de Ramos – Abílio Martins e G. R. Cacique de Ramos” da Walplast interpretando os sambas “Fica que pode”, de Mendes e Arnoldo Silva, “Canto de paz”, de Linda Veloso e Cacique, “Amor de fantasia”, de José Carlos, José Braga e Cacique, “Vem pra crer”, de Américo Filho e Cacique, “Até amanhã”, de Domingos Paulo, Yasmin e Cacique, “Feitiço”, de Dida, “Cheguei a tempo”, de Dida, “O samba termina agora”, de Mendes e Neoci, “Indecisão”, de Matias, “Foi um sonho”, de Niltinho, “Bebo por prazer”, de Velha, e “Decisão”, de Niltinho e Ubirany. Em 1968, quando foram lançados os primeiros LPs com gravações de sambas-enredo das escolas de samba participou da gravação feita pelo Museu da Imagem e do Som interpretando o samba-enredo “Sublime pergaminho”, de Carlinhos Madrugada, Zeca Melodia e Nilton Russo, para a Escola de Samba Unidos de Lucas. Em 1970, lançou pela gravadora Tropicana/CBS o LP “Voltei” no qual interpretou os sambas “Parei na sua”, “Dúvida”, “Anjinho no morro”, “Quanto pecado”, “Voltei”, “Maria lavadeira”, “Eu não toco berimbau”, “Mangueira é samba”, “Hei de vencer”, “Sublime pergaminho”, “Amor em silêncio”, “Samba da peteca”, “O carreiro” e “Fala meu samba”.  No mesmo ano, registrou os sambas “O bilhete”, de Mário da Cunha e Mário Miranda, e “Eu vou no candomblé”, de Geraldo José, A. Xavier e P. Moacir, para o LP “Carnaval Rio 1971” da gravadora RCA Camden. Ainda em 1970, tomou parte do LP “As 10 grandes Escolas de samba – Sambas-enredo 1970” da RCA Victor interpretando “O fabuloso mundo do circo”, de Antônio dos Santos Filho e Marcos R. da C. Santos, para a Escola Unidos do Jacarezinho, e “Um cântico à natureza”, de N. J. de Oliveira, A. J. de Oliveira e D. E. Ferreira, para a Estação Primeira de Mangueira. Em 1972, sua interpretação para o samba-enredo “Rio, Carnaval dos Carnavais” foi incluída no LP “Os Maiores Sambas-Enredo de todos os tempos Vol. II” que teve direção de produção de Roberto Menescal e direção de estúdio de Paulo Tapajós, Elton Medeiros e Mazola, disco lançado pela gravadora Philips/Phonogram. Para o carnaval de 1974, participou da gravação de dois LPs, “Sambas de enredo das Escolas de samba do Grupo 1 – Carnaval 1974” da AESEG/Top Tape interpretando “Dona Santa Rainha do Maracatu”, de Wilson Diabo, Malaquias e Carlinhos, para o Império Serrano, e do LP “Sambas de enredo 74 – Blocos carnavalescos do Grupo 1 – Carnaval 1974” da gravadora CID cantando “Salgueiro sua História e suas glórias (B. C. Quem Fala de Nós Não Sabe o Que Diz)”, de Messias Dória e Adilson Catimba. Lançou pela Musidisc o LP “Isto é samba autêntico – VOL. 1”, que seria relançado em 1975, pela gravadora RCA Camden, com os sambas “O pior é saber”, de Walter Rosa, “Colibri”, de Jurandir, “Céu é fôrro”, de Noel Rosa de Oliveira e Ivan Salvador, “Briga entre as flores”, de Taú Silva e João Laurindo, “Paraíso do amor”, de Chocolate, Nilo Moreira e Luis Ferreira, “Fase”, de Carlos Elias, “Senhor samba”, de Bidi e Velha, “Cego de amores”, de Antônio Valentim e Osir Pimenta, “Esperança”, de Eucides Souza Lima, “Por isso que eu bebo”, de Joacyr Santana, “O morro”, de Niltinho e Luís Henrique, “Rainha da natureza”, de Matias de Freitas Mendes, “Fazendo pirraça”, de Sergio Gomes e Osvaldo Posa. No mesmo ano, participou do LP “Oba Oba – O QG do samba” da gravadora Continental organizado pelo produtor e apresentador Sargentelli, disco no qual cantou uma seleção com os sambas “Amor de carnaval”, de Zé Keti, “Império do samba”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé, “Vai que depois eu vou”, de Adolfo Macedo, Zé da Zilda, Zilda do Zé e Airton Borges, “Perdoar é para Deus”, de Ari Frazão e Sebastião Figueiredo, “Portela querida”, de Noca da Portela, Picolino da Portela e Colombo, “Zé Marmita”, de Luis Antônio e Brasinha, “O que é que você quer mais”, de Antônio Nássara e Roberto Martins, “Fica doido varrido”, de Benedito Lacerda e Eratóstenes Frazão, “Fala Mangueira”, de Mirabeau e Milton de Oliveira, “Eu não posso ver mulher”, de Osvaldo Santiago e Roberto Roberti, e “Que samba bom”, de Geraldo Pereira e Arnaldo Passos, além de “O canto do amor verdadeiro”, de Gilmar Pereira e Rafael Santos, “Escola diferente (Salgueiro)”, de Luis de França e Nilson Nobre, “Despeito”, de Waldemar Gomes e Marino Pinto, e “História da Lapa”, de Carlos de Souza e Renato Araújo. Em 1976, no LP “O legendário Mano Décio da Viola”, da gravadora Polydor, teve gravado o samba-enredo “Exaltação Brasil holandês”, parceria com Chocolate do Salgueiro e Mano Décio. Nesse ano, gravou o samba-enredo “Folia de Reis”, da Escola de samba Lins Imperial incluído no LP das escolas de samba daquele ano. Ainda no mesmo ano sua interpretação do samba-enredo “Sessenta e um anos de República”, de Silas de Oliveira e Mano Décio da Viola, gravado com coro, foi lançado no disco “O Ciclo Vargas – Uma visão através da música popular”, lançado pela Som Livre. Também em 1976, interpretou os sambas “Valongo”, de Djalma Sabiá, e “Heróis da liberdade”, de Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola e M. Ferreira, para o LP “História do Brasil através dos sambas de enredo – O negro no Brasil” da gravadora Som Livre. Em 1977, gravou para o LP “Sambas de Enredo das Escolas de samba do Grupo 1” da AESCRJ/Top Tape, o samba enredo da Escola Imperatriz Leopoldinense, “Viagem Fantástica às Terras da “Ibirapitanga”, de Walter da Imperatriz, Carlinhos Madrugada e Nelson Lima. Em 1979, o samba “É uma verdade”, parceria com José Paulo e Mano Décio, foi gravado por Mano Décio da Viola em LP da CBS. No mesmo ano, teve o samba “Amar como eu amei”, com Mano Décio, gravado por Dona Ivone Lara no LP “Sorriso de criança”, da EMI/Odeon. Grande intérprete de sambas-enredo participou da gravação de diversos LPs com os sambas-enredo das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. Em 1981, gravou “Na terra do pau brasil nem tudo caminha viu”, de Jorge Lucas e Édson Paiva, para o Imperio Serrano. No mesmo ano, gravou pela Polydor sambas enredo do então grupo 2A, interpretando “As grandes festas do Rio nas quatro estações do ano”, da Grande Rio, samba-enredo de Barbeirinho, José Eduardo, Vadinho e Waldemar da Rocha, “O boi bumba com abóbora”, de Dodô Marujo e Zeca do Varejo, para a Escola de samba Em Cima da Hora, e “O curioso mercado de Ver-o-peso”, da Acadêmicos do Engenho da Rainha, de autoria de Vanil do Violão, Álvaro Sobrinho, Carambola Porranca e Parrô. Gravou também o samba-enredo da Escola de samba Unidos de Padre Miguel, do grupo 2B, “Aí vem dezembro”, de Robertinho 17. Para o carnaval de 1982, gravou para o Grupo 1A o samba-enredo da Escola de samba Unidos de São Carlos “Onde há rede há renda”, de Caruso e Djalma Branco. Gravou também para o Grupo 1B o samba-enredo da Escola de Samba Unidos de Lucas, “Lua viajante”, de Zeca Melodia, D. Gertrudes e Dagoberto de Lucas. Em 1984, sua gravação para o samba enredo “Viagem Fantástica às Terras da “Ibirapitanga”, foi incluída no LP “10 anos de Samba Enredo – G. R. E. S. Imperatriz Leopoldinense” da Top Tape. Em 1987, gravou o samba enredo “Tradição de uma raça”, de Ormindo, da Escola de samba Arranco em sua última participação em discos de sambas enredo. Um dos pioneiros na gravação de sambas enredo para o carnaval numa época em que as Escolas de Samba ainda não possuiam intérpretes oficializados gravou sambas enredo para o Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Lucas, Arranco, Unidos do Jacarezinho e Salgueiro. Lançou 19 discos solo em 78 rpm e LPs além de participar em cerca de 25 coletâneas e LPs de sambas-enredo.

Discografias
1964 Copacabana 78 Não diga adeus/Laranja da Bahia
1963 Copacabana 78 Adeus Dolores/Uma lágrima
1963 Copacabana 78 Piau
1963 Copacabana 78 Sofrimento
1963 Copacabana 78 Tudo acabado
1963 Copacabana 78 Véu da saudade/Onde estás felicidade
1962 Copacabana 78 Esperança/Passarela da Avenida
1961 Copacabana 78 Adeus amor/Izabel
Obras
Exaltação Brasil holandês (c/ Chocolate do Salgueiro e Mano Décio)
Laranja da Bahia (c/ J. Maia)
É uma verdade (c/ José Paulo e Mano Décio)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.