A. F. da Conceição

Foi contratado em 1929 pela Parlophon gravando com o intrumentista Henrique Xavier Pinheiro a valsa “Saudades de Portugal” e o fado “Fado da Conceição”, ambos de sua autoria em disco no qual tocou guitarra portuguesa e Xavier Pinheiro, violão. Especializando-se sempre em música portuguesa ou ao menos de temática lusa, no ano seguinte, gravou com Xavier Pinheiro a marcha “Vasco da Gama” e a valsa “Elza”, de sua autoria e Xavier Pinheiro. No mesmo ano, gravou em solo de guitarra, de sua autoria, a valsa “Beba”, o fado “Terra de Portugal”, o fox-trot “Miss Portugal”, e o jota “Saudades de Sevilha”, além da valsa “Nair”, de Xavier Pinheiro.
Em 1931, gravou em solo de guitarra o tango “Regina”, de sua autoria e Xavier Pinheiro. No mesmo ano, gravou com vocal de Benício Barbosa o fado “Canção transmontana”, e com Xavier Pinheiro em dueto instrumental, a valsa “Recordações de Helena”, ambas de sua autoria. Já considerado como um dos maiores executantes de música portuguesa no Brasil, atuou na gravadora Odeon como acompanhante de gravações tocando guitarra portuguesa em registros de fados dos cantores Joaquim Pimentel e Manoel Monteiro. Em 1938, acompanhou na Victor, tocando guitarra, o cantor José Lemos na gravação do corridinho “Corridinho do sul”, da marcha “Amor de perdição”, do “Vira da saudade”, e o fado-marcha “Duas pátrias”. Em 1951, o samba  “Não importa”, com Marilda de Oliveira, foi gravado no selo Carnaval pelo cantor baiano Vitor Bacelar.
Em 1956, sua valsa “Elza”, com Xavier Pinheiro foi regravada por Jacob do Bandolim no LP “Valsas evocativas” lançado pela RCA Victor. Em 1968, sua clássica valsa “Elza”, com H. X. Pinheiro, foi gravada por Carim Mussi no LP “No Tempo da seresta”, da gravadora Caravelle.