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Filha da poeta Elza Aparecida Ramos Amaral. Sobrinha-neta do poeta Edgard Braga, um dos formatadores da Poesia Concreta no Brasil ao lado dos irmão Campos (Haroldo e Augusto), Décio Pignatari, Mário Faustino e José Lino Grünewald.
Começou a escrever poemas as 13 anos.
Em 1986, ingressou no serviço público, no Ministério Público do Estado de São Paulo.
Em 1996 atuou na diretoria da União Brasileira dos Escritores.
No ano 2000 cursou, na PUC-SP, disciplinas no “Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica. Publicou poemas na coletânea “Brasil 2000: Antologia da poesia contemporânea brasileira – Editora Alma Azul, Coimbra, Portugal.
Tem poemas e textos traduzidos para o francês e espanhol.
Publicou artigos e resenhas, entre 1995 e 2002, em vários periódicos, entre os quais Revista da Biblioteca Mário de Andrade (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo); Jornal o Escritor; Jornal Linguagem Viva (Piracicaba); Revista da APMP; Ângulo (Cadernos do Centro Cultural Tereza D’Ávila – Instituto Santa Tereza, Lorena); Revista do Clube de Poesia; Revista Dialética (Maceió, AL) e Jornal Tribuna Piracicabana (Piracicaba, SP) com o artigo “Cássia, som e lâmina” em 2002. Neste mesmo ano de 2002 cursou Mestrado em Literatura e Crítica Literária na PUC- SP.
Atuou na Secretaria Municipal de Cultura do Estado de São Paulo, onde desenvolveu projetos como “Projeto Edgard Braga”, além de idealizar e coordenar os ciclos sobre literatura “Clarice Lispector” (1994); “Poesia 96” idealizado por Cláudio Willer, com a participação de Geraldo Carneiro, Alice Ruiz, Décio Pignatari, Nélson Ascher, Arnaldo Antunes, Manoel de Barros, Régis Bonvicino, Duda Machado, Carlos Ávilla e Carlos Vogt, entre outros; ), “Visualidades, Sonoridades, Movimento da Poética Contemporânea” (1997).
Durante a carreira de escritora publicou os livros “Desencontro” (São Paulo: Massao Ohno Editor, romance/1980), “Cosmoversos” (São Paulo: Massao Ohno Editor, poemas/1983), “Encadeamentos” (São Paulo: Massao Ohno Editor, poemas/1988), “Primeira Lua” (Em colaboração com Elza A. Ramos Amaral – São Paulo: Massao Ohno Editor, haicais/1990), “Poema sine praevia lege” (Massao Ohno Editor, poemas/1993), “Planagem” (São Paulo: Poesia reunida – Massao Ohno Editor, poemas/1998), “Alquimia dos Círculos” (São Paulo: Escrituras Editora, poesias/2003), “Luas de Júpiter” (Belo Horizonte, Editora Anome, 2007), “Escritos Jurídicos e Memórias” (São Paulo: RG Editores, 2016), “Os Fios do Anagrama” (São Paulo: RG Editores, 1ª.edição 2016. 2ª. edição RG Editores 2018), “Peixe Papiro”. (São Paulo: Editora Scortecci, 1ª. edição 2018. 2ª.edição Editora Scortecci, 2021) e “O Avesso do Arquipélago” (Lisboa: Editora In-Finita Portugal, 2019).
Em 1993 seu livro “Encadeamentos” foi objeto da dissertação de mestrado “Dos Rascunhos à Obra Editada: Um Itinerário Poético”, da professora Ana Luiza Campaña de Camargo Arruda Bauer.
Duas de suas características como escritora são bem explicitadas no texto “Asa livre”, do escritor e jornalista Rodolfo Konder, em apresentação de seu livro “Alquimia dos Círculos”, no qual o autor destaca as suas facetas pondianas da melopeia e da logopeia:
“Na fronteira sempre imprecisa entre a literatura e a música, feita de aragens e cogumelos, vertigens e ressonâncias, testes e espasmos, Beatriz atravessa as névoas da criatividade e relembra frequentemente o que jamais existiu. Como cabalística enxadrista, Beatriz Helena Ramos Amaral, ela mesma um verso, move personagens e emoções, entre lapsos e palavras, mais precisamente no silêncio de cada palavra, até nos oferecer esta irresistível alquimia dos círculos. Sobrevoa e contorna o leitor, circunda-o com sua asa esquerda, para finalmente seduzi-lo com a apaixonada musicalidade de sua poesia.”
No ano de 2024, ao lado de Pedro Marcondes, Eduardo Lacerda e Lilian Sais ministrou palestra na Casa Gueto, na Flip (Feira Literária Internacional de Paraty), na cidade de Paraty, palestrando sobre a obra de Eunice Arruda. Ainda em 2024 participou da antologia de poetas “Nós da Poesia Vol. 9 – Poemas verbais e visuais de poetas latino-americanos”, com lançamento no Espaço Cine Estação Net Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
No ano de 2025 publicou poemas na revista literária “Artéria”, editada por Omar Khouri e por Paulo Miranda, na edição “Artér12” – celebrando os 50 anos da revista, que reuniu poemas de Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Edgard Braga, Décio Pignatari, Ernesto de Melo e Castro, Antônio Lizárraga, Julio Plaza, Jac Leirner, Guto Lacaz, Alice Ruiz, entre outros. O lançamento ocorreu no Sesc Belenzinho, na cidade de São Paulo, logo depois, outro lançamento no MIS (Museu da Imagem e do Som), com exibição e pré-estreia do filme “Artéria: poesia em revista”, dirigido por Bruna Callegari. Ainda e 2025 participou da exposição “A Imagem, o Haicai e a Natureza”, com curadoria de Hélio Schonman e Carlos Bueno, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas, ao lado de outros autores, tais como Elza Ramos Amaral, Matsuo Bashô, Jorge Luis Borges, Guilherme de Almeida, Paulo Franchetti, Helena Kolody, Mário Benedetti, José Lira, Estrela Ruiz Leminski, em conexão com obras visuais de Katia Canton, Hélio Schonman, Paulo Barreto, Fernando Ekmann, Altina Felício, Constança Lucas e Vera Chalmers.
A partir do ano de 1968 começou os estudos musicais (violão erudito, teoria musical e harmonia).
Em 1974 começou a apresenta-se em recitais, como solista, por cidades de vários do Brasil.
No ano de 1981, foi bolsista do “XII Festival de Inverno de Campos de Jordão”, promovido pela Secretaria Estadual de Cultura, sob orientação do violonista Turíbio Santos. Dois anos depois, em 1983, participou do “I Festival de Música de Câmera de Blumenau”, sob orientação de Léo Soares.
No ano de 1985, pela FASM, de São Paulo, graduou-se em Música, especializando-se em violão erudito, na classe do professor Sílvio Santisteban. Fez apresentações ao instrumento em vários teatros brasileiros.
No ano de 2003 lançou a biografia “Cássia Eller – Canção na voz do fogo”, pela Escrituras Editora, de São Paulo.
No ano de 2010 lançou o CD “Ressonâncias”, em parceria com o músico Alberto Marsicano, declamando poemas seus e de Haroldo de Campos, acompanhada por músico Alberto Marsicano, no instrumento indiano sitar.
(c/ Alberto Marsicano)
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