Cantor. Compositor. Foi namorado da cantora Emilinha Borba.
Começou a carreira artística em 1935, na Rádio Cruzeiro do Sul, no Rio de Janeiro. Gravou seu primeiro disco em 1939, na Columbia, com acompanhamento de Napoleão Tavares e seus Soldados Musicais, as marchas “Pirulito”, com a participação de Emilinha Borba, e “Havaiana”, ambas de João de Barro e Alberto Ribeiro. Em seguida gravou a marcha “Quem É essa morena”, de Francisco Malfitano e Eratóstenes Frazão, em disco dividido com a dupla Irmãs Pagãs, que registraram a marcha “Eu Não Te Dou a Chupeta”, de Silvino Neto e Plínio Bretas. Ainda em 1939, gravou com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais o hino “Alegria Do Nosso Brasil”, de Heitor dos Prazeres, também conhecida como “Hino do carnaval”. Ainda em 1939, lançou mais três discos pela Columbia interpretando com acompanhamento de Orquestra de Cordas regida por Romeo Ghipsman a canção “Marinhas”, de Alberto Ribeiro e João de Barro, e a valsa “Onde mora a ventura”, de José Maria de Abreu e Osvaldo Santiago, com a orquestra de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais, o samba canção “Chora Coração”, de Ivone Rebelo, e o fox “Quanto Custa Uma Ilusão”, de Osvaldo Santiago e Milton de Oliveira, e, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional, as marchas “Quem Vê Cara”, de Eratóstenes Frazão e Francisco Malfitano, e “Ninguém deve duvidar”, de Arlindo Marques Júnior e J. Piedade. Por essa época foi uma das atrações da Rádio Clube do Brasil.
Em 1940, gravou com acompanhamento de Fon Fon e sua orquestra a marcha “Lua de mel”, de Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho, em disco dividido com Arnaldo Amaral, a marcha “Dança do ganso”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, o samba “Todo o mundo ama”, de Eratóstenes Frazão e Barão De Ergonte, e com Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais, o samba “Direito de pecar”, de Eratóstenes Frazão e Antônio Nássara, e a valsa “Pensa um minuto em mim”, de Mário Lago e Eratóstenes Frazão. Nesse ano atuou no filme “Laranja da China”.
Em 1941, novamento com acompanhamento de Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais gravou o samba “Primeiro Prêmio”, de Mário Lago, e a marcha “Teu Nome”, de Eratóstenes Frazão e Antônio Nássara. Nesse período atuou na Rádio Mayrink Veiga. No mesmo ano, atuou no filme “Vamos cantar”.
Em 1942, ingressou na gravadora Victor e lançou as marchas “Pequena Sapeca”, de Russo do Pandeiro, Humberto Porto e Roberto Roberti, e “Segue à Madureira”, de Otacilio Viana e Sebastião Viana. No ano seguinte, gravou as marchas “Mulher”, de Roberto Roberti e Pereira Matos, “Depois Que Despertei”, de Pereira Matos e Pedrito. Por essa época resolveu tentar a carreira no cinema e viajou para os Estados Unidos, e por lá se apresentou em diferentes night clubs além de se apresentar na NBC de Nova York. Sua ida para os Estados Unidos contou com ampla cobertura da imprensa.
Em 1950, gravou como crooner no LP “Samba – Chuy Reys And The Brazilians – Vocal: Nilton Paz”, da gravadora Capitol (USA), interpretando os sambas “Mara-catu”, de Laurindo Almeida e Chuy Reys, “Maria From Bahia”, de Paul Misraki e Albert Gamse, e o tema tradicional “Bambo do Bambú”. Por essa época retornou ao Brasil.
Depois de um tempo sem gravar retornou às gravações em 1954, pela Todamérica, registrando os sambas “Cartaz”, com Garcia, e “Ao Teu Lado”, de sua autoria. No mesmo ano, gravou pelo selo Santa Anita os sambas “Deixa Eu Beber”, com Luis Soberano, e “Cobra Coral”, com Santos Garcia. Também em 1954, gravou na Columbia os sambas “A Maria É A Maior”, de A. Valente, Mendes Sobrinho, Júlio Zamora e A. Godinho, e “Meu Projeto”, de Índio Do Brasil e J. Piedade. Em 1955, de novo no selo Santa Anita, gravou os sambas “Tutuquinha”, de Santos Garcia, e “Fortunato Ventura”, de Brasinha e N. Figueiredo. Em 1956, assinou contrato com a gravadora pernambucana Mocambo e lançou três discos com os sambas “Incompatibilidade”, de Jorge de Castro e Wilson Batista, “Quem Sou Eu Pra Ser Juiz”, com Santos Garcia, “Fantasma”, de Doca, Victor Simon e Pereira Matos, e “Não Há Doutor”, de Victor Simon, Pereira Matos e José Roy, e os sambas canção “Porque Brilham os Teus Olhos”, de Fernando César, e “Chove Chuva”, de Castro Perret e Elias Ramos, em faixa que contou com a participação de Os Cancioneiros. No ano seguinte, também na Mocambo gravou os sambas “Viagem à Lua”, de Portinho, Wilson Falcão e Machado Filho, e “Madame Fulano de Tal”, de Cyro Monteiro e Dias da Cruz, e o fox “Mad’moiselle Arabel”, de Jean Tranchant. Versão de Maria do Céu.
Em 1958, pela Copacabana lançou as marchas “Meu Carnaval”, de Max Nunes e J. Maria, e “Dorme Neném”, com Santos Garcia. Em 1959, registrou pela Copacabana os sambas “Cinderela”, de Péricles Leal e Isabel C. Toledo, e “Pensando Em Você”, de sua autoria, e, pelo selo Marajoara, a marcha “Turma Da Praia”, de Haroldo Lobo e Peterpan. Também nesse ano, esteve presente na coletânea carnavalesca “Carnaval de 1959 – Nº 2” da gravadora Copacabana com a marcha “Meu Carnaval”, de Max Nunes e J. Maria. Para o carnaval de 1961, registrou o samba “Meu Barraco”, de Max Nunes e J. Maia, que fez parte da coletânea “Tudo é Carnaval Nº 2”, do selo Carnaval/Copacabana.
Atuou nas Rádios Cruzeiro do Sul, Rádio Clube e Mayrink Veiga. Deixou gravações nas gravadoras Columbia, Copacabana, Mocambo, Santa Anita e Carnaval. Seus maiores sucessos foram: “Pirulito que bate bate”, “Direito de pecar”, “Tutuquinha”, e “Porque brilham os teus olhos”.