
Compositor. Poeta. Letrista. Jornalista. Nasceu na cidade paraense de Bragança por volta de 1880 e faleceu por volta de 1940, provavelmente no Pará. Estudou na Europa e passou um longo tempo em Paris. De volta ao Brasil foi para o Rio de Janeiro onde colaborou em jornais e revistas em especial na revista “O Malho”. Fez parte do grupo de Álvaro Moreira e também escreveu para revista “Para Todos”. Em 1930, voltou para o Pará onde viveu seus últimos dias de forma errante indo constantemente de Bragança para Belém e vice-versa. Grande boêmio, desapareceu de forma misteriosa.
Nascido no Pará, mudou-se para o Rio de Janeiro onde participou da vida musical e boêmia do começo do século XX tornando-se letrista de algumas composições. Fez letras para o tango-canção “Ao reflorir do amor”, com Pedro de Sá Pereira, para o tango “Caridade”, com Careca, e para o samba-canção “Ranchinho desfeito”, com Donga. Fez letra para as valsas “O amor pode mais que a morte”; “Não penses… Em cousas tristes”; “Nobreza dalma” e “Vertigem da paixão”, todas da Viúva Guerreiro. Compôs ainda “Biombo chinês” uma versão para o fox-trote “Honolulu blues”. Editou em Fortaleza o foxtrot “Garça branca”. É autor da letra do “Hino de Bragança” musicado por Raimundo Mota da Cunha. Em 1926, a toada “Ranchinho desfeito”, com Donga, foi gravada na Odeon pelo cantor Patrício Teixeira, embora seu nome tenha sido omitido do selo do disco no qual a parece apenas o nome de Donga. Por essa mesma época o tango “Caridade”, com Luiz Nunes Sampaio, o Careca, foi gravado na Odeon pelo cantor Brandão, e novamente seu nome não constou do selo do disco no qual aparece apenas o do autor da música, o compositor Careca.