
Músico, compositor, cordelista, cantor e capoerista.
Na adolescência tocava instrumentos de percussão em rodas de samba.
Em 1992 entrou para a academia de capoeira de Mestre Camisa. Por esta época, começou a compor ao berimbau. Deste convívio com o universo da capoeira do Rio de Janeiro, recebeu a alcunha de Lobisomem, que passou a usar como nome artístico.
Em 2007 foi eleito para a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, por ter lançado os seguintes títulos no gênero:
“O desafio de Jackson do Pandeiro com Mestre Canjiquinha”;
“O Encontro de Luiz Gonzaga com Mestre Waldemar no Céu”;
“O Maravilhoso Encontro de Jorge Benjor com São Jorge”;
“A Fantástica História de Zeca Pagodinho, o Disco Voador e o Extraterrestre”;
“Jovelina Pérola Negra e a Confusão na Feirinha da Pavuna”;
“A Chegada de Bezerra da Silva no Céu”;
“A Chegada de Tim Maia no Céu”;
“Caciqueando em Cordel – A História dos 50 Anos do Bloco Cacique de Ramos”;
“O Desafio de Jackson do Pandeiro com Mestre Canjiquinha”;
“A Lendária História de Arlindo Cruz e o Bagaço da Laranja”;
“Zé de Lelinha – Lendário violeiro do Samba Chula”;
“As Valentias de Madame Satã”;
“Tia Maria do Jongo da Serrinha”;
“Mestre João Grande de Pastinha”;
“Chico Braga da Ilha de Algodoal”
e “Jorge, o Dragão e o Cavaleiro que Sabia Voar”.
No ano de 2012 publicou cordéis na revista do GRES Acadêmicos do Salgueiro que apresentava o enredo “Cordel Branco e Encarnado”.
No ano de 2015 foi citado como verbete no “Dicionário da História Social do Samba”, de Nei Lopes e Luiz Antônio Simas, publicado pela Editora José Olympio.
Em 1992, com o percussionista do Grupo de Capoeira do Mestre Camisa, apresentou em espetáculos e aulas. Por esta época passou a integrar, como percussionista, grupos de samba, apresentando-se em bares e festas.
No ano de 1999 participou, como percussionista, da gravação do CD em homenagem ao centenário do capoeirista Mestre Bimba. Por essa época, passou a ser convidado pelo Grupo Abadá-Capoeira para outras gravações de músicas de capoeira em CD, como intérprete, compositor, instrumentista e produtor.
No ano de 2005, sua composição “Água pra viver”, em parceria com Cebolão, foi tema da encenação “Água de beber”, do grupo teatral Intrépida Trupe. No ano posterior, em 2006, participou como ator e músico do musical “Besouro Cordão de Ouro”, de Paulo César Pinheiro, com direção musical de Luciana Rabello, vencedor do “Prêmio Shell”, na categoria de “Melhor Música” naquele ano. O espetáculo ficou sete anos em cartaz por 20 estados do Brasil. Três anos depois, em 2009, lançou o primeior CD solo intitulado “Capoeira popular brasileira”, no qual mesclou instrumentos tradicionais da capoeira ao cavaquinho e ao violão. No ano seguinte, em 2010, participou tocando berimbau e viola em todas as faixas do CD “Capoeira de Besouro”, de Paulo César Pinheiro. O disco foi indicado ao “Grammy Latino” e ganhador do “22º Prêmio da Música Brasileira”, na categoria “Melhor Álbum Regional.
Em 2014 lançou o segundo disco de nome “Tem Capoeira no Samba”, com composiçôes próprias e regravaçôes de clássicos do samba que abordam a temática da capoeira.
Em 2018 e 2019 participou como músico dos shows “70 Anos de Paulo César Pinheiro” e “50 Anos da Música Lapinha”.
Como percussionista atuou em estúdios e shows acompanhando Mestre Siqueira, Glória Bomfim, Luciana Rabello, Wagner Nascimento e Gabrielzinho de Irajá.
LOPES, Nei, SIMAS, Luiz Antônio. Dicionário da História Social do Samba. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2015.