
Instrumentista. Violonista. Começou na música ainda jovem quando saiu de casa para morar com um grupo de ciganos espanhóis. Seu primeiro instruento de cordas foi improvisado: um pedaço de madeira com quatro linhas de pescar esticadas. Ganhou o primeiro violão de presente da mãe.
Tendo aprendido o flamenco começou a misturar a música espanhola com a música nordestina. Tocou guitarra em diversos conjuntos de rock. Posteriormente, integrou o conjunto LG Som, que acompanha Luiz Gonzaga. Tocou ainda com Dominguinhos, Sebastião Tapajós, Márcio Greick, Reginaldo Rossi e Jerry Adriani. Em 1981, teve as músicas “Experiência” e “Pedra de Atiradeira”, com Miguel Filho, gravadas pelo Quinteto Violado no LP “Desafio”. Em 1982, participou do Festival MPB Shell, promovido pela Rede Globo, concorrendo com a música “Quero mais”, parceria com Marcelo Mello e Toinho Alves, integrantes do Quinteto Violado, grupo que a defendeu no festival obtendo o quarto lugar. Em 1986, seu baião “Vâmo Baiá” foi gravado por Sebastião Tapajós no LP “Visões do Nordeste”.
Em 1989, lançou de forma independente seu primeiro LP “Fantasia nordestina” com as músicas “Fantasia Para Missa do Vaqueiro”, “Aboio”, “Ilse e o Mar”, “Os Olhos de Neli”, e “Fantasia Nordestina Para Frevo e Ciranda”, todas de sua autoria, “Quero Mais”, com Marcelo Melo e Toinho Alves, “Toada do Gado”, de Vavá Machado e Nelson Marcolino, “Disparada”, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, “Acauã”, de Zé Dantas, “A Saudade Mata A Gente”, de João de Barro e Antônio Almeida, “Luar do Sertão”, de José Martins de Morais Guimarães, “Sabiá”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “Último Pau-de-Arara”, de Venâncio, Corumba e José Guimarães, “Pau-de-Arara”, de Guio de Morais e Luiz Gonzaga, “Vassourinhas”, de Mathias da Rocha e Joana Batista Ramos, os temas tradicionais “Mulher Rendeira” e “Ciranda da Lia”, e “Juazeiro”, “Légua Tirana” e “Qui Nem Jiló”, as três de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Esse disco, no qual tocou violão e fez os arranjos, contou com as participações de Paulo Moura, no Sax alto, e Sergio Kirillos, nos teclados e Efeitos. Em 1990, foi convidado pela gravadora American Disc Corporation para gravar seu segundo disco, “Dança cigana”, em Nova York, onde foi lançado o disco, que contou com arranjos seus e foi produzido por Naná Vasconcelos e Arto Lindsay e apresentou as músicas “Baião Em Nova York”, “Ilse e o Mar”, “Dança Cigana”, “Aboio”, “Sonhando”, “Glorinha”, “Os Olhos de Neli” e “Fantasia Para Missa do Vaqueiro”, de sua autoria, “Disparada”, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, “Acauã”, de Zé Dantas, “Qui Nem Jiló”, “Légua Tirana” e “Juazeiro “, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, “Toada de Gado”, de Vavá Machado e Arlindo Marcolino, o tema tradicional “Mulher Rendeira”, e “Último Pau-de-Arara”, de Venâncio, Corumba e José Guimarães, além de “Fantasia Nordestina Para Frevo e Ciranda”, de sua autoria, “Quero Mais”, com Marcelo Melo e Toinho Alves, a tradicional “Ciranda da Lia”, e “Vassourinhas”, de Mathias da Rocha e Joana Batista Ramos, que contaram com a participação instrumental de Paulo Moura. Este disco seria lançado no Brasil em 1992, pelo selo Eldorado. Nos anos 1991 e 1992, realizou cerca de 60 shows em Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Pouco depois devido à doença de sua mãe voltou a viver em Bodocó e ficou seis anos sem tocar. Em 1997, suas composições “Sairê” e “Catirimbó”, com Sebastião Tapajós, foram incluídas no LP “Amazônia Brasileira – Sebastião Tapajós e Nilson Chaves”, do selo Outros Brasis. Considerado um virtuose do violão.
PHAELANTE, Renato. MPB – Compositores pernambucanos – Coletânea bio-músico-fonográfica – 100 anos de história. Pernambuco, CEPE Editora, 2010.