
Poeta. Nascido em Fortaleza, foi para o Rio de Janeiro estudar agronomia conforme desejo do pai. No Rio de Janeiro tornou-se amigo de Paula Souza famoso tipógrafo e através dele conheceu diversos intelectuais. De volta ao Ceará foi diretor da Biblioteca Pública de Fortaleza. Foi sócio fundador do Instituto do Ceará. Ocupou a cadeira de número 23 da Academia Cearense de Letras.
Iniciou-se nas letras no Rio de Janeiro onde escreveu poemas que foram publicados na revista “Marmota Fluminense”. Voltou ao Ceará, e em 1856, publicou o livro de poemas “Prelúdios poéticos”, segundo a estética do romantismo. Este livro é apontado pelo estudioso Mario Linhares como sendo o marco inicial da literatura cearense. Em 1865, publicou o livro “Lendas e canções populares”. Ainda em Fortaleza colaborou com os jornais “A Constituinte” e “Pedro II”. Segundo a pesquisadora Maria do Sameiro Fangueiro, “Para alguns estudiosos, seria o criador da poesia de motivos e feição populares no Brasil. Seus versos reproduzem os costumes, as crendices, os folguedos, os sentimentos e a bravura do povo. É considerado o pioneiro do uso do folclore do nordeste, na poesia de larga divulgação”. Teve alguns de seus versos musicados e gravados em discos. Em 1968, a cantora Nara Leão em LP da gravadora Philips registrou a modinha “Medroso de Amor”, com música de Alberto Nepomuceno. Em 2005, teve o poema “Jangada de Vela” musicado e gravado por José Barrense Dias no CD independente “Músicos brasileiros na Suíça – Brazilian Musicians in Switzerland”. Em 2009, a cantora Ângela Diel no CD independente “Canto Brasileiro” registrou o poema “A Jangada” com música de Alberto Nepomuceno. Teve ainda o poema “Quebra o Coco Menina” musicado por Camargo Guarnieri e gravado por Lia Salgado no LP “Interpretando autores brasileiros” da gravadora Sinter. Infelizmente, sua importância como pioneiro da música cearense, e brasileira, nunca foi devidamente reconhecida.