David do Pandeiro

Entre 1961 e 1963 fez parte da Ala de Compositores do Império Serrano, vencendo por dois anos seguidos a disputa: Em 1961 com o samba-enredo “Movimentos Revolucionários e Independência do Brasil – Inconfidência Mineira”, classificando a escola em 4º lugar; e em 1962, com o samba-enredo “Reino dos Vice-Reis”, classificado em 2º lugar no desfile deste mesmo ano.

Na década de 1960, integrou o grupo Mensageiros do Samba, ao lado de Candeia, Casquinha e Arlindão (pai de Arlindo Cruz).

Na década de 1970 sua composição “Vai, saudade”, em parceria com Candeia, foi gravada por Clementina de Jesus.

Como músico trabalhou em shows de Carlos Machado e Walter Pinto, além de shows e estúdios com Carmen Costa e Elizeth Cardoso. 

Na década de 1990 passou a integrar a Velha-Guarda Show da Portela como cantor, compositor e músico (substituindo Alberto Lonato falecido em 1998), com a qual excursionou por vários estados brasileiros e países da Europa e América do Sul.

No ano 2000 Marisa Monte, cantora e compositora, filha de Carlos Monte, um dos ex-diretores da Escola de Samba Portela, produziu o CD “Tudo azul”, da Velha-Guarda da Portela. Neste CD, lançado pelo Selo Phonomotor Records e distribuído pela EMI/Music, a Velha Guarda recebeu vários convidados, entre eles Paulinho da Viola na faixa, Cristina Buarque, Zeca Pagodinho, além da própria Marisa Monte. No CD foi incluída sua composição “Vai saudade”, em parceira com Candeia. O disco foi lançado em show no Canecão em fevereiro do mesmo ano, tendo a participação de vários convidados ilustres e ainda no Palace, de São Paulo nos dias 23 e 24 do mesmo mês.

Em 2008 foi um dos entrevistados no documentário “O Mistério do Samba”, produzido por Marisa Monte e dirigido por Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor.

Sobre a importância do filme destacamos o comentário de Marisa Monte, também coprodutora e coroteirista do filme:

“O ensinamento mais precioso da Velha Guarda não é a preservação daquela forma de samba, mas sim um conselho para que os artistas se relacionem com sua arte com a mesma paixão que eles mostram. Uma paixão que não passava pelo profissional, eles ganhavam dinheiro em outras atividades. A música ali é pura expressão do sentimento. Nosso olhar no filme é sobre a presença humana na música, o cotidiano, o samba como celebração e forma de preservar valores e a memória da comunidade. O assunto é o ser humano e sua criação.”

Entre seus parceiros consta João Nogueira.

Suas composições foram gravadas por Clara Nunes, Arlindo Cruz, Cauby Peixoto, Paulinho da Viola, Teresa Cristina, Clementina de Jesus, João Nogueira e Monarco, entre outros.