Cantor. Compositor. Instrumentista. Poeta. Produtor musical. Professor.
Foi iniciado no candomblé de origem congo-angolana, ocupando o cargo de Tata Kambondo no Terreiro Tumbenci de candomblé, em Salvador (BA).
Iniciou seus estudos de violão clássico aos 14 anos de idade. Aos 16, já compunha em várias línguas africanas e europeias.
Concebeu seu próprio violão, que chamou de “violão-tambor”, com afinação, textura e disposição cordofônica próprias.
Graduou-se em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Estudou a fundo as estruturas linguísticas dos idiomas Kimbundo e Kikongo, naturais da Angola e do Congo.
Em 2010 mudou-se para São Paulo.
Atuou como professor do Instituto de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em 2008 foi o vencedor do “Edital de Apoio a Conteúdo Digital de Música” da Secretaria de Cultura da Bahia, com o qual lançou em 2010 seu primeiro CD “Maçalê”, cujo título significa “o poder do orixá em mim”. O disco incluiu 12 faixas de sua autoria e contou com a participação da cantora Virgínia Rodrigues, com quem se apresentou nesse mesmo ano na Cúpula Internacional das Nações Unidas. Foi o primeiro na história fonográfica brasileira com composições em línguas africanas.
Em 2010 Participou de um programa na rádio BBC de Londres (Inglaterra). Apresentou-se no festival de música “Sfinks” na Bélgica, com transmissão ao vivo para a Rádio Nacional Belga. Gravou um programa para a TV4, principal canal de televisão da Suécia. Atuou como palestrante e músico na 29º edição da “Bienal de São Paulo”. Ainda em 2010 foi uma das atrações do “Mercado Cultural da Bahia”.
Em 2011 viajou em turnê pela Europa, apresentando-se no Espace Senghor, em Bruxelas (Suíça) e no Stallet, na Suécia.
Estabeleceu um intercâmbio musical com o artista guineense Sidiki Condé, radicado em Nova Iorque, com o qual realizou apresentações no Brasil e fora do país.
Escreveu trilhas para peças teatrais baseadas nas obras de Cecília Meireles e Bertold Brecht.
Teve músicas citadas em diversas revistas especializadas, como a inglesa Songlines.
Em 2012 lançou, pelo selo sueco ajabu!, o CD “The invention of color”, que contou com participação de cantores como a norueguesa Ane Brun, a cabo-verdiana Mayra Andrade, o baiano Lazzo Matumbi, e o senegalês Maher Cissoko. O disco, gravado em Estocolmo (Suíça) e produzido pelo percussionista sueco Sebastian Notini, reuniu composições de sua autoria em cinco idiomas.
Em 2013 fez uma residência artística no Senegal com o apoio da Unesco. Nesse mesmo ano realizou o show de lançamento nacional do disco “The invention of color”, no Teatro SESC Casa do Comércio, em Salvador (BA), com participações do músico Maher Cissoko e da artista plástica e dançarina Clara Domingues.
Já se apresentou ao lado de artistas como Roberto Mendes, Luiz Brasil, Mou Brasil, Fabiana Cozza, Mariana Aydar, Márcia Castro, Jussara Silveira, Ane Brun, Joakim Milder, Maher Cissoko, Mayra Andrade, entre outros.
Participou do CD “Mestiço”, da cantora baiana Jurema Paes, no qual ela gravou músicas de sua autoria como “Ogum de Ronda”, faixa que abre o disco, “Nkongo”, que encerra o disco, a faixa em francês “Le mali chez la carte invisible”, a faixa em inglês “Elizabeth Noon”.
Em 2015 lançou o CD autoral “Tempo & Magma”, gravado em 2014 em Dacar (Senegal) e dividido em dois discos Interior e Anterior, com músicas cantadas em português, em inglês e em quatro idiomas africanos (kikongo, kimbundu, wolof e mandinka). Produzido por Sebastian Notini e Andreas Unge, o CD foi disponibilizado na internet e contou com a participação da cantora Céu e da ialorixá baiana Mãe Stella de Oxóssi.
Em 2019 foi eleito pela revista britânica como um dos dez músicos em destaque da cena musical brasileira.
Em 2020 lançou o CD “Vida-código”, gravado pelo selo sueco Abaju!, com músicas como “Ilê, se eu gostasse de você” (c/ Nego Tica), em que cantou ao lado de sua mãe, Arany Santana; “Disu ye mvula”, gravada no dialeto kibongo; “Aclarate”, cantada em espanhol; a música bilíngue “Flor destinada”, com letra em português e francês; entre outras. Nesse mesmo ano lançou o CD “Milagres”, uma releitura do disco censurado “Milagre dos Peixes” (1973), de Milton Nascimento. O disco foi gravado com a participação dos músicos Sebastian Notini (percussão) e Ldson Galter (baixo).
Em 2024 lançou o álbum “Caçada noturna”, com sete faixas, dentre as quais “Das matas”, da autoria do historias Fabrício Mota; e “O véu”, com a participação especial de Fabiana Cozza.