Escritor (Poeta e letrista). Psicólogo.
Formou-se em Psicologia no ano de 1972, passando a atuar como Psicólogo Clínico a partir de então. Ainda na década de 1970, ao lado de outros poetas, tais como Ivan Wrigg, Kuri e Aldir Blanc, formou o grupo de poetas AdVersos, integrante do MAU (Movimento Artístico Universitário), composto também pelos poetas-letristas Paulo Emílio, Cláudio Tolomei e Marco Aurélio, além dos músicos Ivan Lins, Gonzaguinha, Cláudio Jorge e César Costa Filho, entre outros.
Entre as décadas de 1980 e 1990 pertenceu ao Departamento de Psicologia da USP, dirigido por Rachel Rosenberg, foi um dos fundadores do Grupo de Psicologia Humanista do Estado do Rio de Janeiro e de São Paulo, nos anos 80 e atuou como diretor clínico e cultural, do Instituto de Psicoterapia George Politzer, onde promoveu diversos eventos com representações cientificas, políticas e artísticas.
Participou como palestrante em congressos nacionais e internacionais.
Como escritor lançou os livros “AdVersos” (Coletânea de poetas do grupo, 2004); “Cartas Trocadas: Teórico – experimental” (coautoria com a psiquiatra Elizabeth Coutinho, 2011); “Natalinos” (poesias, coautoria com a poeta e psicóloga Kuri, 2012); “O Toque de Sócrates” (coautoria com Silas Sarmento, 2020) e “Não Sei de Cor” (psicologia, 2022), volume lançado no “Encontro Brasileiro de Psicologia Humanista de Itacuruçá”.
No ano de 2024 lançou o livro “Intenções e Gestos – Causos, fatos e poesias”, no Restaurante Bacalhau do Rei, no bairro da Gávea, zona sul dom Rio de Janeiro. O volume contou com capa do artista gráfico Rui de Carvalho, prefácio de Ivan Wirgg, do qual destacamos o trecho:
“Não há como separar o homem do poeta e do psicólogo. Não há como dividi-lo. Na música, na literatura, Luiz se lança intensamente. Ele vive como se fosse parte do texto e da melodia, tragicamente, integrado a elas, como uma criança que brinca com seu brinquedo favorito.”
O livro contou com texto de contracapa de Euclides Amaral:
“A poética de Luiz Alfredo Millecco situa e está imbuída de dois dos principais códigos da literatura: a melopeia, por seu trabalho de letrista da MPB e a logopeia, por conta da sua atuação como psicólogo. É ler para crer!”
Nos anos 70 e 80 participou de vários festivais universitários de música, nos quais galgou colocações diversas. Por essa época, também atuou como jurado de festivais estudantis e universitários.
No ano de 2003 foi lançado o CD “Paterna”, de Silas Sarmento e Luiz Alfredo, no qual o parceiro, violonista e melodista, interpretou as faixas “Notícia”, “Aparece”, “Paz”, “Modinha”, “Limitação”, “Pulsações”, “Frevo das meninas”, “Dolores”, “Beijo”, “Ditados”, “Íã Catu”, “Lembranças” e a faixa-título “Paterna”, todas, parcerias da dupla. O disco contou com arranjos do pianista Itamar Assiére, produzido por Cláudio Jorge (violão), Camilo Mariano (bateria), Ivan Machado (baixo), Lulu Pereira (trombone), Nélson Oliveira (trumpete), José Carlos Bigorna (sax) e Zé Luiz Maia (baixo), além da participação especial das cantoras Luíza e Júlia Sarmento na faixa “Frevo das meninas”, e da cantora Ana Maria Sarmento na composição “Dunas”. O trabalho trouxe textos de apresentação de Guinga e Cláudio Jorge, dos quais destacamos os seguintes trechos:
“O suburbano Silas Sarmento, na bela companhia do tijucano Luiz Alfredo Millecco, são dois representantes desta carta na maga do colete que o Redentor usa quando faz trato com alguns conterrâneos cariocas. Essa parceria não precisava fazer tanta música bonita, bastar ouvir ‘Íã Catu’ pra saber que Villa-Lobos também foi pingente da Central ao visitar os quintais de Marechal Hermes.” (Guinga)
“Produzir este disco, onde ele canta suas parcerias com o Luiz Alfredo, belamente arranjadas por Itamar Assiére, foi mais um sarro fruto da convivência de quatro amigos de juventude. Silas, Luiz Alfredo, Zé Luis (Neco) e eu somos de uma amizade eternizada no reencontro nos bares do Rio de Janeiro, onde os papos giram principalmente em torno da boemia, da música, da poesia e de nossos amores.” (Cláudio Jorge).
Ainda em 2003 o parceiro Sidney Mattos lançou o CD “A Minha Canoa”, disco integrado por parcerias da dupla Sidney Mattos (melodia) e Luiz Alfredo Millecco (letras), tais como “A minha canoa”, “Aviso”, “Cantinho”, “Volta pra mim”, “Gincanas”, “Jack”, “A tua voz”, “Por que o amor acaba?”, “Não é verdade” e “Para sempre”. No ano seguinte, em 2004, suas composições “Amigo”, “Pompas”, “Na surdina”, “Se o amor deixar” e “Voltar”, todas em parceria com Sidney Mattos, foram incluídas no CD “Boas Novas”, de Sidney Mattos. Ainda em 2004 teve composições gravadas no CD “Song-book” do maestro José Luiz de Souza.
O parceiro Sidney Mattos voltou a gravar composições da dupla, em 2007, no CD “Eu Sou Assim”, no qual interpretou “Ok! Meu bem”, “Feitiço”, “Meu Brasil”, “Mutilados”, “Os mares”, “A lua nos chama” e a faixa-título”, todas parcerias de ambos.
No ano de 2013, pela gravadora Guitarra Brasileira, a cantora e compositora Elza Maria lançou o CD “Dança de Ternuras”, com direção musical de Alfredo Machado, no qual interpretou somente parcerias com Luiz Alfredo Millecco (letras). O disco contou com participações especiais de Geraldo Azevedo (voz) na faixa “Toda canção”, além de texto de apresentação; Renato Piau (guitarra) em “Desencontrado”; Áurea Regina (gaita de boca) em “Eu vi o mar”; “Implora”, “Gin”, “Sereias”, “Te amando”, “Pedras portuguesas”, “O boto” e “Cobertor”, além da faixa-título “Dança de ternuras”. No ano seguinte, em 2014, compôs com Ronaldo Millecco o tema musical para o curta-metragem “L’amour e as carpideiras”, de Lucas Millecco. Neste mesmo ano criou textos, poemas e composições para o musical “Mulheres do Brasil”, com Janaina Azevedo, Beth Lamas e Samir Farias.
No ano de 2015, pelo Selo Tamos Produções, Sidney Mattos lançou o CD “Elas Me Cantam”, com a participação de várias intérpretes, no qual Dorina regravou “A minha canoa”; Vika Barcellos interpretou “Volta pra mim”; Elza Maria cantou a faixa “Não é verdade”; Áurea Martins regravou “Mutilados”; Rosana Sabença interpretou “Os mares” e Lucinha Lins regravou “Eu sou assim”. Neste mesmo ano participou na criação do grupo NÓS – Teatro, Música e Poesia e criou textos e poemas para show de Janaina Azevedo. No ano posterior, em 2016, foi lançando um CD autoral em parceria com Samir Farias.
No ano de 2020 Elza Maria interpretou “Dança de ternuras”, parceria de ambos, na coletânea digital “Feminino Tom”, produzida por Renato Piau para o selo Guitarra Brasileira.
Entre seus parceiros consta o violonista e compositor Cláudio Jorge em “Só você”, em disco ganhador do “Grammy Latino” .
Tem parcerias inéditas e gravadas com Ronaldo Millecco (banda AR4), Luhli, Janaina Azevedo, Samir Farias, Clarisse Grova, Raquel Durães, Aldo Luiz, José Carlos Dantas, Ivan Wrigg, Cláudio Jorge, Achilles Grazzaneo, Pery Ribeiro, Silas Sarmento, Fernando Coelho, Neco, Ivan Machado, Rui de Carvalho e Alfredo Machado, entre outros.
Paterna - Silas Sarmento e Luiz Alfredo
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.