
Cantora. Compositora. Casada com o compositor Manoel Ferreira, de quem se tornou parceira musical. Com quase 80 anos de idade, ainda nos anos 2016, fazia shows com o marido pelo interior de São Paulo.
Iniciou a carreira cantando em programas de calouros em rádios com era de praxe na época. Começou a se destacar e foi contratada pela gravadora Todamérica pela qual estreou em agosto de 1952 gravando os baiões “De-len-den-bão”, de Sátiro de Melo e M. L. Robino, e “Baião da praia”, de João Bené e Augusto Alexandre. Em novembro do mesmo ano, lançou com acompanhamento de orquestra o samba “Vou tirar meu pé do lodo”, de Ataulfo Alves e Conde, e a marcha “Bikini de filó”, de Alberto Ribeiro e João de Barro. Em 1953, gravou com acompanhamento de conjunto o samba “Cena repetida”, de Oldemar Magalhães e Alberto Jesus, e a marcha “Mia gato”, de Mário Vieira. Em janeiro de 1954, estreou na gravadora Columbia com um disco que trazia o samba “Justiça do céu”, de Marcelino Ramos e Horácio Felisberto, e a marcha “Pulga na camisola”, de Amauri Silva, Almeida Filho e Ermínio Vale. No mesmo ano, gravou o batuque “General Guanabara”, de Oldemar Magalhães e Sussu, o baião “Rainha da cachoeira”, de Antonio Braga e Valdir Machado, o samba “Desculpa de fraco”, de Atailor de Souza, Marcelino Ramos e José Dias, e a marcha “Deixa o pau comer”, de José Gonçalves, Zilda do Zé e J. Reis. Radicada em São Paulo fez apresentações em clubes noturnos e em rádios locais. Em 1955, registrou os sambas “Samba nego”, de Renato Gaetani e Magno de Oliveira; “Cinza”, de Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Renato Gaetani; a batucada “Saravá Ogum”, de Pereira Matos e S. Matos; o samba-canção “Garça”, de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho; o baião “Mestra Júlia”, de Rômulo Paes e M. P. Gaetani, e a marcha “Quebranto de solteirona”, de Rutinaldo e Ermínio Vale. Nesse ano, suas interpretações para o samba “Cinza” e para a marcha “Quebranto de solteirona” foram incluídas na coletânea carnavalesca “Carnaval 1956” da Columbia. No ano seguinte, lançou o samba “Be-bop no samba”, de L. Ripoli Filho e Osvaldo França, e a valsa “Andorinha do Rio”, de Blecaute e Osvaldo França. Em 1957, transferiu-se para a gravadora Copacabana e lançou com acompanhamento de orquestra e coro a marcha “Leva-me em teus braços”, de Gildásio Ferreira e Hélio Nascimento, e o samba “Já fui feliz”, de Blecaute e Boexi, e, com acompanhamento de orquestra, o samba “Solidão”, de Mário Lemos e Adelino Rivera, alé do bolero “Transformação”, de Valdir Rocha. No mesmo ano, sua gravação para a marcha “Leva-me em teus braços” foi incluída na coletânea carnavalesca “Carnaval de 57 – Nº 1” da gravadora Copacabana. Em 1958, lançou pela gravadora pernambucana Mocambo o samba “Toque de tarol”, de Antoninho Lopes, Doca e Marsinho, e a marcha “São Paulo antigo”, de Blecaute e Marsinho. Nesse ano, conheceu em um programa de rádio o compositor Manoel Ferreira de quem ficou amigo e com quem logo depois se casaria. Em 1959, gravou pelo selo Califórnia, com acompanhamento de Leonel do Trombone e seu ritmo, o samba “Meu amor balança”, de Conde e Luiz Alex, e a marcha “Gerarda”, de Conde. No ano seguinte, lançou pelo pequeno selo Rio os sambas “Deixe de falar” e “Não sou baiana” cujos nomes dos autores não aparece no selo do disco. Foi contratada da Rádio Nacional e deixou a carreira de cantora depois de casar com o compositor Manoel Ferreira, com quem passou a compor a partir da década de 1960, fazendo com ele grandes sucessos carnavalescos como “Transplante corintiano”, “Índio”, “A pipa do vovô” e “Gelinho”. Esta última foi gravada com repercussão por Francisco Egídio no início da década de 1960.