
Pianista. Organista. Compositor.
Atuou em inúmeras casas noturnas no Rio de Janeiro. Em 1961, foi contratado pela boate Drink substituindo Djalma Ferreira e Ed Lincoln. Em meados da década de 1960, passou a dirigir a boate Rio 1800. Ainda em 1961, foi contratado pela gravadora Pawal e lançou três LPs no mesmo ano. O primeiro desses LPs foi “Sambas na passarela – Celso Murilo e Seu Ritmo” com a interpretação instrumental das músicas “Boato”, de João Roberto Kelly; “Atire a primeira pedra”, de Ataulfo Alves e Mário Lago; “Murmúrio”, de Djalma Ferreira e Luis Antônio; “Jarro da saudade”, de Daniel Barbosa, Mirabeau e Geraldo Blota; “Samba triste”, de Baden Powell e Billy Blanco; “Samba na passarela”, de Luis Gonçalves e Nilton Valle; “Guarde a sandália dela”, de Sereno e Germano Mathias; “Volta”, de Luis Bandeira e Djalma Ferreira; “Dizem por aí”, de Manoel da Conceição e Alberto Paz; “Fica comigo”, de Luis Antônio; “A fonte secou”, de Monsueto, Tufic Lauar e M. Barbato, e “Zelão”, de Sergio Ricardo. Em seguida lançou o LP “Ritmos na passarela – Celso Murilo Órgão e Ritmo” no qual interpretou ritmos diferentes como boleros, sambas-canção e fox, tais como “Poema do adeus”, de Luis Antônio; “Look for star”, de M. Antony; “Fiz o bobão”, de Haroldo Barbosa e Luis Reis; “Cariñito”, de Humberto Garin; “Falsa baiana”, de Geraldo Pereira; “Harlem nocturne”, de Hagen; “Chora tua tristeza”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini; “Palhaçada”, de Haroldo Barbosa e Luis Reis; “Chá-chá-chá na passarela”, de Celso Pereira; “Se você disser que sim”, de Luis Bandeira; “Quem manda na minha vida”, de Herivelto Martins e Raul Sampaio, e “Se meu apartamento falasse”, de Charles Williams. O terceiro LP dessa série lançada em 1961 foi “Mr. ritmo – Celso Murilo e Seu Conjunto” gravado com seu conjunto e no qual foram interpretadas as músicas “Implorar”, de Kid Pepe, Germano Augusto e João Gaspar; “Ai que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago; “Tea for two”, de Youmans e Caeser; “Não deixe a peteca cair”, de Billy Blanco; “Rico Vacilon”, de R. Ruiz; “Chorou chorou”, de Luis Antônio; “Merengue en Copa”, de Luis Gonçalves e Nilton Valle; “Los marcianos”, de R. Ruiz; “Teleco-teco Nº 1”, de Waldir Calmon e Paulo Nunes; “Cha-cha Celso”, de sua autoria; “Pau pereira”, de Arnô Canegal e Albertina Rocha; “Ritmo saboroso”, de Humberto Garin, e “Rosa morena”, de Dorival Caymmi. Continuou atuando na boate Drink e em 1962, lançou o LP “Férias no Drink” com as interpretações de “Pergunte ao João”, de Swing e Helena Silva; “Cadê o pandeiro”, de Roberto Martins e Walfrido Silva; “Se quiser pode ir”, de José Batista, João da Silva e Arthur Montenegro; “Pourquoi (Essa nega sem sandália)”, de Caco Velho e Jadir de Castro; “Deixa amanhecer”, de Jamelão e Rossini; “Tamborim”, de Carlos Barroso e Humberto Teixeira; “Menino desce daí”, de Paulinho Nogueira; “Corcovado”, de Tom Jobim; “Arrivederci Roma”, de R. Rascel, G. Garinei e C. Sigman; “Almost like being in love”, de F. Loewe e Lerner; “Silbando mambo”, de Perez Prado, e “Chiclete com banana”, de Gordurinha e Almira Castilho, mulher de Jackson do Pandeiro e que assinava às vezes por ele. Ainda nesse ano, teve o samba “Brincando de samba”, parceria com Orlandivo, gravado pelo parceiro na Musidisc. Em 1963, foi convidado por Johnny Alf que o ouvira tocar na boate Drink para ser o arranjador do segundo LP que ele lançaria. No mesmo ano, lançou o LP “Celso Murilo órgão & ritmo” interpretando sambas de sucesso na época como “Samba com molho”, de Hélton Menezes; “Nós e o mar”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli; “Na cadência do samba”, de Ataulfo Alves e Paulo Gesta; “Amor e paz”, de Tito Madi; “Samba do bom”, de Sidney Morais; “Tamanco no samba”, de Orlann Divo e Hélton Menezes; “Seu sargento”, de Jamelão; “Moeda quebrada”, de Luis Reis e Haroldo Barbosa; “Molejo diferente”, de Américo Cerqueira; “Brincando de samba”, com Orlann Divo; “Só danço samba”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e “Vai de balanço”, de Tião Barros. Ainda nesse ano, participou da coletânea “Disco de ouro” da gravadora Pawal com sucessos daquele momento. Em 1964, transferiu-se para a gravadora Odeon e gravou com seu conjunto o LP “Tremendo balanço – Celso Murilo e Seu Conjunto” com as músicas “Vai menina”, de Nilo Sergio; “Sallys tomatos”, de Henry Mancini; “Brincando com fogo”, de Orlann Divo e Roberto Jorge; “Seu José”, de Silvio César; “Tristeza de nós dois”, de Durval Ferreira, Maurício Einhorn e Bebeto; “Amanhecendo”, de Roberto Menescal e Luis Fernando Freire; “Jogado fora”, de João Mello; “Ti guardero nel cuore (More)”, de M. Ciorciolini, B. Ortolani e N. Oliveiro; “Sem fim”, de Roberto Jorge e José Ari; “Love for sale”, de Cole Porter; “Poinciana”, de N. Simon e B. Bernier, e “Moça flor”, de Durval Ferreira e Luis Fernando Freire. Nessa época, participou da coletânea “Isto é o Drink” do selo Remon no qual artistas como Wilson Simonal, Luis Bandeira e outros interpretaram sucessos que eram cantados na famosa boate Drink no Rio de Janeiro. Nesse disco, interpretou “Céu e mar”, de Johnny Alf. Nesse ano, fez arranjos e regências, além de tocar órgão e piano no LP “Diagonal” o histórico segundo da carreira de Jonny Alf lançado pela RCA Victor. Seguiu tocando em bares e boates e participando de gravações de estúdios a partir do momento em que as grandes boates entraram em decadência na década de 1970. Em 2015, teve seus LPs “Sambas na Passarela” e “Ritmos na Passarela”, de 1961, “Férias no Drink”, de 1962, e “Convida a Dançar”, de 1963, relançados em CDs pelo selo Discobertas na Box “Bossa é bossa – Celso Murilo, Célio Balona e Hélio Mendes”.