Cantor. Compositor. Rapper. MC. Ator.
Filho de um metalúrgico e de uma professora, ambos cearenses que migraram para a cidade de São Paulo, nasceu no bairro do Grajaú, Zona Sul da cidade.
No início da carreira assinava com o pseudônimo de Criolo Doido. Logo após o primeiro CD, passou a assinar apenas Criolo.
Trabalhou como ator nos documentários “Profissão MC” e “Da luz às trevas”, no qual contracenou com Ney Matogrosso.
Começou a carreira de rapper no ano de 1989. Logo depois, criou o evento “Rinha de MCs” na periferia da cidade de São Paulo.
Em 2006 lançou o CD 2006 “Ainda há tempo”, nessa época assinando-se com o pseudônimo Criolo Doido, o que causava certa confusão com o sambista carioca homônimo.
No ano de 2011 lançou o segundo disco intitulado “Nó na orelha”, produzido por Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman, do qual se destacaram as faixas “Freguês da meia-noite”, “Bogotá”, “Subirusdoiztiozin”, “Não existe amor em SP”, “Grajauex”, “Braxploitation”, “Lion man”, “Samba sambei”, “Linha de frente” e “Mariô”, a única faixa em que compôs com o parceiro Kiko Dinucci. O disco foi lançado no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Logo depois o rapper seguiu em turnê de lançamentos pelas capitais do Rio de Janeiro e outros estados. Neste mesmo ano foi um dos principais consagrados no VMB (Video Music Brasil 2011 – MTV) quando foi indicado em cinco categoria, vencendo em três dela: “Artista Revelação do Ano”, “Melhor Disco” com o CD “Nó na orelha” e “Melhor Música”, com a composição “Não existe amor em SP”, dividindo a interpretação da música com Caetano Veloso, que lhe entregou do prêmio. A convite de Plínio Profeta, foi uma das principais atrações do “Festival Faro MPB”, evento da casa de shows Studio RJ, casa de shows do Rio de Janeiro. Ainda em 2011Chico Buarque incluiu em seus shows parte da letra (paródia) feita por Criolo para a composição “Cálice” (Chico Buarque e Gilberto Gil).
No ano de 2012 foi eleito no setor “Música” para a premiação do jornal O Globo, ao lado de várias outras personalidades das mais diversas áreas. Neste mesmo ano, ao lado do também rapper paulista Emicida, fez o show de abertura do festival “Sonoridades”, criado e apresentado por Nelson Motta no espaço Oi Futuro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ainda em 2012 foi um dos vencedores do “23º Prêmio da Música Brasileira – Homenagem a João Bosco”, ganhando em várias categorias: “Álbum Pop” (pelo CD Nó na orelha), “Cantor Pop” e “Revelação do Ano”. Na ocasião do recebimento do prêmio, prestou homenagem a João Bosco interpretando o samba “De frente pro crime” (João Bosco e Aldir Blanc), em evento realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Também fez show na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Logo depois participou em Londres do “Festival Black2Black”, com curadoria brasileira de Gilberto Gil, no qual apresentou em dueto com o músico da Etiópia Mulatu Astake, criador do gênero musical conhecido mundialmente como “ethio jazz”. Neste mesmo ano fez, com o o rapper Emicida, cinco shows no palco do Sesc Pompeia e logo depois no Espaço das Américas, em São Paulo, do qual gerou um DVD da dupla.
Em 2013, em dupla com o rapper Emicida, fez show na Fundição Progresso, na Lapa, bairro do centro do Rio de Janeiro, lançando o DVD “Criolo e Emicida – Ao Vivo”, gravado pela dupla em São Paulo, produzido por Paula Lavigne, dirigido por Andrucha Waddington e Ricardo Della Rosa. No DVD foram incluídos sucessos de carreira de ambos os compositores, destacando-se as faixas “Não existe amor em SP”, “Bogotá” e “Subirusdoistiuzin”, as três de autoria de Criolo e ainda “Zica, vai lá”, “Triunfo”, “A cada vento” e “Dedo na ferida”, todas as quatros de autoria de Emicida. Entre os convidados especiais da dupla estiveram Rodrigo Campos (cavaco), MC Evandro Fióti e o rapper Mano Brown (do grupo Racionais MCs), nas faixas “Capítulo 4, versículo 3” e “Vida Loka I”, ambas de sua autoria. Neste mesmo ano de 2013 a dupla fez shows de lançamento do DVD em Curitiba, Florianópolis e São Paulo.
Em 2014 lançou o CD “Convoque seu Buda”, produzido por Daniel Ganjamam e Marcelo Cabral, seus parceiros nas músicas “Cartão de vista”, “Casa de papelão”, “Duas de cinco”, “Esquiva da esgrima” e “Plano de voo”. O show de lançamento do disco foi apresentado na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Ainda em 2014 apresentou-se em duo ao lado de Milton Nascimento no show “Linha de Frente”, realizado em Belo Horizonte, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em 2015 apresentou o show “Nivea Viva Tim Maia”, ao lado de Ivete Sangalo, na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Com direção de Daniel Ganjaman e orquestrado por Monique Gardenberg, o show contou com repertório exclusivo de músicas lançadas por Tim, e seguiu em turnê por cidades brasileiras como Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Fez uma pequena temporada do show “Convoque seu Buda”, no Circo Voador. Nesse mesmo ano foi lançado, pelo selo Universal Music, o CD “Viva Tim Maia”, gravação de estúdio, resultante da turnê patrocinada pela marca de cosméticos Nívea, no qual dividiu os vocais com a cantora Ivete Sangalo em algumas das treze faixas do disco.
Entre seus intérpretes destacam-se Gui Amabis, banda 3NaMassa, Márcia Castro, Ney Matogrosso, entre outros.
Em 2016 relançou, pelo selo Oloko Records, o CD “Ainda há tempo”, lançado no ano de 2006 com apenas 500 cópias. Para a segunda edição do disco, foram chamados os produtores Daniel Ganjalman, Nave, Grou, Deryck Cabrera. O disco, mais enxuto, incluiu nove das 22 faixas do original, mais a faixa bônus “Vasilhame”. Participou da 27ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, realizado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em homenagem ao cantor e compositor Gonzaguinha. Na ocasião, interpretou “Comportamento geral”, levando suspiros da plateia. Lançou em formato LP o disco “Ainda é tempo”, que incluiu a faixa remixada “No sapatinho”, com direção artística de Daniel Ganjaman e Beatriz Berjeaut.
Em 2017 lançou o CD “Espiral de ilusão”, com dez sambas inéditos e autorais, com exceção de “Hora da decisão”, da autoria de Ricardo Rabelo e Dito Silva. Apresentou o show de lançamento do CD “Espiral de Ilusões” no Circo Voador, no Rio de Janeiro, em duas noites de apresentações que viraram três devidos aos ingressos esgotados das primeiras noites. Apresentou-se no festival “Rock in Rio”, no Rio de Janeiro, como uma das atrações do show “Salve o Samba”, realizado no Palco Sunset.
Em 2018 apresentou-se ao lado de Mano Brown em show inédito no estádio do Mineirão em Belo Horizonte (MG), dentro do festival “Planeta Brasil”. A dupla se apresentou novamente na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, com banda formada especialmente para a ocasião, tendo como músicos Duani, Daniel Ganjaman, produtor musical do show, e a participação do cantor Ice Blue, do Racionais MCs. Ainda em 2018 apresentou-se novamente no palco da Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, em show histórico em que uniu ao palco os mestres Nelson Sargento e Monarco e ainda o cantor Seu Jorge. Nesse mesmo ano recebeu o prêmio de “Melhor Cantor de Samba” com o CD “Espiral de Ilusão”, na 29ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”. Foi uma das atrações do “Festival América do Sul Pantanal”, em Corumbá (MS), ao lado de artistas sul-americanos e do quarteto de rap sul mato-grossense Brô MC’s.
Em 2020 lançou em parceria com o cantor e compositor Milton Nascimento o EP “Existe amor”, produzido por Daniel Ganjaman, com quatro faixas gravadas em duo, sendo essas: “Cais” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “Dez anjos” (Milton Nascimento e Criolo), “Não existe amor em SP” (Criolo) e “O tambor” (Criolo e Arthur Verocai).
Em 2021 lançou o single inédito “Fellini”, produzido por Deekapz e Neguim, lançado pelo seu próprio selo Oloko Records. Gravou em dueto com Gal Costa a música “Paula e Bebeto” (Caetano Veloso e Milton Nascimento), cujo registro foi lançado no CD em comemoração aos 75 anos da cantora. Nesse mesmo ano relançou o CD “Nó na orelha” em versão instrumental, em comemoração aos dez anos do lançamento do disco original com as vozes.
Em 2022 lançou o CD “Sobre viver”, com 10 músicas inéditas e autorais e participações especiais de Tropkillaz em “Diário de caos”, “Moleques são meninos, crianças são também”, “Sétimo templário”, “Quem planta amor aqui vai morrer”; Mayra Andrade em “Ogum Ogum”; Milton Nascimento em “Me corte na boca do céu a morte não pede perdão”; Liniker, MC Hariel, Maria Vilani e Jacques Morelenbaum em “Pequenina”.
No ano de 2023 ganhou o “Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Melhor Intérprete de Música Urbana”, com o álbum “Sobre viver”.
(c/ Milton Nascimento)
(c/ Ivete Sangalo)