
Cantor. Compositor. Acordeonista.
Irmão do também compositor e sanfoneiro Zé de Elias. Pai de Chiquinha do Acordeom.
Autodidata, incentivado pelo pai, que era músico, começou a aprender sanfona de 8 baixos aos 5 anos de idade. Ainda jovem, mudou-se com a família para Santa Cruz (RN), onde exerceu a profissão de afinador de sanfonas.
Faleceu aos 95 anos de idade, no município de Belford Roxo (RJ), em decorrência de um câncer de próstata. Na época, era considerado o mais velho dos sanfoneiros de 8 baixos.
Nos anos 1950, ficou classificado em primeiro lugar em um Festival de Sanfoneiros, realizado na Rádio Poti, de Natal (RN).
No Rio de Janeiro, apresentou-se ao vivo na Rádio Globo e na TV Rio, e realizou participação especial na novela “Gabriela”, exibida pela Rede Globo de Televisão em 1975.
Em 1979, lançou o LP “A discoteca do Mané…um forró incrementado”, pela Aladim Records. O disco, que trouxe a maioria das músicas compostas por ele e inovou ao misturar forró com batidas de discoteca, representou sua fase de maior sucesso. Uma das faixas mais consagradas do álbum, o choro “Recordando 32”, foi gravada por artistas como Arlindo dos 8 baixos e Luizinho Calixto.
No mesmo ano, gravou, pela Campeiro, o LP “Forrocão do Mané”.
Em 1981, gravou, pela Campeiro, o LP “A gafieira do Mané”, também apenas com músicas próprias.
Ao longo da carreira, teve músicas gravadas por vários artistas de forró, entre eles Dominguinhos.
Em 2010, foi homenageado e teve suas músicas “Atrevido”, “Eita”, “Na cadência do choro” (c/ Kiko Chagas), “Gerações”, “Família Elias”, e “Lembrando Chiquinha do Acordeon” gravadas no CD “Gerações”, de Kiko Chagas. O disco consistiu em uma homenagem, além dele, a outros dois compositores potiguares, seu irmão, Zé de Elias, e Chico Elion.