0.000
Nome Artístico
Alencar Sete Cordas
Nome verdadeiro
José de Alencar Soares
Data de nascimento
20/6/1951
Local de nascimento
Ipu, CE
Data de morte
15/9/2011
Local de morte
Brasília, DF
Dados biográficos

Instrumentista. Violonista. Músico autodidata, começou a tocar guitarra aos 15 anos. Mudou-se posteriormente para Fortaleza e chegou a abandonar a música. Teve intensa participação na fundação do Clube do Choro de Brasília. Foi um dos professores pioneiros da Escola Brasileira de Choro Rafael Rabello, na qual trabalhou durante cinco anos. Por quatro anos foi professor da Escola de Música de Brasília. Atuou em várias edições do Curso Internacional de Verão (CIVEBRA), na Escola de Música de Brasília, ministrando aulas de Violão de 7 Cordas, Harmonia e Improvisação. Era servidor do INSS.

Dados artísticos

Retomou a carreira artística em 1971, quando, ao mudar-se para a cidade de Brasília, passou a tocar o violão de sete cordas. Em 1981, gravou pela primeira vez, acompanhando a flautista Odete Ernest Dias, na faixa “Só para moer”, de Viriato, para o LP “A história da flauta brasileira”, lançado por ela pelo selo Eldorado. No mesmo ano, participou do álbum triplo “Chorando Callado”, lançado pela FENAB, em homenagem ao músico Joaquim Callado. Nesses discos, tocou violão de sete cordas nas faixas “É segredo”, de Viriato Figueiredo Silva, “Receiosa”, de Duque Estrada Meyer; “Não insistas, rapariga”, de Chiquinha Gonzaga; “Bocaiúva”, de J. P. da Silveira; “Mazurca”, de Videira; “Saudades do cais da Glória”, de Joaquim Callado; “Cuera”, de Ernesto Nazareth; “Lìdia”, de Anacleto de Medeiros; “Paixão encoberta”, de Mário Conceição; “Boêmia terra”, de Irineu de Almeida; “Tiririca”, de Albertino Pimentel; “Nenê”, de Felisberto Marques; “Ondina”, de Eurico Baptista; “Desmantelando relógios”, de Cícero Teles; “Abraçando jacaré”, de Pixinguinha; “Tocando pra você”, de Luiz Americano, e “Dolente”, de Jacob do Bandolim. Em 1987, participou do LP “Aos mestres, com carinho”, lançado pela FENAB, no qual foram interpretadas obras de Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Luis de Souza, Juca Kalut, Anacleto de Medeiros, e outros. Em Brasília, apresentou-se por 25 anos como violonista e arranjador do grupo Choro Livre. Ao longo da carreira, apresentou-se ao lado de músicos como Hermeto Paschoal, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Laércio de Freitas, Antônio Adolfo, Leandro Braga, Gilson Peranzeta, Sebastião Tapajós, Zé Menezes, Turíbio Santos, Marco Pereira, Paulo Belinatti, Paulo Moura, Zé da Velha e Silvério Pontes, Paulo Sérgio Santos, Proveta, Carlos Malta, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares, Odeth Ernest Dias, Plauto Cruz, Ronaldo do Bandolim, Jorge Cardoso, Hamilton de Holanda, Izaias do Bandolim, Déo Rian, Joel Nascimento, Armandinho Macedo, Waldir Azevedo, Henrique Cazes, Maurício Einhorn e Avena de Castro, entre outros. Acompanhou os artistas Cartola, Clementina de Jesus, Moreira da Silva, Sílvio Caldas, Paulinho da Viola e Elton Medeiros. Durante a carreira, participou da gravação dos discos  “Chorando Callado”, discos 2 e 3; “Choro Livre”; “Aos Mestres, com Ternura”, e “Regional BemBrasil”. Em 1997, participou do CD “Meu céu”, lançado pela dupla caipira Zé Mulato e Cassiano, tocando violão de sete cordas nas faixas “Meu céu”, de Zé Mulato e Xavantinho; “Direito de cantar”, de Zé Mulato e Cassiano; “Lembrança de carreiro”, de Antônio Vitor; “Recanto sagrado”, de Zé Mulato, e “Proparoesquisítono”, de Cassiano e Zé Mulato. Faleceu precocemente em 2011, durante show do pianista Antonio Carlos Bigonha, realizado no Clube do Choro de Brasília. Após interpretar o choro “Carta à Niemeyer”, de Bigonha, sentiu-se mal e teve um ataque cardíaco durante o intervalo do show, vindo a falecer horas depois.

Discografias
1987 FENAB LP Aos Mestres, com Ternura
1981 FENAB LP Chorando Callado