Georgina Erisman

Depois de estudar no Rio de Janeiro, retornou a Feira de Santana, onde inaugurou a Escola de Música, anexa ao Instituto de Música da Bahia, assumindo o cargo de diretora técnica. Dois anos depois, saiu da direção da escola e voltou ao Rio de Janeiro, onde passou a fazer apresentações e publicou obras. Em 1928, apresentou o “Hino à Feira”. Fez constantes viagens a Salvador e ao Rio de Janeiro, onde participou dos movimentos artísticos culturais, despertando interesse de alguns cantores populares da época, tais como Jorge Fernandes, que se tornaria amigo da família, Olga Praguer Coelho, e Cristina Maristany. Em 1936, sua canção “Serenata” foi gravada por Olga Praguer Coelho, na Victor. No mesmo ano, fez adaptação para o acalanto  “Boi, boi, boi”, de motivo popular, também gravado por Olga Praguer Coelho. Ainda em 1936, foi indicada pelo Governador da Bahia, Juraci Magalhães, para representar oficialmente o Estado na Feira Artística Industrial e Comercial, realizada na cidade de Campinas, São Paulo, em homenagem ao centenário de nascimento do maestro Carlos Gomes. Em 1938, sua canção “Moreninha” foi gravada por Jorge Fernandes, na Continental. No Rio de Janeiro fez apresentações ao lado de Jorge Fernandes, Olga Praguer Coelho, e Cristina Maristany. Viajou a Salvador em companhia de Jorge Fernandes, com quem fez apresentações com a Orquestra Laborda, na Associação dos Empregados do Comércio, no Clube Baiano de Tênis Clube, Clube Carnavalesco Fantoche da Bahia e também na PRA-4, atualmente, Rádio Sociedade da Bahia. Em 1940, poucos dias antes de morrer, publicou sua última obra, “Solicitude”. Em 1945, sua canção “Moreninha”, na gravação de Jorge Fernandes, foi relançada pela Continental. Em 1958, sua canção “Seresta”, foi gravada por Inezita Barroso, no LP “Vamos falar de Brasil”, lançado pela Copacabana. Na contra capa do disco há um texto não assinado que assim se refere a essa canção: “Seresta – Georgina Mello Erisman é a autora dessa canção que, como a anterior, forma no rosário das páginas mais exigidas pelo gosto apurado de uma elite apreciadora da boa música brasileira.” Em 2011, foi homenageada pela Fundação Senhor dos Passos em Feira de Santana, com o “Tributo a Georgina Erisman, 71 anos sem ela”, no qual foram interpretadas obras da poetisa e compositora. Entre suas obras estão “Tropeiro”, “Nostalgia do sertão” e “Flor do mato”. Compôs fox trote, valsas, tango de salão, canções e marchas carnavalescas. Entre suas obras estão os poemas “Adeus, adeus Bahia”, e “A fuga das andorinhas”; os hinos “A bandeira”, com Gastão Guimarães, “Ao trabalho”, e “Ao Três de Maio”, com Maria Luiza de Souza Alves, entre outras.