
Poeta. Músico (violão e cavaquinho). Compositor. Escritor.
Nascido no Estreito de Óbidos, mudou-se em 1976 para Belém do Pará, onde estudou Letras e Direito na UFPA.
Lançou seu primeiro livro, “Uma Vida Viver”, em 1983, ainda estudante de Letras. Em seguida, foi premiado pela Semec com o livro “De Proa”, lançado em 1985, juntamente com Ângela Maroja e Risoleta Miranda.
Em 1988 publicou “Sinfonia dos Delírios”, pela gráfica Flor de Geraldo Maranhão. Em 1989, publicou “A sombra oculta do mistério pelo edital de Arte da Secult/Pa, junto com os poeta Jorge Andrade, Kildervam Abreu e Márcio Maués. Em 1990, foi premiado pelo mesmo edital de arte da Secult/Pa com a obra “Sonhos em Maresias”, junto com Rosely Souza e Fernando Canto. Em 1991, publicou “Poemas de amor e outras canções de amar”,pela Gráfica Delta. Em 1995, publicou “Nas trilhas do pingo d’água”. Em 2003, o seu trabalho “Cantares e Desencantos” foi premiado com Menção Honrosa no Concurso Literário da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). Teve poemas publicados na I Antologia de Poetas Paraenses, da Shogun Editora, 1985. Alguns de seus poemas foram publicados em O Liberal, Cadernos de Cultura da UFPA, entre outros. Participou, como colaborador, das revistas Verso & Reverso e Revista Brasília.
Começou carreira na música aos 20 anos de idade, em serestas acompanhado por cavaquinhos. Além do cavaquino, passou a tocar violão, apresentando-se em bares e casas noturnas de Belém. Um marco na sua carreira foi a apresentação na semana de Artes da Universidade Federal do Pará, na qual cantou ao lado de vários artistas já importantes na época, como Altino Pimenta, Alfredo Reis, César Escócio e Rafael Lima. Em 1986, obteve projeção ao lançar o compacto duplo “Lira d´Água”, na Casa da Cultura de Santarém. Em 1987, executou a sua composição “Cheiro de Maresia”, acompanhado por uma banda composta por músicos ecléticos, no projeto Clima do Som, da Associação dos Compositores, Letristas, Intérpretes e Músicos do Pará. Fazendo alusões ao homem amazônico que mora na beira do rio, conquistou definitivamente seu público, que deixou de se restringir a universitários. Em1989, realizou a turnê do show “Mato Matado”, que teve início em Belém no teatro Waldemar Henrique, e estendeu-se até Santarém, durante a Semana de Cultura, e a Óbidos, no Salão Paroquial. Além de interpretar músicas de compositores paraenses de renome nacional, com destaque para Alfredo Reis, Paulo André Barata, Gilberto Ichiahara e Walter Freitas, cantou músicas de sua própria autoria como “Canto para Despertar” , que recebeu uma premiação no Festival do Baixo-Amazonas em 1987. Em 1991, lançou seu primeiro LP de carreira, “Estrela Negra”, que trouxe dez músicas em diversos ritmos, sendo oito composições próprias, além de ”Dança da Mata”,de Beto Paixão, e “Tocaia”, de Mario de Moraes e Sidney Piñon. Em 1993, no disco “Sarakura-mirá”, reafirmou a resistência aos produtos comercializados pela indústria cultural, defendendo os temas regionais. Até 2011, gravou cerca de 7 álbuns de carreira, todos de maneira independente. Teve várias de suas composições gravadas por grandes intérpretes da MPB, tais como Márcia Aliverti, Alcyr Guimarães, Vital Lima, Fafá de Belém, Ana Cristina (prêmio Sharp de MPB), Côro Cênico da Unama, Grupo Vox Brasilis, Alexandra Sena, dentre outros. Participou de coletâneas como “Canto pela Paz”, Omani Omani, II Festival de Música Paraense, Feart, Festival da Canção de Marabá e Coletânea Chico Senna. Teve vários de seus poemas musicados por artistas como Ziza Padilha, Enrico di Miceli, Toninho Cunha, e Paulo Uchoa.