Instrumentista. Doutor em Matemática Pura e Aplicada.
Começou a tocar pandeiro aos 15 anos de idade, aprendendo informalmente com amigos e depois se tornou um autodidata. Aos 18 anos frequentava as rodas de choro da Lapa, onde adquiriu muito de seu conhecimento musical.
Graduou-se em Matemática Pura, ingressando seguidamente no Mestrado em Matemática Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2005 ingressou no Doutorado em Computação Musical, no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), cursando parte deste em Paris, onde trabalhou no laboratório Sony/CSL-Paris. Em 2009 terminou seu Doutorado com uma tese pioneira que utiliza o ritmo como interface entre o músico e o computador.
Nesta pesquisa, desenvolveu sistemas em tempo real que interagem a partir do som do pandeiro, de forma a criar novas formas de expressão musical, adquirindo características que não podem ser encontradas em sistemas existentes no mercado. Este projeto levou-o novamente a morar em Paris, no ano de 2007, onde trabalhou no desenvolvimento de seu projeto musical e computacional. Em 2009 apresentou seu sistema no maior congresso de computação gráfica do mundo, o “SIGGRAPH09”, onde seu trabalho foi aceito em três categorias: “Poster”, “Talk” e “Performance”.
Durante os anos de 2002, 2003 e 2004, dedicou-se ao projeto social CEASM, dentro da favela da Maré, onde pôde desenvolver um trabalho de ensino lúdico de matemática, aliando também a música neste processo.
A partir de 2005 dedicou-se ativamente ao ensino do pandeiro, promovendo workshops por vários países como Uruguai, Itália, Inglaterra, Alemanha, França, Holanda, Espanha e Suíça.
Integrou o grupo de choro Tira Poeira a partir de 2001, com o qual dividiu o palco com artistas como Maria Bethânia, Lenine, Zélia Duncan, Olivia Hime, Francis Hime, Bnegão e Beth Carvalho. Com o grupo apresentou-se no “TIM Fetival”, no Rio de Janeiro; na sala Luis Angel Arango, em Bogotá. Participou da turnê do “Projeto Pixinguinha”, realizando shows por várias cidades do país.
A partir de 2003 integrou o grupo Anjos da Lua, que se apresenta semanalmente no Clube dos Democráticos, no Rio de Janeiro.
Em 2007, fez uma participação especial no show de Francis Hime, em Montreux, e tocou no “Festival de Jazz de Orsara”, na Itália.
Em 2009 apresentou-se na “Mostra Internacional de Música de Olinda”, a “MIMO”, em uma formação de trio ao lado de Gonzalo Rubalcaba e David Linx.
Em 2010 lançou o projeto “TelecotecnoFunk”, pela gravadora Biscoito Fino, cujo show de lançamento foi realizado no Circo Voador, dentro da programação do “Festival Humaitá Pra Peixe”, no Rio de Janeiro. O show também esteve dentro da programação do “Festival SESC Noites Cariocas”, realizado no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano trabalhou em cooperação com o artista plástico Otavio Shipper na exposição “Mecanismos”, apresentada no Centro Cultural Maria Antônia, em São Paulo.
Em 2012 se apresentou, ao lado de Thiago Amud, no evento “Transversais do Tempo”, realizado no SESC Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento consistiu em um ciclo de shows e debates sobre a nova MPB, abordando diferentes temas a cada dia. Na ocasião, tema era “Música Pós Baudelaire” e contou de participação de Antonio Jardim e Renato Rezende na mesa debates.
Em 2013 lançou o CD “Carrossel de pássaros”, gravado no Brasil, Portugal, França e Itália, com músicos brasileiros e extrangeiros. O disco contou com música de sua autoria como “Carrossel de pássaros”, “Choro de baile”, “Berçário de nuvens”, “Ijexão”, “Mirante” e “Zambi” (c/ ) e ainda “Tanto espaço” (Mário Laginha e David Linx), “Papoula Brava” (Thiago Amud), “Sambeco” (Yamandú Costa), entre outras.
Foi o idealizador, ao lado da artista plástica Anita Ekman Simões, do projeto “Lapa em 3 Tempos”. Realizado com o patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, o projeto consistiu em uma homenagem ao sambista Waldir 59, da Velha Guarda da Portela, com uma roda de samba comandada pelo próprio Waldir e outras intervenções artísticas como projeção de vídeos e exposição de pinturas, fotografias e ilustrações.
Em 2013 apresentou no Teatro de Arena da Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, o show multimídia “Chorofunk”, que misturou pandeiro, vídeos e dança do passinho. Dentre os músicos que o acompanharam no projeto estavam Bruno Queiroz (DJ), Dudu Oliveira (flauta), Yuri Villar (saxofone), Joana Queiroz (clarone) e Henry Lentino (bandolim). Os Fantásticos do Passinho foi o grupo de dançarinos oficiais do projeto. O espetáculo foi acompanhado por um workshop no qual apresentou as técnicas que desenvolveu em seu doutorado em Computação Musical, que o permitiam controlar a projeção de vídeo por meio do som de seu instrumento, o pandeiro.
Lançou, em 2023, com Jards Macalé, pelo selo Roncinante, o álbum “Mascarada: Zé Keti por Sérgio Krakovski e Jards Macalé”, com repertório de Zé Keti. São sete faixas – seis de Kéti, mais uma original. Inicialmente foi lançado como LP no final de 2023 pela Rocinante. O trabalho foi gravado por Pepê Monnerat no Brooklyn Recording (NY). A direção artística e a produção musical foram de Sergio Krakowski e Todd Neufeld, que tocou guitarra Também participou das gravações o pianista Vítor Gonçalves. Foram incluídas as músicas “Acender as velas” (Zé Keti); “Opinião”(Zé Keti); “O meu pecado”(Zé Keti e Nelson Cavaquinho); “Improvisação” (Jards Macalé, Todd Neufeld e Sergio Krakowski); “Mascarada” (Zé Keti e Elton Medeiros); “Prece de esperança” (Zé Keti e citações de Walter Franco) e “Peço licença” (Zé Keti).
Em 2024 começou a viajar com o show “Boca do tempo”: um show solo com pandeiro e instrumentos eletrônicos.
Com Jards Macalé
Com Sany Pitbull