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Nome Artístico
Aloysio de Alencar Pinto
Nome verdadeiro
Aloysio de Alencar Pinto
Data de nascimento
3/2/1911
Local de nascimento
Fortaleza, CE
Data de morte
6/10/2007
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Instrumentista. Pianista. Compositor. Musicólogo. Começou estudar piano aos sete anos de idade com uma tia. Pouco depois passou a estudar com Ester Salgado Studart da Fonseca, uma das fundadoras do Conservatório Musical Alberto Nepomuceno. Em seguida estudou harmonia com o professor italiano Luigi Maria Smiddo, que viveu alguns anos no Ceará. Em 1927, conheceu o virtuose do piano Nicolai Orloff com o qual passou a estudar e com quem manteve contato até a morte do mesmo na década de 1960. Mudou depois para o Rio de Janeiro e foi aluno de Barrozo Neto no Instituto Nacional de Música. No Instituto Nacional de Música recebeu pelo seu desempenho um prêmio, uma medalha de ouro. Em seguida viajou para Paris e lá estudou com o pianista clássico e compositor Robert Casadesus,com a concertista e professora Marguerite Long e com a professora Nadia Boulanger. Em 1938, foi premiado com a Mention d’Honneur de Virtuosité concedida pelo Conservatoire Américain au Palais de Fontainebleau o maior prêmio que esse instituto concedia a um aluno. Teve peças a ele dedicadas por Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Radamés Gnatalli, Frutuoso Viana, Helza Camêu, José Siqueira e Arnaldo Rebello. Foi grande intérprete de Ernesto Nazareth.

Dados artísticos

Depois de estudar em Paris, voltou ao Brasil e se fixou no Rio de Janeiro passando a se dedicar a pesquisar sobre a música brasileira. Em 1953, fez sua primeira gravação registrando uma peça de Alexandre Levy e uma valsa lenta de sua autoria.
Foi por muitos anos diretor da Rádio Mec na qual produziu em colaboração com Haroldo Costa programas sobre a música popular brasileira e internacional, como “Estampas Brasileiras” e “Mosaico Panamericano”. Integrou o Instituto Nacional do Folclore do qual foi Diretor de Pesquisa e lá produziu dois dos mais importantes trabalhos sobre o folclore brasileiro: o “Documentário Sonoro do Folclore Nacional” com 44 discos e “Da Arte da Cantoria” com 4 discos. Participava regularmente de encontros com os mestres da música popular e folclórica brasileira, como Azulão, Jacob do Bandolim, Patativa do Assaré e Pixinguinha. Compôs  polcas, schottisches, mazurcas, lundus, valsas, choros, toadas e maxixes, além de ritmos indígenas e afro-brasileiros. A partir de 1966 passou a integrar o Conselho Superior de Música Popular Brasileira no Museu da Imagem e do Som, a convite do então estruturador do MIS, Ricardo Cravo Albin. Em 1986, participou, organizou e produziu juntamente com José Silas Xavier o LP “Os Pianeiros” lançado pela FENAB. Participou do LP juntamente com os pianistas  Carolina Cardoso de Menezes e Antônio Adolfo, tocando nas faixas  “Maghi”, um schottisch de Raimundo Donizetti Gondim; “Morrer sonhando”, valsa de J. Garcia de Christo; “Sultana”, polca de Chiquinha Gonzaga; “Pisando em ovos”, tango de Carlos de Abreu; ” Coração que implora”, valsa de José Ribas, e “Fon-Fon”, tango de Ernesto Nazareth. Em 1995, lançou pela Funarte o CD “Aloysio de Alencar Pinto Interpreta Nazareth”. Em seu trabalho como musicólogo estudou a contribuição do Padre José Maurício para o ensino do piano  no Brasil. Foi responsável pela revelação da criação popular de Francisco Mignone sob o pseudônimo “Chico Bororó”. Estudou a obra pianística de Ernesto Nazareth, e demonstrou o pentatonalismo na música nordestina. Fez também uma historização da música brasileira da “Belle Époque”. Foi também estudioso da música para o cinema em especial do cinema brasileiro e produziu para a Cinemateca do MAM – Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro, uma série de trilhas sonoras para filmes mudos ali exibidos.

Discografias
1995 CD Aloysio de Alencar Pinto Interpreta Nazareth - Funarte
1986 LP Os Pianeiros - FENAB