
Cantor. Compositor.
Em Belo Horizonte criou o evento “Samba do Compositor”, no qual homenageava sambistas como Nei Lopes, Hermínio Bello de Carvalho e Walter Alfaiate, entre outros. Criador, também, da roda de samba “Samba na Madrugada”, no bairro Caiçara, muito conhecido por ser um dos principais redutos do samba e do choro da cidade de Belo Horizonte.
Começou a carreira artística tocando em bares em Belo Horizonte. No ano de 2008 lançou o primeiro CD intitulado “Esse samba todo é nosso”, com produção e arranjos de Ruy Quaresma. No disco, além de composições próprias também interpretou alguns clássicos da MPB, entre os quais “Quando o samba acabou”, de Noel Rosa e antigo sucesso de Mário Reis; “Canção do sal” (Milton Nascimento”, faixa na qual contou com a participação especial do sanfoneiro Zé Américo); “Ela desatinou” (Chico Buarque); “Coisas do mundo minha nega” (Paulinho da Viola); “Anjo da Velha Guarda” (Moacyr Luz e Aldir Blanc); “A nível de…” (João Bosco e Aldir Blanc) e “Olhos verdes” (Vicente Paiva). Entre as composições próprias destacam-se “Benção em vida”, Bem-vinda presença” e a faixa-título “Esse samba todo é nosso”. Ruy Quaresma e Nei Lopes compuseram em sua homenagem o samba “Samba da madrugada”. Também da dupla citada foi incluída a inédita “Barravento”, na qual o cantor contou com a participação especial do coral carioca, especializado em música negra, Companhia Dá no Coro.
Sobre ele escreveu o jornalista Hugo Sukman: “Corpulento, voz potente, Miguel dos Anjos já surpreende pela suavidade com que se comporta e canta. A suavidade de ser e cantar é, como se vê logo, uma opção existencial e musical”.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.